Chega enfim a noite estrelada busco versos Despojados de vaidade mais um poema na cidade... Lavado por uma luz que nada ofusca Os dias oscilam Como minha memória Lutar Não ceder ao desespero |
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As semanas passam isolada num canto Reaprender devagar Com vocês O sabor do vento... Viver nesta cidade novamente Entrar em um relacionamento Com a neve sobre o asfalto Os vizinhos discretos O céu insistente em nosso olhar. |
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Pintura e poesia "Eu e a Cidade" de Mariana Thieriot-Loisel |
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Tivemos a Assembleia do CETRANS no dia 09 de março e mostramos aos nossos membros presentes um resumo das nossas finanças, das ações que realizamos durante o ano de 2021 que foram muitas. Um relato do que apresentamos pode ser visto neste link do ISSUU: https://bit.ly/3L3t18L Mas gostaríamos de apresentar as ações que estamos pensando para 2022, 2023 e 2024, pois a presença de cada um de vocês, membros ou amigos do CETRANS, é muito importante para nós e para a construção de uma egrégora transdisciplinar no Brasil. O CETRANS se empenha em explorar conexões que fazem sentido, sejam elas visíveis ou invisíveis; admite e considera a disposição de transitar horizontalmente num mesmo nível de realidade, mas principalmente de transatravessar verticalmente os diferentes níveis de realidade criando pontes significativas que contribuem para a ampliação da consciência intelectual e da experiência vivida daqueles que acreditam em seu Projeto TD. |
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Ações Projetadas Curto Prazo 2022 a. Ações Consagradas: as que tradicionalmente já realizamos como Meditação da Lua Nova e Cheia, Reuniões de Coordenação, 4 CI@ Interativos e Assembleia Geral b. Ouvindo os Membros: perguntas investigativas sobre TD c. Homenagem a Basarab Nicolescu: 25 de março d. Congresso Mundial de TD – Presencial de 31 de outubro a 7 de novembro: preparação e organização de janeiro a outubro e. Encontro TD: 1 reunião mensal online/ presencial na última quarta-feira do mês f. Magnum Encontro g. Conversas Transdisciplinares de Domingo – CTDD: via Zoom |
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Médio e Longo Prazo 2023 | 2024 a. Ações Consagradas b. Projetos Formativos Transdisciplinares c. Encontros TD d. Magnum Encontro e. Projetos que poderão surgir pós-congresso f. Publicações Transdisciplinares: Aceno g. Publicações Transdisciplinares: Perfil CETRANS |
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Cleo Busatto: Lançou o Livro dos Números, Bichos e Flores que se propõe a estimular a imaginação das crianças e o desenvolvimento interativo dos pequenos leitores, com um enredo que apresenta elementos do cotidiano como pano de fundo. Com texto de Cleo e ilustrações de Fê, o livro foi selecionado para compor o acervo do projeto "Minha Biblioteca", da Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São Paulo. Cleo também recebeu homenagem da Associação dos amigos das Histórias ─ AAH, no dia 18/03/2022, na Biblioteca Nacional. de Brasília. https://cleobusatto.com.br/ |
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Anarquia criativa & cadência intuitiva no Vale do Paraíba - Alessandro Faria Nas civilizações mais evoluídas do ponto de vista econômico e social, uma das questsões mais relevantes que surgiram no final do século XX e potencializou rapidamente seu desenvolvimento foi uma mentalidade inovadora que conjugava o encontro das Ciências Exatas, Humanas e das Artes. Essa mentalidade se caracteriza fundamentalmente por buscar soluções inovadoras e criativas usando o mínimo de recurso disponível dentro de um espaço de tempo muito curto. |
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Chamamos essa mentalidade de Design Thinking e, a partir de agora, sob a direção do Prof. Alessandro Faria, estará disponível através do LEDE - Laboratório Experimental de Design sobre Rodas da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP, para jovens estudantes e pequenos e médios negócios do Vale do Paraíba. Para saber mais: https://www.facebook.com/ledeunifesp/ |
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FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 202/Virtual dentro do ESPAÇO TEMÁTICO: JUSTIÇA E DEMOCRACIA EVENTO: A Cultura Transdisciplinar na Humanização do Mundo da Vida em Comum – Experiências do III Congresso Mundial de Transdisciplinaridade 2020-2021. Quarta-feira, 27 abril de 2022, 16h30 – 18h30 (horário de Brasília). Organização: Coletivo Bens Comuns Brasil; Banco de Tempo de Florianópolis; Centro de Educação Transdisciplinar - CETRANS. |
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FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 202/Virtual dentro do ESPAÇO TEMÁTICO: JUSTIÇA E O CETRANS participará de uma parte deste evento apresentando a Transdisciplinaridade como uma das formas de humanização do Mundo. Será apresentado um panorama do trabalho realizado no III Congresso Mundial de Transdisciplinaridade 2020-2021 através das palavras de Adriana Caccuri, Edmundo Gualberto Junior, Julieta Haidar, Maria F. de Mello, Martha de Lima, Silvia Fichmann, Vitoria M. de Barros e do próprio Daniel Silva, organizador desta sessão do evento. Nesta sessão também estão incluídas apresentações de Adriana Klin que é integrante do Banco de Tempo de Florianópolis e de Juliara Hoffmann, Gabriele Schôke, Paula Marques. |
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O furacão e seu olho estou despertando da noite mais longa da minha vida não vejo o sol há anos – desperto in: Meu corpo, minha casa. Rupi Kaur |
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Outro dia, atendendo um senhor de 90 anos de idade, muito lúcido e inteligente, bastante cético, me disse que não se identificava com a violência atual do mundo e começou a tecer um rosário sobre tudo que via, como o assustava e o angustiava. Ao escutá-lo, pude lhe dizer que estava olhando o furacão do mundo. Mas os furacões também têm um olho. Nesse olho o tempo, o ritmo é outro. Então lhe perguntei se ele gostaria de experimentar esse contato com o “Olho do Furacão”. Ele, prontamente, para meu espanto e minha alegria, disse que sim. Dessa maneira, embarcamos nessa viagem de diferentes dimensões que passo a relatar. |
