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JANEIRO 2024

As pessoas perguntam-me: "O que é um poema?" Eu não sei. Escreves e dizes: "Isto é um poema…"

Charles Bukowski

Amadurecer, portanto

 

O cérebro tecido a fios de razão malhado pelas emoções.

Por dentro o ferro descerrando dobras que vieram da infância.

Sinapses paradas. Na corrente águas batidas, espirais, descargas na cabeça.   

 

A espuma encharcou as vozes. Uma trompete enche, vaza as marés. Será o embate das vidas na barra, percussão cava. Angular do romantismo tardio.

 

Napoleão pediu um céu arcaico por onde faria descer-se, fulgindo na terra. Os passos de Napoleão terão sido matizados, coisa de palhaços. Já Aquiles, ejaculou o céu, o tempo deu-se em gestação. Vagamos no lume da antiquíssima placenta.   

 

Mordemos onde o fogo nos queimou. Depois cinza com que adormentamos os lobos. Amadurecemos fotografando o corpo, a traços de sanguínea. A luz distendendo as sombras.

 

 

Fotografia: Tânia Cadima

Texto: Mário Trigo

 

Esta é uma rubrica mensal, ou incerta – Ars Longa. Tem um propósito criativo, lançando temáticas que dispensam enquadramentos explícitos. É naturalmente libertária.

 

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