Eterno enigma
Lapso de tempo fugaz e eterno,
Réstia de sol no meu jardim...
Flor bucólica que, de efémero,
Perfuma as vestes que há em mim.
Estrela cadente que a Terra desce,
Virgem impura de véus vestida;
Sob o seu jugo aprende e cresce,
Consumando ciclos de vida.
Centelha viva de um sol brilhante
No templo eterno de sombra e luz,
Viaja e olvida, vacilante,
Da Real origem o estigma
Despindo os véus alija cruz
E vai desvendando o eterno enigma...
Maria Helena Magalhães