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Foi falando o quanto já tinha falado com muitos profissionais que lhe prescreviam remédios, mas que ele não sentia que estavam ali, com ele, em escuta. Aí lhe disse: em conexão? – Sim, me respondeu: em conexão. Começamos então com um passo bem simples: a respiração. Simples, em um primeiro momento. Agreguei a respiração a um gatha, ou seja, mantra ou pequeno verso para o nosso viver cotidiano, nos auxilia a voltar ao presente e permanecer nele com atenção plena. Pode ser feito junto com qualquer atividade. Com isso, ele foi percebendo a mudança no seu corpo e nas suas dores iniciais.Eu também compreendi a antiga inscrição na pedra da dinastia Zhou [500 a.C.]: |
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Ao transportar a respiração, a inalação deve ser completa. Quando está cheia, tem grande capacidade. Quando tem grande capacidade, pode ser estendida. Quando é estendida, pode penetrar para baixo. Quando penetra para baixo, ficará calmamente assentada. Quando estiver calmamente estabelecida, será forte e firme. Quando estiver forte e firme, germinará. Quando germinar, crescerá. Quando cresce, recua para cima. Quando recuar para cima, atingirá o topo da cabeça. O poder secreto da Providência se move acima. O poder secreto da Terra se move abaixo. Quem seguir isso viverá. Aquele que agir contra isso morrerá. |
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E você, já encontrou o olho do seu furacão? Inspirando, exalando, Estou desabrochando como uma flor (...) Nada a fazer, não ir a lugar algum Tchich Nhat Hahn |
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Eu e a Cidade Rodrigo Mindlin Loeb Outro dia me recordava de circular pelas ruas perto de casa na infância, os terrenos baldios para explorar e brincar, junto com outras crianças na rua, em época de córregos abertos perto da avenida Santo Amaro, onde ficava o cine Vila Rica. Havia um quarteirão ocupado por um galpão industrial de uma fábrica de chocolates, e ali perto a lanchonete onde comer Hambúrguer era ocasião especial. |
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Também me invadiu a lembrança de ir ao centro da cidade, andar nos calçadões com minha avó, para ir a uma ótica, em uma doceria, passear. Aquele lugar interessantíssimo, cheio de gente caminhando, as lojas, os ambulantes, os edifícios de altura regular, configurando blocos, quadras irregulares de formas diversas e expressão moderna. Sempre gostei de conhecer e circular pela cidade. Vivi em 12 lugares diferentes ao longo da vida, movido por algum traço ancestral cigano. Em cada um deles conheci novas cidades. |
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Estudar arquitetura e urbanismo trouxe muitas perspectivas novas para a minha experiência na cidade. Mas sobretudo vivenciar a minha e muitas outras cidades ao longo da vida, desde a infância, cidades de todas as regiões do nosso imenso Brasil, com suas dinâmicas, suas camadas de história e culturas, suas espacialidades e espaços de encontro, para as pessoas, suas pessoas, me trouxe uma constelação de ideias e experiências que me constituem, assim sou também as muitas cidades que experimentei. |
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A experiência de ser pai me levou a muitos outros encontros e expandiu ainda mais os vínculos com lugares, as muitas cidades. Uma das construções mais perenes e tristes de minha experiência na cidade é a persistência da pobreza e do abandono de gente, que segue circulando nos faróis, nas esquinas, debaixo dos viadutos, nos resíduos das avenidas. Nas ocupações, em áreas alagáveis, em encostas, nas alças de viadutos das marginais, instáveis, insalubres, em vulnerabilidade e risco. Esta realidade me atravessa, e coloca constante e contínua inquietação: esta experiência afetiva, emocional, constitutiva do ser como cidade, como cidadão, é privilégio, não direito. Em tempos de mudanças e eventos climáticos extremos, os níveis de vulnerabilidade e risco se intensificam. |
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O artefato cidade, se expandiu submetido ao paradigma dominante cartesiano científico, capitalista, de modo desigual, violento, apagando memórias e pessoas, derrubando árvores, canalizando rios e córregos, asfaltando e dedicando a maior parte do espaço público a veículos motorizados. Restaurar o ecossistema urbano foi definida como uma meta da Década da Restauração dos Ecossistemas (2021-2031) anunciada pela Organização das Nações Unidas. Que a restauração contemple o ser na sua integralidade, como natureza, como parte da natureza. |
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Neste sentido o pensamento ancestral andino do Bem Viver (Vivir Bien) apresenta alternativas para um mundo onde muitos mundos são possíveis, a partir da visão de “um todo”, a Pacha - Pacha Mama -, da compreensão da necessidade de convivermos com uma multipolaridade de contradições, da busca de um equilíbrio dinâmico (sempre em transformação, nunca estático), da complementariedade da diversidade e finalmente de uma descolonização (do conhecimento, do imaginário, da experiência). ------------------------------------------------- Fotografias: Yuri Bittar 1, Série: Retratos do vazio exterior Coleção: A poesia dos movimentos invisíveis São Paulo/ SP, 2022. 2. Avenida Paulista São Paulo/ SP 2021 3. Série: Reflexos de um mundo oculto Coleção: A poesia dos movimentos invisíveis São Paulo/ SP, 2021. http://www.yuribittar.com | https://www.facebook.com/yuri.bittar |
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Polis, o Manifesto da Cidade Rodrigo Araês Caldas Farias |
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Pergunta o Rei Milinda: ─ Qual o seu nome Venerável? ─ Chamam-me Nagasena e outros nomes. No entanto esses nomes são expressões comuns, sob os quais não existe nenhum indivíduo Milinda Panha |
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Depois de muito pensar resolvi me manifestar. Desde tempos imemoriais sou criada pelos homens, sou um ser de milhares de formas e não sei ainda porque me manifesto neste plano de existência. Qual o motivo de uma cidade nascer em um lugar e não em outro? Que tipo de energia faz com que uma cidade cresça com acúmulo de seres humanos e outras desapareçam em questão de décadas?. |
