Qual a sua definição de sucesso?

Agosto teve lugar e cheiro característico. O bat-local? Minha escrivaninha, num dos quartos do meu apartamento, sob as luz das LEDS das prateleiras, sentada na minha cadeira rosa de rodinhas, num espaço devidamente planejado por mim e executado pelo meu namorado. Meu local de trabalho, carinhosamente idealizado como o Quarto do Artista.

O cheiro? Uma vela da Voluspa. Pink Citron Grapefruit para ser mais exata. Uma mistura de cítrico com notas doces. Um aroma que te dá ânimo e vontade de ficar com o nariz enfiado dentro do pote. Foi um presente de amigos queridos, e além de abraço em forma de cheiro, é um lembrete de como é maravilhoso criar relações verdadeiras.

Foram quase 30 dias no meu cativeiro-aconchegante, indo dormir tarde e acordando cedo nesse agosto. Por quê? Você me pergunta.

Pela busca da resposta da pergunta do título.

A cada ano que passa eu reflito mais sobre a história que quero contar sobre a minha própria vida. Como já contei em outros e-mails, gosto de romancear a minha história, afinal é pela minha bela edição que eu posso ressignificar e tornar a vida mas gostosa e leve.

E o que a Luísa velhinha, com seus cabelos grisalhos, tomando uma caneca XXL de café (certas coisas não mudam), sentindo os primeiros raios da manhã sob a pele - porque na minha casa hipotética do futuro vai ter luz direta natural o dia todo, sim senhora -, gostaria de contemplar quando olhasse para o passado como sucesso? (E eu sou canceriana, leitora. Eu amo um de volta para o passado)

Ela gostaria que eu tivesse tentado.

Eu, hoje, com 33, olho para o passado e agradeço a Luísa que tentou lá atrás. Mesmo que "tardiamente", porque ela fez com o que ela tinha no momento, no conhecimento que ela possuía. Eu não fico mal pelos erros, pelas frustrações. Eu apenas agradeço porque tentei e assim aprendi algo.

Me imagino com certeza muito mais sábia com 80, menos preocupada com o que os outros pensam, em agradá-los, com menos medos e neuras. E se com 33 já observo oportunidades desperdiçadas por medo de falhar, não quero manter o padrão "mas que besteira ter pensado isso, coisa tão boba para se preocupar, devia ter tentado!", quando estiver com meus cabelos brancos observando a minha horta - sim, porque na minha casa hipotética do futuro vai ter jardim e plantações, sim senhora.

Numa breve pesquisa no meu Instagram há quem diga que sucesso é:

Ser útil aos outros;

Ser bem recompensada financeiramente fazendo algo que se ama ou acredita;

Viver experiências;

Fazer diferença na vida das pessoas e na sua vida;

Viver plenamente os momentos, pessoais e profissionais.

Pode ser tudo isso. Não tem resposta certa. Existe a resposta que faz sentido para você.

Uma coisa que aprendi é se eu vou valorar o meu sucesso, e consequentemente a minha felicidade, com base em métricas alheias, estou colocando essa alegria no controle de outras pessoas.

Portanto, apesar de ser muito gostoso e incrível pensar que sucesso seria receber o que eu mereço pelo trabalho que eu faço, sei que por mais que me esforce, isso depende de muitas outras variáveis. Variáveis que estão fora do meu controle.

No mais, também aprendi que sucesso não é só trabalho. E olha que eu gosto de trabalhar.

E quem não pode se dar ao luxo ou risco de de abandonar tudo para se jogar numa carreira inconstante? Que precisa pagar contas, que sustenta outras pessoas, que nasceu em uma realidade diferente. Essas pessoas estão fadadas ao insucesso?

Cheguei a conclusão - prévia, não sei se a Luísa de 80 anos concordará - que sucesso é ter uma vida com realizações. O que eu considero dar chance para as coisas que eu gostaria de fazer, coisas que fazem meu coração bater mais forte.

E quando eu digo dar chance, é deixar florescer uma ideia que me faz feliz e executá-la até o final. Mesmo que dê medo, mesmo que eu cometa erros, mesmo que existam riscos. Mesmo que eu não ganhe nada financeiramente com isso.

Eu definitivamente acredito que uma vida com sucesso é uma vida com menos "e se?".

