Keep on – dicas audiovisuais #29 |
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NOVO EPISÓDIO DO PODCAST NO AR |
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Neste novo episódio, Fabio Sallva fala sobre Laranja Mecânica (1971), adaptação para o cinema dirigida por Stanley Kubrick do romance distópico de Anthony Burgess. Ouça o episódio aqui, no Deezer ou no seu agredador favorito. Keep on! |
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As ficções policiais americanas da década de 1930 – romances e filmes – caracterizaram-se por sua violência e sua visão amarga, e até mesmo desiludida, da sociedade liberal na era da depressão. Recebidas na Europa com uma certa defasagem, essas produções tocaram por seu aspecto sombrio, e esse traço se tornou o sinônimo de todo um período do gênero policial. Em 1945 é lançada uma coleção de romances policiais, pela editora Gallimard, chamada de "Série noire" ("Série negra"), e a mesma expressão foi utilizada pela crítica. Esse epíteto – que, estranhamente, passou sem modificações para o inglês – perdurou e acabou designando um verdadeiro subgênero do filme policial. No filme noir, a investigação torna-se mais interessante à medida que o investigador mergulha-se mais nos mistérios, do que nas provas que ele recebe. Esse gênero apresenta algumas características comuns como detetives privados viris, porém sentimentais; "prostitutas" perigosas e sedutoras; a colusão dos meios da política e do crime; e a arte de confundir pistas. |
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Bufo & Spallanzani (2001), dirigido por Flávio Ramos Tambellini, é uma adaptação do livro homônimo escrito por Rubem Fonseca. A socialite Delfina Delamare (Maitê Proença) é encontrada morta dentro de um carro. A sequência inicial do longa é a própria cena do crime, onde o inspetor Guedes (Tony Ramos) levantará as primeiras evidências e iniciará as investigações em busca do criminoso. Uma clássica sequência de gênero noir. Assista aqui no nosso Twitter @sallvafilmes. |
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Cães de Aluguel (1992), com roteiro e direção de Quentin Tarantino, trabalha o noir de maneira mais plástica e com a confusão de pistas. Nesta sequência aqui, os criminosos estão atrás de um infiltrado da polícia. As evidências não são claras e ninguém confia em ninguém. Eles trocam tiros e a cena é exposta com muito sangue, característica comum nos filmes de Tarantino. |
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Escrito e dirigido por John Huston, O Falcão Maltês (1941) conta a história de um detetive particular (Humphrey Bogart) que é procurado por uma mulher misteriosa (Sydney Greenstreet). Alegando ameaça de morte, ela pede proteção. À medida que o detetive adensa as investigações, ele se vê num enredo de intrigas e mistérios em torno de uma estátua de falcão de valor incalculável. Nesta cena aqui, temos mais recursos estéticos que caracterizam o gênero noir: a película preto-e-branca e ambientes com pouca luz, enaltecendo as sombras. |
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O neo-noir Chinatown (1974), escrito e dirigido por Roman Polanski, é filmado de forma mais simples – sem o uso de grandes técnicas de filme noir. O detetive particular Jake Gitter (Jack Nicholson) é contratado por uma mulher para descobrir um possível adultério cometido por seu cônjuge. À proporção que investiga o caso, ele envolve-se com o engenheiro chefe de uma grande empresa de distribuição de água em Los Angeles, Estados Unidos. Uma das cenas que marcam o longa é o corte no nariz de Jake, filmado em apenas um take com a interpretação do próprio Polanski. Assista aqui. |
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