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Que critérios usam os homens para fundar uma cidade, e o que seria mais importante; o fim material a que se destina ou o espiritual.? Os mesmos princípios que regem a fundação de uma cidade regem a colocação da pedra fundamental de uma fábrica, de uma casa ou de um parque? O fato é que muitas das cidades foram criadas através do uso da geometria sagrada e traziam mais harmonia aos seus habitantes. |
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Algumas escolas afirmam que se não existir um equilíbrio entre a parte espiritual e material de uma cidade ela não subsiste. Isto vale para civilizações. Muitas das minhas formas foram destruídas pelo fogo, pela água e pela terra. Algumas por terremotos, outras por afundamento, e ainda outras por lavas vulcânicas. Estamos tendo algumas repetições de cataclismos. O mais grave é quando os próprios homens nos destroem. E esses destruidores são incensados pela história. Samarcanda (foto acima) - que significa cidade Suméria - foi destruída por Alexandre “o grande”, e é um exemplo. Segundo escolas iniciáticas ela foi construída como gêmea da capital da Suméria. |
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É curioso algumas cidades serem criadas como espelho de constelações, como é o caso das 23 cidades Maias, do complexo de Angkor (foto ao lado) e mesmo das catedrais góticas francesas, vinculadas à Virgem Negra, que desenham a constelação de Virgo sobre o território da França. Expansão e recolhimento é uma lei geral do Universo. O recolhimento humano nas mega-cidades torna seus habitantes vulneráveis, mas haverá época de expansão para o campo e tudo será diferente. |
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Há alguns sinais de que isso já esteja acontecendo. A visão pontual de minhas histórias é míope, minha idade tem outra escala de valores. Existem cidades com mais de oito milênios e elas velam pelo mundo. Pólis somos nós e nós somos humanos. Cada ser humano é uma cidade e a cidade caracteriza seus habitantes. Aliás somos o resultado da união e agregação de várias polis. A vibração do terreno local onde a cidade será erguida, causa frequentemente ignorada, vai caracterizar seus futuros habitantes. A analogia entre uma cidade e um ser humano é mais do que perfeita, mas não deve permanecer apenas no plano da matéria, tem que ser transdisciplinar. São Paulo, 13/03/2022 – 12h41 |
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(...) “Todos os pares de opostos São criados pelo pensamento. São como um sonho irreal, como um espelhamento. Por que se esgotar tentando agarrá-los? A ganância e a perda, o certo e o falso Num instante desaparecem para sempre. Quando a mente não discrimina, Tudo que existe se torna unidade. Quando se compreende a natureza profunda desta unidade, a causalidade é instantaneamente transcendida. Quando a causalidade é esquecida, as comparações tornam-se inúteis. Quando a mente se unifica consigo mesma, toda atividade cessa". https://selfdefinition.org/zen/hsin-hsin-ming/canto-al-corazon-de-la-confianza.htm |
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Questionando ideologias perigosas Onde está a vida que perdemos ao viver? Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento? Onde está o conhecimento que perdemos na informação? [...] Que vida você tem, se você não tem vida conjunta? Não há vida que não seja em comunidade, [...] Quando o Estranho diz: “Qual é o significado desta cidade? Vocês se amontoam porque se amam?" O que você vai responder? "Todos moramos juntos para ganhar dinheiro uns dos outros"? ou "Esta é uma comunidade"? Oh, minha alma, esteja preparada para a vinda do Estranho. Esteja preparada para aquele que sabe fazer perguntas. T.S. Eliot (1934) |
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Vídeo "Flying Together" que apresenta pinturas de "Pássaros" de Mariana Thieriot, a música "Sensations" - composta e interpretada por Sérgio Taza Lemke, com edição de Vera Laporta (Clque na imagem abaixo para assistir o vídeo) |
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ARTE NA RUA Um dos maiores nomes da arte urbana brasileira e mundial, o paulista Eduardo Kobra fez o mais recente de seus trabalhos em Lajeado, no Vale do Taquari. Para comemorar os 50 anos da Univates, o artista foi chamado para pintar o prédio mais antigo da universidade. A fachada do Prédio 1 da Universidade exibe a ilustração de três importantes personalidades da educação e literatura: Paulo Freire, Clarice Lispector e Darcy Ribeiro, painel com 14 metros de altura x 26 de comprimento, intitulado “Olhares da Educação |
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Kobra, depois de ter sido internado com covid, também fez dois outros grandes murais para doar, em agradecimento, ao Hospital das Clínicas de São Paulo, no aniversário da cidade de São Paulo. Através da arte, Kobra conscientiza sobre a necessidade de se vacinar e do uso de máscaras e ajuda a levantar recursos para pessoas em situação vulnerável. A obra mostra que Ciência e Fé caminham lado a lado. "Cada uma nos fornece algo que não se pode obter a partir da outra. Acredito demais na Ciência e na Medicina e agradeço aos médicos, enfermeiros e demais profissionais da Saúde que colocam suas vidas à nossa disposição". |
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As atividades das UAs, desta estação, se centraram na: - elaboração do CI@52: discussão, seleção do tema organizador e possíveis colaboradores; revisão, diagramação e escolha de imagens;
- reuniões semanais;
- organização e apresentação do conteúdo da assembleia anual para membros; elaboração e envio dos respectivos convites; inserção desse ppt de apresentação no Issuu;
- comunicação da anuidade para membros;
- preparação da homenagem internacional aos 80 anos de Basarab Nicolescu, no território Brasil, em 25 de março de 2022;
- reuniões de preparação para o Congresso Internacional em outubro/ 22 no México;
- convites das meditações da Lua Nova e Lua Cheia;
- comunicação e celebração dos aniversários mensais na Comunidade;
- e-book do Fluxus publicado no Issuu;
- Conversas Transdisciplinares aos Domingos (CTDD) pelo ZOOM.