Talvez possa me dar lucro? Talvez! Vai ser ótimo se der? Ô se vai. Mas tem objetivos que a gente alcança que tem um valor que dinheiro nenhum no mundo paga. São investimentos que a gente faz na gente! E a medida que a gente envelhece, esse investimento quadruplica! São os verdadeiros juros compostos da vida.

É dessas metas cumpridas que eu me refiro. Realizações pessoas. Desejos que sussurram na nossa alma, mesmo que pareçam "inadequados" AKA "isso pode me dar dinheiro?".

Quer dizer que vai ser fácil? Não. Tampouco quer dizer que será sempre feliz. Sucesso não é ser feliz o tempo todo. Para atingir coisas que fazem o nosso coração bater mais forte, temos que fazer coisas que nunca fizemos antes. E isso resulta em abdicar de coisas que gostamos momentaneamente, de alegrias imediatas, para ter a realização no final.

O mês de agosto foi esse mês. De abdicar de muitas coisas. De renunciar. De viver no meu cativeiro artístico por um tempo, mas com o objetivo claro de fazer a minha véia de 80 anos feliz. Eu sei que ela vai ficar orgulhosa de eu ter dado esse primeiro passo, de ter feito algo que eu queria muito. Independente do resultado ser lucrativo ou não.

Talvez ela fique rindo lembrando desse e-mail, se minha memória permitir, divagando sobre como eu achava que sabia muito da vida, enquanto termino de fazer o jantar, - com ingredientes da minha horta, preparados na ilha da minha cozinha, porque na minha casa hipotética do futuro, minha cozinha tem ilha, sim senhora.

Essa é a métrica de sucesso, para mim.

Esse e-mail é um convite à reflexão: vocês estão fazendo hoje algo que sua véia de 80 anos ficaria feliz ou ela apenas colecionaria "e, se? no álbum de memórias? Lembre-se, com certeza tudo que parece um grande obstáculo agora, será um pequeno empecilho num futuro não tão distante. Muitas vezes, crenças limitantes, fundadas inconscientemente no medo de falhar, de errar, de não ser aceita ou da ideia capitalista que nos foi empurrada de que sucesso é apenas ganhar dinheiro.

Sucesso é se sentir realizada, minhas deusas.

O que é sucesso para você?

>> DIARIN

• Frase do mês

"O mistério não é sair da zona de conforto, as saber viver no conforto da zona". Luiz Antonio Simas.

• Séries/filmes do mês:

Faz tanto tempo que não mando e-mail que teria muitas indicações, mas uma série que eu amei muito foi Black Bird. Tem na Apple+

• Leitura do mês:

Também li muita coisa nos últimos meses, mas um livro lindo do começo ao fim que me marcou foi Tudo é rio, da Carla Madeira.

• Vídeo do canal do mês:

Batata "frita" na Air Fryer! O vídeo está sendo sucesso por lá. Muita gente me marcando, dizendo que essa batata realmente fica sensacional, porque salgada na medida, macia por dentro e crocante por fora. Tem que assistir para saber o truque.

E lembra que tinha a meta de chegar em 1.000 esse ano? Consegui! Muito obrigada por você que que assiste, está inscrito e compartilha com os amigos.

• Novidade do mês

MEU CURSO ONLINE DE FOTOGRAFIA E MARKETING FINALMENTE ESTÁ NO AR!!!

A GRAN NOVIDADE, e motivo de todo o discurso emocional do texto de abertura. Botei meu coração e alma nesse projeto, e fui ALL IN mesmo. Fiz e estou fazendo tudo que está ao meu alcance para que esse projeto exista com qualidade, desde o conteúdo a divulgação, porque isso é sucesso para mim.

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As inscrições vão até esse domingo (11/09), então essa é a hora de aproveitar a oportunidade!

Tem todas as infos no site e também no vídeo que vou deixar aqui abaixo!

Que venha o resto de setembro (e agora começa aquele salto que quando a gente vê já tem papai noel em todos os cantos, SOCORRO).

DEUS NO COMANDO E JESUS NO BEBÊ CONFORTO! 

Beijos de lu(z) e até a próxima,

Luísa Colombi/ Sra. Soul Baker

que com 80 anos terá uma estante com livros de sua autoria, devidamente colocados na sua mini biblioteca, pois na minha casa hipotética do futuro, eu vou ter uma minha biblioteca, sim senhora.