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Exposição mostra como era a vida de soldados comuns no exército romano

Como era a vida no exército romano da perspectiva de um soldado comum? O que suas famílias achavam da vida no forte? Como os recém-conquistados reagiram? A exposição Legion: life in the Roman army busca responder a essas questões e mostra como era a vida cotidiana dos soldados e das mulheres, crianças e escravos que os acompanhavam. A ideia é apresentar a experiência de vida e de serviço de um soldado romano, desde seu alistamento, passando por suas campanhas até o dia de sua aposentadoria. Os artefatos incluem alguns dos documentos manuscritos mais antigos encontrados na Grã-Bretanha, como cartas escritas em papiros por soldados do Egito romano e tabuinhas de Vindolanda. Objetos relativos à vida doméstica e aos momentos de lazer dos soldados, como vestimentas e tabuleiros de jogos, também serão expostos ao público. A exposição começa em 1 de fevereiro e vai até 23 de junho de 2024. Para saber mais sobre o assunto, leia a matéria Introduction to Legion: life in the Roman army, da curadora Carolina Rangel de Lima, publicada no blog do British Museum.

Nova iniciativa para apoiar o ensino da História Antiga nas escolas

No ano passado, o professor Ray Laurence (Universidade Macquarie) criou uma nova iniciativa chamada Ancient Rome in Motion (ARM), cujo objetivo é desenvolver curtas-metragens sobre o Império Romano para apoiar o ensino de História Antiga nas escolas e envolver o público em geral. A primeira série reúne cinco animações sobre a vida das pessoas comuns na cidade de Pompeia. As animações foram produzidas a partir de análises de fontes históricas como grafites, evidências arqueológicas, entre outras, que possibilitam a compreensão de como as pessoas utilizavam as casas, ruas e espaços públicos de Pompeia. O primeiro curta-metragem disponibilizado aborda os usos multifacetados que os pompeianos atribuíam às ruas da cidade. Para acessar o primeiro vídeo da série, basta clicar aqui. No canal do ARM no YouTube também encontra-se disponível um outro vídeo em que Ray Laurence explica o valor do conteúdo animado para o estudo da História Antiga nas escolas.

Reunião de estudos GSPPA

Na sexta-feira, 20 de outubro, aconteceu a reunião de estudos do grupo de pesquisa Subalternos e Populares na Antiguidade (GSPPA). O texto discutido foi Professional Women in the Mid to Late Roman Textile Industry, de Anna C. Kelley, publicado na revista Past and Present,  em fevereiro de 2023. Nesse artigo, Kelley propõe uma maneira de estudar e dar visibilidade às mulheres trabalhadoras da indústria têxtil na Antiguidade. A partir de uma perspectiva de longa duração, a autora estabelece relações entre o trabalho de mulheres nas guildas durante a Idade Média e a participação econômica feminina na Antiguidade. Kelley explora documentos como os papiros do Egito, que revelam detalhes do cotidiano dessas mulheres trabalhadoras, demonstrando a participação em diferentes atividades relacionadas à indústria têxtil, como pedidos de suprimentos e transações comerciais. O próximo encontro do GSPPA acontece na sexta-feira, 24 de novembro. O texto discutido será Late Antiquity: The Age of Crowds? de Julio Cesar Magalhães de Oliveira. As inscrições para as reuniões do GSPPA ocorrem sempre no início do ano. Para mais informações, entre em contato conosco: subalternos@usp.br

Eventos

O povo ateniense diante dos golpes oligárquicos

Na terça-feira, 14 de novembro, às 18h (horário local), ocorrerá a palestras Los motivos de una derrota: el pueblo ateniense ante los golpes oligárquicos, com Julián Gallego (Universidade de Buenos Aires). O evento será online e as inscrições podem ser realizadas através deste link.

 

Dicas de leitura

Atos Apócrifos de Pedro (Paulus, 2019), traduzido por Valtair Afonso Miranda. Trata-se de uma fonte interessante para o estudo da cultura popular e dos subalternos nas comunidades cristãs dos séculos II e III. O texto é marcado pela forte presença de situações miraculosas, folclóricas e inusitadas, como um cachorro falante que anda em duas patas e a ressurreição de um peixe defumado, bem como de pessoas em situações de adversidade social, mulheres viúvas e adúlteras, pobres e destituídos em geral.

 

Anfitrião (Autêntica, 2020), traduzido por Leandro Dorval Cardoso. Anfitrião é uma das peças mais conhecidas do dramaturgo romano Plauto (século III a.C.). Por meio de Sósia, um escravo que possui protagonismo marcante na peça, podemos vislumbrar aspectos da escravidão romana que vão desde a opinião pública sobre como pessoas escravizadas deveriam se comportar até os temores e as aspirações dos escravos.

Para mais dicas de leitura, acesse nosso blog neste link.

O Boletim Subalterno é uma newsletter criada e editada pelo grupo de pesquisa Subalternos e Populares na Antiguidade. Conheça nosso blog em www.subalternosblog.com e acompanhe nossas redes sociais:

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Boletim Subalterno; quinta-feira, 26 de outubro de 2023; ano 2; nº 33; escrito por Isabella Pondian Casteleti e Marcio Monteneri.

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