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12 Filmes sobre a Filosofia de Zygmunt Bauman e a Modernidade Líquida |
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Polonês radicado na Inglaterra, Zygmunt Bauman ficou muito conhecido por sua metáfora do mundo pós-moderno e sua liquidez. O autor diz que vivemos em uma modernidade líquida, mas o que quer dizer isso? A água, ao mudar de recipiente, modifica sua forma, mas mantendo a ideia que a classifica como água. |
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Assim é o mundo pós-moderno para Bauman, em constante mudança as coisas tornam-se líquidas, não tem mais uma forma definida. Pois bem, mas para a existência de um mundo líquido haveria um mundo sólido? O pensador vai buscar em Marx a ideia da solidez do mundo moderno. A solidez está ligada a uma rigidez nos conceitos, a ideia da velocidade do mundo pós-moderno não é vista da mesma forma aqui, fazendo com que as mudanças sejam menos perceptíveis. A transição do mundo moderno para o mundo líquido, então, vem do fracasso. As promessas modernas provindas de uma racionalidade exacerbada que se inicia no Renascimento e atinge seu ápice no século XIX com os incríveis avanços científicos e políticos provindos da Revolução Francesa e Industrial. Ao entrar no século XX, a ciência e essa ideia da Razão como o propósito da existência humana encontram seus dias de trevas. Apesar de iniciar o século XX com um otimismo incrível proporcionado pela Belle Époque, o voo alto da razão faz queimar suas asas, assim como Ícaro, e implode duas grandes guerras que mataram mais de 60 milhões de pessoas no mundo. A ideia de que a razão e a ciência salvariam o mundo fracassa. A modernidade cria a guerra. E a guerra, ao contrário do que se pensa, foi gerada pela racionalidade exacerbada e não pela irracionalidade como muitos pensam. Assim a bomba atômica, a linha de produção do holocausto são fruto da razão. Esse tema é retratado nos filmes abaixo: |
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- As metamorfoses da Paisagem. Eric Rohmer. França. 1964
- Blade Runner. Ridley Scott. EUA. 1982
- Eles Vivem. John Capenter. EUA. 1988
- Tom Erdman. Maren Ade. Alemanha. 2016
- Quero ser John Malkovich. Spike Jonze. EUA. 1999
- Demônio de Neon. Nicolas Winding Refn. EUA. 2016
- Depois de Lucia. Michel de Franco. México. 2012
- Muito além do Jardim. Hal Ashby. EUA. 1979
- Beleza Americana. Sam Mendes. EUA. 1999
- O Abutre. Dan Gilroy. EUA. 2014
- O Silêncio de Lorna. Irmãos Dardenne. França. 2008
- Ex-machina. Alex Garland. EUA. 2014.
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Documentários sobre Nietzsche, Heidegger e Sartre A série da BBC ‘Humano, Demasiado Humano’ (Human All Too Human) inclui três programas fantásticos sobre Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre e Martin Heidegger, um trio de pensadores controverso que continuam influenciando até os dias de hoje, na filosofia e na psicologia. A série aborda os personagens e suas teorias. Vale assistir cada minuto, são três programa envolventes e emocionantes. Os documentários são conduzidos por Alain de Botton, escritor e produtor famoso por popularizar a filosofia e divulgar seu uso na vida cotidiana. Botton iniciou um Ph.D. em filosofia francesa em Harvard, mas acabou preferindo escrever ficção. Para além de escrever possui a sua própria produtora, a Seneca Productions, que transmite regularmente programas e documentários de televisão, baseados nos seus trabalhos. Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 -1900) foi um filósofo alemão do século XIX e um dos maiores nomes dessa área. Documentário I: Humano, Demasiado Humano – Friedrich Nietzsche: Além do Bem e do Mal https://youtu.be/gfrFsIfyLdA Martin Heidegger (1889 – 1976) foi um filósofo alemão do século XX que influenciou muitos outros, dentre os quais Jean-Paul Sartre. Documentário II: Humano, Demasiado Humano – Martin Heidegger: Projeto Para Viver https://youtu.be/SuD1vJQxuYs Jean-Paul Sartre (1905 -1980) foi um filósofo francês, conhecido como representante do existencialismo. Documentário III: Humano, Demasiado Humano – Jean-Paul Sartre: O Caminho Para a Liberdade https://youtu.be/uL4UVvN5C6g |
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Faz de Conta que NY é uma Cidade Ano de lançamento: 2021 Passeie por Nova York e conheça a mente fascinante da escritora e humorista Fran Lebowitz, em uma conversa com Martin Scorsese. Disponível no Netflix |
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Filme para crianças: ‘Tarsilinha’ chega aos cinemas: Essa animação, inspirada na obra de Tarsila do Amaral, entrou em cartaz no dia 17.02. Em cartaz em diversos cinemas, inclusive no Cinemark. |
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Está em cartaz, desde fevereiro, na Área de Convivência do Sesc Pompeia, a exposição “Amazônia – Sebastião Salgado”, que fica aberta para visitação até 31 de julho. Idealizada pela curadora Lélia Wanick Salgado, a mostra traz o resultado de sete anos de imersões fotográficas do artista na Amazônia brasileira, com cerca de 200 imagens.Após passar por Paris, Roma e Londres, a exposição desembarca para sua temporada no Brasil. A mostra imersiva é um mergulho no coração da Amazônia e um convite para ver, ouvir e refletir sobre o futuro da biodiversidade e a urgente necessidade de proteger os povos indígenas e preservar o ecossistema imprescindível para o planeta. “Ao projetar ‘Amazônia’, quis criar um ambiente em que o visitante se sentisse dentro da floresta, se integrasse com sua exuberante vegetação e com o cotidiano das populações locais”, comenta Lélia. Feitas por terra, água e ar, as imagens revelam a floresta, os rios, as montanhas e a vida de comunidades indígenas, em uma Amazônia que não cessa de nos surpreender com a cultura e engenhosidade de seus povos, seus mistérios, sua força e sua incomparável beleza. |
