Foto de Justin Hofman, Fotógrafo de vida

selvagem do ano pela National Geographic

Para aquecer: Tendências de Turismo

A edição 2023 da Revista Tendências do Turismo foi lançada pelo MTur apresentando amplo levantamento que aborda macro e microtendências das demandas do setor. Refletindo esses movimentos em iniciativas nacionais, é possível conhecer projetos desenvolvidos na mesma linha das tendências. 

A Ana Duek participou da elaboração da Revista e detalha as tendências em viagens sustentáveis no Viajar Verde.

Abordando as Mudanças Climáticas

A qualidade da experiência, o preço da viagem, disponibilidade de espaço e a confiança do consumidor são alguns dos aspectos negativamente impactados pelas mudanças climáticas. A Rede AdaptaCLIMA elaborou um material focado no Turismo com medidas de adaptação em conjunto com outros setores e um plano de ação, da preparação à implementação e monitoramento, para um processo contínuo de adaptação às mudanças climáticas.

Lembrando que na COP26 o setor se comprometeu a zerar as emissões as emissões de gases de efeito estufa até 2050 e cortar pela metade até 2030. 

Se você é da “turma dos podcasts” o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID trouxe a discussão sobre a relação entre o turismo e as mudanças do clima em um episódio do Caminhos para o Turismo.

Desafios, tendências e oportunidades da relação entre turismo e mudanças climáticas foi alvo do Boletim de Inteligência Turística do SEBRAE-PR (com recomendações de ações!).

E os casos reais? Temos!

Resumo de lições aprendida da iniciativa global Recifes Resistentes que apoia os recifes de corais listados como Patrimônio Mundial da UNESCO e as comunidades que dependem deles para se adaptar às mudanças climáticas e às ameaças locais.

Integrar comunidades, setor público e empresas de todos os tamanhos  para ter o turismo como uma ferramenta para gerar a conservação da natureza, e gerar renda para as comunidades locais, é uma iniciativa que acontece na Bahia, pela Futuri.

Proposta de turismo regenerativo que contribuirá para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, preservar a biodiversidade e valorizar o patrimônio cultural da América Latina e do Caribe foi apresentada na Feira Internacional do Turismo – FITUR 2023 pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina.

Conservação, regeneração, resiliência e enfrentamento climático são os pilares da Rede Turismo CO2 Legal + Guardiões do Clima. 

Diversidade e Inclusão

Te convido a um exercício de imaginação. Se fossemos um planeta monótono, em que todos comessem a mesma comida, ouvissem o mesmo tipo de música, tivessem as mesmas paisagens, cultura e conjunto de valores, será que teríamos turismo?
A diversidade e o respeito a ela são indispensáveis, mas quão diversa e inclusiva é nossa indústria ? 

O sucesso de destinos que acolhem as comunidades LGBTQIAP+ abarca empresas dedicadas ao público e relaciona 5 cidades com destaque ao ajudar os turistas a viajar com orgulho. 

Na intersecção do turismo com o cinema e a história no contexto da diversidade e dos erros que temos que lembrar para que não voltem a ser cometidos, foi lançado esse mês o documentário Rio, Negro que, cheio de vivacidade, cores e sons, escancara a contribuição africana à formação da cidade do Rio de Janeiro. 

Experiências inovadoras formuladas por comunidades indígenas com roteiros voltados à história de origem dos povos e imersão na floresta são o objeto das redes de turismo indígena: Poranduba Amazônia, Yaripo Ecoturismo Yanomami e Serras Guerreiras de Tapuruquara. O fortalecimento das habilidades das comunidades para promover uma recuperação inclusiva foi pauta da Organização Mundial do Turismo.

A nova Jovem Líder da ONU é brasileira, Luísa Machado, toca em temas sensíveis dos direitos humanos com a linguagem informal das redes sociais. O respeito é o fio que interliga os temas de gênero e direitos digitais. O ser humano no centro da discussão, tem tudo a ver com turismo.

Melhores modelos de compras locais, artesanato e alimentação 

A categoria anterior fala da diversidade e, a partir dela, chegamos à contribuição para a experiência turística que vem pelo senso de lugar. Sabe aquele modelo bonito de ver com a rede local integrada, criando oportunidades, usando o produto fresco, produzido pertinho e o artesanato que tem o cheiro do lugar?

Na periferia de São Paulo a diversidade cultural é valorizada em caminhadas e roteiros de TBC.

Dia global da resiliência do turismo – 17 de fevereiro – é sobre a importância da responsabilidade ambiental entrelaçada ao fomento à cultura local.

Esse mês temos o dia do artesanato – 19 de março – e, sobre ele, a experiência de consumir arte popular na relação artesanato e turismo. As artesãs do Vale do Jequitinhonha são expoentes de uma produção artesanal que levanta a questão sobre a diferença entre arte e artesanato (e ela existe?).

