Oi gente linda,

Turu bom?

A estação já começa a esfriar, acompanhada de dias ensolarados e um céu azul intenso. Clima que é um aviso das mudanças que estão por vir. E mesmo sabendo que todo ano vai ser assim, eu não canso de ser surpreendida com a sensação agradável do outono.

Refleti tantas coisas no último mês que teria um zilhão de tópicos para abordar. No mesmo nível, a dificuldade de conduzir qualquer um deles, por nem saber de onde começar. Se o papo da criatividade do último e-mail era sobre a revelação que "criar é a base de tudo que me faz feliz", esse texto é sobre a vida após essa descoberta. 

SPOILER ALERT: É bem mais emocionante. 

*** terá uso indiscriminado de gil do vigor, e eu não vou pedir desculpas por isso.

Calmem, ninguém ainda está vomitando arco-íris por aqui.

Os problemas inerentes a viver o dia após dia seguem existindo, O grande plot twist vem da minha nova capacidade de narrar a minha história como um "filme" que me orgulho e tenho vontade de assistir e rever - até pode ser um blockbuster americano mesmo, bem clichê! - do que um longa dramático e com muitas dificuldades, ainda que pareça cult europeu.

Veja bem, é possível criar ambas as histórias com os fatos, mas o tom vai depender da diretora (euzinha!). 

O primeira passo é se entender como o protagonista e diretora da sua história. Ou seja, você é a pessoa que é o centro do rolê, que faz as escolhas, e consequentemente determina o destino da personagem. Esse na verdade é o passo mais difícil. Com o poder de ser dono das suas decisões, vem o peso da sua responsabilidade sobre elas. Pode parecer mei óbvio, mas na prática você analisa que não é. 

- Ora ora, quer dizer que eu tenho o livre-arbítrio da minha reação diante dessa situação que ocorreu comigo mesmo fora do meu controle?

- Sim, pequeno alecrim dourado. Você tem. 

- Então cabe a mim, apenas a mim, a escolha de ser feliz? 

YAAAAAAAAAS QUEEN! (AI BRASIIIIIIIIIIIUUUUUUUUU)

Com a devida atenção dada ao protagonista - você mesma, espero que tenha bem ficado claro - vem a parte do tom da história. Como eu quero que essa narrativa seja lembrada? O que ela fará sentir aqueles que a assistirem? Como posso olhar os fatos sobre outro ângulo do que eu costumo contar?

E nesse ponto vem a palavra do mês, a minha preferida dos últimos tempos, logo atrás de criatividade e cachorrada, a mágica da edição. Calmem novamente que parece, mas o papo não vai ficar técnico.

Trabalhando um certo tempo no audiovisual, eu fico cada dia mais abismada em como essa atividade é importantíssima e fundamental na mensagem de qualquer coisa, pois é por meio dela que se consegue tornar algo incrível ou péssimo, partindo do mesmo material base. 

Um olhar muda tudo. 

Um filtro, um ângulo, uma fala, uma imagem, a trilha sonora ou o silêncio certeiro. O recorte. Absolutamente tudo é uma interpretação de uma visão - nesse caso, a visão que temos de nós mesmos. (E acreditem um filme sem edições seria impossível de chato e longo, somos obrigados a fazer isso o tempo todo).

Por isso, é tão importante ser um bom editor da sua vida!

A forma que você vê e edita os seus altos e baixos, os tombos e os acertos, a reviravoltas e as conquistas, determina o tom que a sua história terá no final (lembrando que o final aqui é incerto, pode ser hoje ou daqui a 50 anos). A atenção e significado que você dá aos momentos do seu dia, a forma que você encara as circunstâncias é o toque especial que torna o filme uma obra-prima ou um fiasco de bilheteria. 

Graças que a nossa história todo ano pode ser indicada ao Oscar, se nos dedicarmos a fazer a montagem e narrativa que almejamos. E aqui ouso chutar que seria um filme sobre propósito, coragem, significado, liberdade ou conexão (ou todas as alternativas). Tô errada?