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Amazônia – Sebastião Salgado Curadoria e cenografia: Lélia Wanick Salgado De 15 de fevereiro a 31 de julho de 2022 Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93, Pompeia – São Paulo. Horário: Terça a sábado, das 10h30 às 21h (com entrada até as 19h30); Domingo e feriado, das 10h30 às 18h (com entrada até as 16h30) Depois de ser apresentada em São Paulo, a exposição segue para o Rio de Janeiro (RJ), no Museu do Amanhã, de 19 de julho de 2022 a 29 de janeiro de 2023. Amazônia vai ainda ser apresentada em Belém (PA), além de estarem previstas outras capitais. |
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FAROL SANTANDER: IDENTIDADES – 22&22&22. A mostra será apresentada em três andares e no hall de entrada do icônico centro de cultura, lazer, empreendedorismo e gastronomia. Com obras emblemáticas do Acervo Artístico-cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo e da Coleção Santander Brasil, mais de 140 trabalhos serão exibidos em um total de 867m² de área expositiva. Sob curadoria de Ana Cristina Carvalho e Carlos Augusto Faggin, e concepção de projeto visual e arquitetônico de Fernando Brandão, a mostra apresenta um recorte sobre três séculos de produções artísticas no Brasil, com trabalhos de artistas fundamentais para a criação e desenvolvimento da identidade cultural do país. Entre os grandes destaques, está o imponente mural Tiradentes (1948-1949), considerado uma das principais obras de Cândido Portinari, que será pela primeira vez exibido fora do Memorial da América Latina. A obra de grandes dimensões (309×1767 cm) será instalada no hall do Farol Santander SP. |
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Tarsila do Amaral, uma das maiores artistas brasileiras, terá sete obras exibidas, entre elas, Autorretrato I (1924); e A Samaritana (1911). Outras figuras fundamentais como Anita Malfatti e Alfredo Volpi também terão diversos trabalhos expostos na mostra. Outra instalação em evidência é o Fragmento de Forro de Igreja (século XIX). Originalmente parte do teto de uma capela, o fragmento foi adquirido pelo Governo do Estado para o Palácio dos Bandeirantes, em 1968. |
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A arte ajuda a compreender o olhar da sociedade sobre a situação cotidiana do momento: toda produção artística absorve o contexto social e político em que está inserida. Se há dois séculos o Brasil dava seus primeiros passos como nação independente, esta nova conjuntura trouxe repercussões também para o mundo da arte brasileira. Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô) Quando: De 22 de fevereiro a 22 de maio de 2022 Site Farol Santander: farolsantander.com.br |
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Museu CATAVENTO apresenta “O ATELIÊ DE BRECHERET” O Museu, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, apresenta a exposição “O Ateliê de Brecheret”. A mostra, que compõe a programação da Agenda Tarsila e faz parte do projeto Modernismo Hoje, em comemoração ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 22, será realizada diretamente do local em que trabalhou o escultor Victor Brecheret, no Palácio das Indústrias, e aberta ao público no dia 11 de fevereiro. Em 220 m² de área expositiva, 28 metros lineares e 12m² do palco com holografias das esculturas, ferramentas e desenhos do Brecheret, a exposição conta a história do artista e do espaço que abrigou a realização de importantes obras e de um encontro essencial para a história da arte brasileira. A mostra poderá ser conferida de terça a domingo, das 9h às 17h, no piso superior do museu. |
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Elevado à condição de um dos ícones do Modernismo, ao lado de importantes nomes da intelectualidade da época, Brecheret foi o artista que teve o maior número de obras expostas na Semana de Arte Moderna de 1922. Exposição “O Ateliê de Brecheret. Quando: a partir de 11/02/2022, das 9h às 17h
Onde: Museu Catavento – piso superior. Av. Mercúrio, s/n – Parque Dom Pedro II, São Paulo – SP |
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"PORTINARI PARA TODOS" no Museu MIS Experience Em cartaz a partir de 5 de março, a exposição ‘Portinari para Todos’, no museu MIS Experience. A mostra conta com instalações interativas, obras em escala monumental e celebra a vida e o legado de Portinari. Para isso, que o MIS dividiu as obras em três áreas expositivas, assim fica fácil interagir e sentir-se parte das obras em grande escala. Ao todo, a mostra exibe mais de 150 pinturas de Portinari, através de projeções e diferentes tecnologias. Além disso, o artista Eduardo Kobra concebeu um mural com 38 metros de comprimento e 5 metros de altura, em homenagem a Portinari. |
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A primeira área traz sete instalações interativas para que o público conheça mais da vida e do legado do artista. Na sequência, o visitante ingressa na sala Portinari imenso, que possibilita a imersão nas obras, em escala monumental, de forma contemplativa e envolvente. Já o último espaço contextualiza o acervo de Portinari. |