Como falar de artesanato no fomento à economia e cultura local com liderança da comunidade, principalmente feminina, e não trazer o Vale do Jequitinhonha? Aqui no Instituto Vivejar quem trabalha há termpos para empoderar essa iniciativa é a Marianne Costa.

O ambiente que respira artesanato na Ilha do Ferro, Alagoas, tem grandes lições a ensinar sobre o protagonismo dos moradores e a preservação dos potenciais regionais de mãos dadas à reutilização de materiais enchendo-os de significado.

A produção associada ao turismo é objeto de interesse por pequenos agricultores em Roraima.

Cidades mineiras tiveram histórias e sabores resgatados em receitas das famílias no projeto Sabor e Afeto nas Villas e Fazendas.

Melhores conexões significativas 

A tecnologia por todo lado tem colocado em evidência o quanto valorizamos as conexões humanas significativas. Falando de viagem, é ainda mais relevante. Uma experiência de qualidade que combine os produtos locais (da economia da categoria anterior) com a construção de vínculos entre a comunidade e o visitante, é tesouro. A conexão oferece benefícios aos dois lados e colabora para o avanço de um desenvolvimento em escala coletiva, para um mundo melhor mesmo.

“Dessa forma, o turismo pode realmente ser o lugar do encontro, do crescimento, da transformação do indivíduo e, como consequência, da sociedade toda”, disse Elisa Spampinato ao SESC São Paulo no trabalho que propôs repensar o turismo pelo projeto Itinerários de Resistência, que mapeou ações pelo estado de São Paulo.

Artigo que se propõem a contribuir com as reflexões do TBC para o desenvolvimento de pequenas localidades na dimensão social estudou casos de sucesso e insucesso. A necessidade de constante acompanhamento dos efeitos positivos do TBC na localidade é aprofundada ao final, em que são destacados pontos importantes para futuras discussões.

Um dos casos foi da Comunidade Água Blanca, no Equador, que traz um contexto histórico de luta das comunidades indígenas camponesas e o pioneirismo das experiências do país em TBC.

Melhores iniciativas para a conservação da natureza  

A categoria tem o foco em destinos de vida selvagem e trata da redução dos impactos negativos causados pelo turismo, o impacto positivo na manutenção do ambiente natural e a garantia do benefício às comunidades locais.

Acessar investidores de impacto por meio de estratégias sólidas de conservação é alma do texto que explora o impulsionamento do turismo para promover a conservação da natureza. 

A conservação de parques brasileiros na onda do crescimento do turismo de natureza resultando em uma importante ferramenta de apoio à proteção da biodiversidade é o que defende a Conexão Semeia.

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, foi objeto de estudo por quase uma década. A redução da ocorrência da caça furtiva foi um dos potenciais benefícios da atividade turística no local.

Iniciativas voltadas ao turismo responsável na costa brasileira na defesa da biodiversidade marinha.

Como falar de turismo na natureza sem passar pela Amazônia? O ecoturismo gerido por comunidades tradicionais foi apresentado pela National Geographic, passando pelo Brasil, Equador e Colômbia.

Melhores soluções para gestão de resíduos plásticos   

A poluição pelo uso intensivo e destinação inadequada dos resíduos plásticos afetam a atividade turística em regiões onde não se imaginaria, como os Himalaias. E, ainda pior, o turismo teve grande contribuição para esse cenário. Esse é um dos casos apresentados pelo movimento #BreakFreeFromPlastic que busca conscientizar sobre a impacto negativo dos plásticos e explicar sobre falsas soluções de marcas (A diferença entre o que é propagandeado e o que é efetivamente realizado, que resulta naquele “greenwashing”). 

O plástico já está logo após o carbono na lista de inimigos da humanidade, como descreveu o professor Harold Goodwing. O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de plástico do mundo e é o 4º país que mais gera resíduo plástico, como mostra o Atlas do Plástico que, além de apresentar dados relevantes (com capítulo dedicado ao turismo), traz alternativas para esse desafio complexo.

Se oito em cada dez turistas viajam para áreas costeiras, buscar melhores soluções para a gestão de resíduos plásticos que tanto estragam o ambiente marítimo é uma bandeira que deve ser defendida para o futuro do próprio turismo.

Museu traz uma nova visão sobre a história do lixo ao longo de tempo.

Seleção de iniciativas quanto ao desperdício, uso de embalagens e campanhas sobre a redução de plástico na área de turismo.

Como o Instituto Vivejar pode te ajudar?
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Atuamos com qualificação para o turismo responsável, mentorias individuais e coletivas, engajamento e articulação de interessados, estruturação de produtos e destinos.