Com os lados positivos e negativos. Com vulnerabilidades, mas também vitórias. Com fraquezas, mas também força. Com traumas, mas também a superação deles. Com perdas, mas com mudança. Com dor, mas com resiliência. Orgulho de ser quem somos, da nossa trajetória, e maturidade para enxergar os nossos erros como oportunidades para novos ensinamentos (os melhores filmes sempre são assim). 

O grande poder está em como visualizamos a nossa história, e não apenas no conteúdo da história em si. 

Válido ressaltar que não é para tornar a sua vida uma fake news, como algumas timelines de instagram ou como ~c e r t o s g r u p o s~ do whats. É para ter verdade. E toda a verdade, em essência, tem beleza, tem ensinamento, tem humanidade. Seja fiel, mas gentil com a sua história. 

Bora vigorar um best seller!

>> DIARIN

tô assistini

Como mencionei no último e-mail, tava na maratona Oscar e eu praticamente dei um check em quase todos os indicados. Recomendo com amor para vocês:

- O som do silêncio

- Tigre branco 

- O pai

- Piecer of a woman

- Uma noite em Miami

- Minari

- Bela Vingança

Quem quiser críticas maiores, fiz lá nos destaques do meu instagram (@soulbaker_). Se quiser uma boa série para maratonar: O paraíso e a serpente é dica certa.

(Provavelmente o texto de abertura foi inspirado na minha overdose cinematográfica do mês.) 

tô lêni

Terminei "Maybe you should talk to someone", e as 432 páginas passaram voando. Apesar de ser um livro denso, é completamente viciante. A autora, além ser uma ótima psicóloga, é uma excelente contadora de histórias (oi, edição de novo!). Traz significado para detalhes da vida cotidiana e nos mostra os fatos de várias perspectivas, sendo praticamente irresistível uma análise do comportamento dos personagens como reflexo da sua própria vida. Todo mundo deve ler, inclusive já dei para 3 pessoas de presente. 

Também comecei final do mês A morte é um dia que vale a pena viver e em paralelo estou lendo um livro de fotografia How to Photograph Food.

os pulo que eu tô dani

O grupo criativo que eu montei há duas semanas, tendo como guia o livro O caminho do artista. Mulheres inteligentes, com vontade de ser a sua melhor versão, e que se encontram virtualmente toda semana para debater a busca pela criatividade. Cada encontro é um novo sopro de conexão, acolhimento, inspiração e troca. Itens essenciais, devo dizer, principalmente no momento atual. Me sinto orgulhosa e grata por ter tomado a iniciativa de montá-lo. 

Além disso, reafirmo a felicidade de ser uma Super Chef no novo aplicativo gastronômico DeliRec! O formato é similar ao Instagram, mas apenas com receitas! Se você não baixou, vai lá enaltecer a amiga e confere: aqui está o link. 

os tombo que eu tô levani

Meu ciclo menstrual (sorry for the oversharing). Não ele, necessariamente. Mas as oscilações de humor decorrentes. Como eu ando acompanhando e anotando a maioria dos meus estados de espírito desde o começo do ano, ficou evidente como metade do mês eu fico me sentindo imprestável e outra eu sou a rainha da produtividade e como isso se encaixa no meu período. Ter essa noção já ajuda muito, mas ainda não torna as coisas mais fáceis. Estou buscando algumas alternativas de atenuar a situação no livro The Woman Code. Trago updates no próximo e-mail.

as coisas que eu tô quereni

Meu quarto do artista! Que consiste basicamente num local aqui em casa para ser meu escritório, estúdio, canto de leitura, pintura e o que mais eu quiser criar. Depois de me conformar que viajar para fora do País é uma realidade distante, - consequentemente esse investimento imediato também - vi que é o momento de eu me dedicar mais a minha casinha e a todo o conforto que ela pode me proporcionar. 
 

Bônus para quem me leu até o final: esse TED Talk com a Lori (autora do livro Maybe you should talk to someone) que compila muito do que eu mencionei aqui. 

Bom início de mês para nós!

DEUS NO COMANDO E JESUS NO BEBÊ CONFORTO!

Beijos de lu(z) e até a próxima,

Luísa Colombi/ Sra. Soul Baker

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Obrigada, seus lindos <3