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Além de mostrar a ligação de Portinari com a cultura e história do país, esta exposição reitera a importância da preservação da memória deste grande artista. A mostra permanecerá até 10 de julho, de terça a sexta e domingo, das 10h às 17h; sábado e feriado, das 10h às 18h. Para mais informações acesse o site do MIS. |
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Modernismo. Destaques do Acervo da Pinacoteca Para celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, a Pinacoteca selecionou mais de 130 obras do seu acervo relacionadas ao movimento. Entre os destaques estão obras de Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Lasar Segall. Até 21/12/2022 Conheça o site da Pinacoteca de São Paulo |
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Exposição virtual mostra arte indígena contemporânea Com curadoria de aluna da USP, mostra traz vídeos, fotos e áudios produzidos por índios do Brasil e do exterior |
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PRESENTE ANCESTRAL INDÍGENA é o nome da exposição virtual de arte indígena contemporânea que está em cartaz na quinta edição da The Wrong Biennale – um dos mais importantes eventos de arte digital do mundo. Através de vídeos, fotografias, desenhos e músicas, 23 artistas indígenas de diferentes regiões e etnias – do Brasil e do exterior – expressam sua arte, sua cultura e suas preocupações com a situação dos povos originários atualmente. A curadoria da exposição é da artista visual e compositora Tassia Mila, aluna de graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e indígena pataxó-kiriri, de Jequié, na Bahia. Gratuita, a exposição está disponível neste link. “Por meio da arte, nós, indígenas de diversas ramas, povos, com suas diferentes histórias, cada um à sua maneira, neste território Pindorama, onde foi inventado o Brasil, nos encruzilhamos e fazemos um coro, um canto, um grito, um barulho, um protesto”, destaca Tassia, em texto que abre a exposição. Entre as obras apresentadas na exposição estão as fotografias de Pepyaká Krikati, do povo Krikati, do Maranhão. Elas mostram a tradição da pintura corporal daquele povo. “Nós usamos urucum para pinturas corporais, assim como a tinta de jenipapo, que tem sua textura escura azulada. O urucum é vermelho, é essencial e não pode faltar em dias de brincadeiras e festas culturais na aldeia”, explica o artista. (...) A exposição Presente Ancestral Indígena, que faz parte da 5ª Wrong Biennale, está em cartaz até 1º de maio de 2022 neste link: https://pt.aisthesislab.art/mimxoxeoato |
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Tribo indígena cria game sobre sua história para preservar cultura local Ao longo dos últimos anos a tecnologia assumiu um papel importante em nossas vidas, influenciando no modo que agimos e pensamos. Recentemente, todo esse aparato tecnológico foi usado como ferramenta para preservação cultural do povo indígena Kaxinawá. A tribo Huni Kuin (ou Kaxinawá) desenvolveu um jogo eletrônico, que pode ser baixado gratuitamente, possibilitando uma experiência de intercâmbio de conhecimentos e memórias indígenas. Isso mesmo, a comunidade indígena localizada no Acre, Brasil, montou uma equipe de programadores, artistas e antropólogos para criar seu próprio videogame. O projeto se chama Huni Kuin: os caminhos da jiboia e trata-se de um jogo de plataforma de cinco fases, onde cada fase conta uma antiga história do povo Huni Kuin. A proposta é propiciar uma imersão no universo Huni Kuin, em que os jogadores possam entrar em contato com saberes indígenas – como os cantos, grafismos, histórias, mitos e rituais deste povo – possibilitando uma circulação destes conhecimentos por uma rede mais ampla. “Um casal de gêmeos kaxinawá foram concebidos pela jiboia Yube em sonhos e herdaram seus poderes especiais. Um jovem caçador e uma pequena artesã, ao longo do jogo, passarão por uma série de desafios para se tornarem, respectivamente, um curandeiro (mukaya) e uma mestra dos desenhos (kene). Nesta jornada, eles adquirirão habilidades e conhecimentos de seus ancestrais, dos animais, das plantas e dos espíritos; entrarão em comunicação com os seres visíveis e invisíveis da floresta (yuxin), para se tornarem, enfim, seres humanos verdadeiros (Huni Kuin).” Gameplay - Huni Kuin: os caminhos da jiboia: Gameplay do videogame baseado nas histórias do povo indígena Huni Kuin (Kaxinawá) do Rio Jordão, Acre. Realizado pelo coletivo Beya Xinã Bena. Acesse: http://www.gamehunikuin.com.br ou http://www.facebook.com/gamehunikuin/ https://youtu.be/f5m88A4oRHo |
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O espetáculo Riobaldo, adaptação do livro Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, interpretado e adaptado por Gilson de Barros, com direção de Amir Haddad, apresenta temporada presencial no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte. Estará em cartaz de 11 de março a 10 de abril. A peça joga luz sobre o papel dos amores na vida do sertanejo Riobaldo, proporcionando reflexões sobre as travessias do humano. Sala Paschoal Carlos Magno (Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista) |
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Oboré - quando a Terra fala Martha Batista de Lima – organizadora. O livro Oboré, nasceu no desenvolver do Terceiro Congresso Mundial de Transdisciplinaridade, em dois eventos que aconteceram na semana dos povos originários em dois momentos da primeira semana do mês de agosto de 2021, respectivamente. Teve como objetivo registrar as falas de sete representantes indígenas, sete povos de diferentes etnias sendo cinco mulheres e dois homens, a saber: |
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Kaká Werá, do povo Tapuia; Joziléia Daniza do povo Kaingang; Walderes Coctá Priprá do povo Laklãnõ-Xokleng; Hugo Fulni-ô do povo Fulni-ô; Célia Xakriabá do povo Xacriabá; Daiara Tukano do povo Tukano; Kerexu e Yxapyry povo Guarani; Esses representantes foram sugeridos por uma comissão composta por Martha de Lima, Joziléia Kaingang, Kerexu Yxapyry, por Vicente L. de Góes e outros. |
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Optamos por selecionar de uma lista robusta a maioria das palestrantes do sexo feminino, como alternativa de evento em que a cultura ancestral é comumente representada por caciques e, geralmente homens. A ideia era que cada etnia estivesse representando um bioma diferente. Assim, foram sugeridos pelos próprios palestrantes, eixos temáticos mais abrangentes nos dois momentos e não uma linha temática. O livro surge como forma de registro histórico, pois esse foi um momento vivido no congresso e é também um momento em que os povos originários estão enfrentando todo tipo de cerceamento: de direitos, perda de territórios, invasões por mineradoras, pandemia da covid-19, incêndios por intolerâncias religiosas, ataques inclusive do Governo Federal em forma de projetos e de leis absurdas. Essas falas no evento virtual, foram concebidas por nós como um som para reunir e resistir na força das palavras proferidas por essas mulheres e homens indígenas nesse momento de emergência que todos devem ouvir o chamado da Terra. |
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Quando um Xamã Tapuia – conhecedor e estudioso da cosmovisão Guarani, educador e palestrante, autor da literatura indígena – fala sobre resistência e lutas, a Terra está falando... Da mesma forma, quando a mulher indígena, doutora em antropologia, educadora, liderança feminina, pesquisadora e palestrante, está falando pelo seu povo, falando da sua história e também da sua cultura, a Terra fala por intermédio dela. A Terra está falando quando um professor cineasta, mestre em linguística, palestrante ativista, traz as imagens do seu povo, da sua sobrevivência e da sua língua. |
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A Terra também fala por meio da professora que faz pesquisa e documentação de estudo etno-histórico, mestrado com premiação nacional, indo para seu doutorado em arqueologia (que pesquisa a história de um povo que, por muito pouco, não foi dizimado e narra também sobre o legado que sua juventude indígena recebeu dos anciões e a história do contato com o colonizador, uma experiência que foi drástica). A Terra fala pela da voz da ativista indígena – professora, mestra em desenvolvimento sustentável e doutoranda em Antropologia que faz da oralidade sua via de "lutalitura", como ela mesma afirma, a leitura e literatura construída na luta – usa da linguagem como um convite ao pensar e refletir a história e os contextos dos acontecimentos atuais e passados. A Terra fala por meio da Arte como interação com o Sagrado e o segredo, a Arte como expressão dos saberes e de estar no mundo. A Terra fala pelas formas, símbolos, mantos e cores de uma indígena artista e ativista dos direitos humanos. Finalmente a Terra fala por meio da presença e resistência da líder Guarani, indígena que foi reconhecida Cacique em uma quebra de padrões de escolhas de lideres pelo masculino. Ela foi a primeira Cacique a ser reconhecida liderança de um povo no Brasil e é também gestora ambiental, mestranda em desenvolvimento sustentável. Defende ainda a homologação das terras indígenas no Morro dos Cavalos – Palhoça/ SC, lutando contra interesses alheios ao território indígena e contra as perdas de direitos. As mídias, os livros são ocupados por estas falas poderosas, porque a Terra está falando e, como que lembrando quando estas vozes surgiam com o uso do instrumento de sopro Oboré, usado pelos Tupinambás ancestrais, para reunir o povo para orientação, um chamado para falar da luta ou para a próxima atividade de vida coletiva, assim a metáfora foi sugerida por Kaká Werá para ser o título desse livro. Precisamos de todos e todas. Ouçam o Oboré. O livro nasce pela força da palavra, pelo poder da escuta, pelo fazer ou, mais especificamente, pelo “chamamento” ou "chamar mentes" como eles dizem. Convidamos todos para uma "escuta sensível" e para ler as palavras eternizadas no Oboré quando a Terra fala! |
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Fluxus de Palavras: pesquisa de natureza transdisciplinar desenvolvida pela Comunidade Integrada CETRANS e colaboradores através de uma dinâmica criada entre os oito participantes envolvidos no projeto com os seguintes objetivos: cultivar e registrar o movimento da prática do diálogo transdisciplinar a partir da abertura de um espaço de qualidade de escuta entre todos nós. Essa dinâmica possibilitou a emergência de um fluxus de palavras constituído pelas apresentações proferidas pelos 430 palestrantes do III CMTDV, representantes de cinco continentes.
Ainda que na escolha das palavras incorrêssemos em um certo nível de subjetividade, sempre nos pautamos pelo acolhimento da apresentação de quem falou e sobre o que se falou. Mais detalhes podem ser vistos neste link do ISSUU.
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Sujeito Sensível e Renovação do Eu – As contribuições da fasciaterapia e da Somato-psicopedagogia. Danis Bois, Marie-Christine Josso, Marc Humpich, org. São Paulo: Paulus, Centro Universitário São Camilo, 2008. “Este livro apresenta uma proposta inovadora na formação de profissionais da saúde e educação, inaugurando uma prática que torna a pedagogia, a pedagogia da saúde, como elemento de transformação na relação médico-paciente, enfermeiro-paciente, fisioterapeuta-paciente, nutricionista-paciente, fonoaudiólogo- paciente, professor-aluno, psicoterapeuta-paciente, psicanalista-paciente." |
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"A proposição funda-se na constatação de que não existe possibilidade de cura sem aprendizado. Para aprender, não basta olhar, mas ver; não basta ouvir, mas escutar; não basta fazer, mas pensar o que se faz e sobre o que se faz. Para que o olhar possa transformar-se em ver e o ouvir em escutar, o intervalo estabelecido entre eles precisa ser preenchido pelo pensamento sensível." |
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"Destaca-se nessa prática, uma nova forma de relação entre paciente e terapeuta, uma entrevista original, pela mediação corporal. Essa forma de entrevista, na nos moldes pergunta-resposta, mas como uma narrativa sobre si, humaniza a relação terapeuta-paciente, aproximando-os, revelando conteúdos da subjetividade, marcando um novo olhar sobre as coisas da vida, para, então, reencontrar pistas de cura para a alma, para o espírito e para o corpo.” Resenha de Margaréte May Berkenbrock |
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Escrevendo a Lápis de Cor: Infância e História na Escritura de Guimarães Rosa. Camila Rodrigues. Desconcertos Editora Quando o leitor olhar a capa do livro da historiadora Camila Rodrigues, Escrevendo a Lápis de Cor: Infância e História na Escritura de Guimarães Rosa, logo vai perceber que a sua leitura reserva um encanto. Uma estrela, um infinito, uma menina de braços abertos, bem do jeito que as crianças pintam, se equilibrando num lápis de cor. Essa imagem, criada por Márcio Reiff, tem como referência os desenhos das capas dos cadernos de Rosa que a autora pesquisou. Curioso também é o som e o ritmo das palavras rosianas. Um acalanto, como a própria autora define, que leva à descoberta do infinito mágico de um outro sertão. |
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“Rosa é, para mim, o maior escritor brasileiro do século 20, o mais poético, o mais erudito e ao mesmo tempo o mais popular. Naquela literatura cheia de oralidade, repleta de memórias das narrativas multicoloridas que os mais velhos contavam na sua infância, agora somos nós, leitores, que iremos escutar, e ouvir o João. Vamos nos formando como leitores/ouvintes de Rosa”, comenta Camila. “Ele é um autor que solicita que não apenas se leia, mas que se decodifique as palavras. Exige que o receptor participe da obra o tempo todo, que o ouça, que performe com ele, que brinque de montar palavras e narrativas. Isso as crianças logo percebem como é para fazer. Escrevendo a Lápis de Cor, lançado pela Desconcertos Editora, é resultado do doutorado de Camila Rodrigues em História na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sob orientação do professor Elias Thomé Saliba. Para conhecer o livro, veja no site da Editora Desconcertos |
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Imagens Cintilantes – uma viagem através da arte desde o Egito a ‘Star Wars’. Camille Paglia. Apicuri, 2014 Em sua mais recente obra Imagens cintilantes – uma viagem através da arte desde o Egito a ‘Star Wars’, Camille Paglia retorna ao local que a consagrou, a crítica à arte contemporânea. No livro, a autora analisa 29 obras que considera fundamentais na história da arte e afirma, com certa decepção, que os jovens deixaram ofícios como a pintura e a escultura para emprestar sua lealdade à tecnologia e ao design industrial. Paglia resumiu o panorama que motivou a criação de Imagens cintilantes: |
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“O olho sofre com anúncios piscando na rede. Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos de seus aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e do correio eletrônico, que estão perdendo a linguagem do corpo.” (...) |
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Design de Culturas Regenerativas. Daniel Wahl, Editora Bambual. Através da visão sistêmica, projetos colaborativos e ferramentas inovadoras Daniel Wahl nos inspira a mudar nossos estilos de vida e estratégias de negócios para vitalizarmos nossos ecossistemas naturais e econômicos. E nos indaga: Por que a humanidade deve continuar a existir? Esta é a pergunta provocadora que Daniel Wahl busca responder neste livro e é através de perguntas-chave que ele nos encaminha à mudança de percepção do mundo em que vivemos: do pensamento cartesiano à visão sistêmica, do ostracismo de uma casca de noz à interdependência do interser, da mediocridade à grandeza do ser humano que somos. |
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Rompendo com padrões de pensamentos inadequados para a atual realidade da espécie humana na Terra, e acreditando na educação, no design e na vida comunitária, ele apresenta uma visão de como podemos parar de perseguir a ‘miragem’ da certeza e controle em um mundo complexo e imprevisível. Pensador e ativista reconhecido mundialmente, Daniel Wahl apresenta projetos colaborativos e ferramentas inovadoras, que nos inspiram a mudar nossos estilos de vida e estratégias de negócios, de maneira que vitalizam nossos ecossistemas naturais e econômicos. Para conhecer o livro, acesse o site da Editora Bambual |
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Fragmento do GUANZI, numa tradução do Dr. Jean-Marc Eyssalet, em seminário no Brasil Se meu coração consciência é regulado, meus órgãos sensoriais estão regulados. Se meu coração espírito está apaziguado, meus órgãos sensoriais estão apaziguados. Porque aquilo que os regula é o meu coração Aquilo que os apazigua é também o meu coração. Porque o que armazena meu coração é um coração. No centro do coração ainda há mais um coração E neste coração do coração, a ideação/intencionalidade precede a palavra. Uma vez a intencionalidade estabelecida vem a colocação na forma. A forma estando estabelecida vem a palavra. A palavra estando estabelecida vem a prática. A prática estando estabelecida intervém então o uso regrado, a regulação. Sem esta regulação cairíamos necessariamente na desordem E a desordem é a morte |
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Guan Zhong, considerado por alguns como o autor do Guanzi |
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Dr. Jean-Marc Eyssalet nos brindou, ainda, com a explicação: “Este é um texto muito particular que diz: ‘No centro do coração há mais um coração’, uma forma de dizer que dentro da escuta, na concentração, há também outra escuta mais livre. O coração é a consciência". "Mas nesta consciência há ainda uma consciência, quer dizer que temos a consciência do mundo, a consciência dos outros, a consciência de nós mesmos e dos objetos, e, depois, temos uma consciência muito mais profunda das situações que não separam nada, que é a espontânea global. A própria vivência se torna uma totalidade. Não separa mais os sujeitos e os objetos, eu e o mundo. E este é o verdadeiro coração.” |
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