Encerramos 2018 depois de uma série de atividades que decididamente nos fizeram avançar no caminho de uma aproximação do que é a relação da Transdisciplinaridade com a filosofia, com a literatura, com as tradições sapienciais, com as obviedades cotidianas, com o nosso fazer e, mais que tudo, com a intimidade de nossa interioridade. Nesse movimento pudemos dialogar de maneira extremamente produtiva com escritos de Plotino e Martin Heidegger; de Sófocles, Machado de Assis e Guimarães Rosa; com a mitologia grega, o taoísmo, o judaísmo, o budismo, o cristianismo e o islamismo; com os fundamentos das relações intergeracionais e com o fazer de muitos dos Membros CETRANS nas áreas sociais, de saúde, meio ambiente, design, comunicação virtual, gestão e meditação, para citar alguns deles. Contudo, as relações referentes ao cultivo de nossa interioridade, a nossa relação coração-mente-essência, foram as determinantes. Sabemos que o nível do aprendente, praticante, formador, pesquisador, profissional, de cada um no seu papel em seu ambiente imediato é o que determina sua expressão na vida, no dia a dia. Isso porque a relação Ser-Fazer é inexorável: apenas podemos fazer o que somos, e o que fazemos alimenta o que somos. Quais as nossas intenções e ideias para 2019? O ponto central prospectado é dar uma contribuição extraordinária ao que é Ser Transdisciplinar. Para isso, um grupo de pessoas se ateve, durante o ano que agora termina, a explorar esse tema, e os resultados atuais dessa investigação rigorosa e fecunda nos descerraram perspectivas que poderão permitir a exploração do tema multidimensionalidade da realidade e do que, por espelhamento, nos desvela o perfume do Real. E nessa abordagem transdisciplinar talvez seja possível transatravessar a visão religiosa, metafísica, científica e técnica do mundo. Nos indagamos ser possível à Transdisciplinaridade, por meio de sua própria dinâmica científica, filosófica e do que comumente chamamos de “sagrado” expresso ou velado, ir além: i. da racionalidade e do materialismo; ii. da especulação filosófica que se limita a explorar a essência dos entes; iii. da obscuridade oculta ou utilitarista como muitas vezes são comercializados alma e espírito. Seria possível que nossa verdadeira humanidade, a confiança na plenitude da existência nos possibilitasse esse salto? Isso nos permitiria, então, acessarmos um sentimento vital, de caráter exclusivo ao ser humano? Seria possível ir além da tão generalizada e deturpada concepção de humanismo conforme praticada na atualidade? Nos seria possível recuperar as questões essenciais referentes à busca de sentido de nosso Ser Fazer, uma tarefa essencialmente transdisciplinar? No sentido de questionar tudo isso, ou seja, de pôr tudo isso em questão é como o CETRANS entra no Ano de 2019! E que ele seja Próspero a todos, no que mais importa! |
|
|
Vinicius Alexandre S. Almeida, membro CETRANS e administrador no Hospital 9 de julho, em 2 de outubro participou do Painel de Administração no Ciclo de Orientação da Escola Superior de Engenharia e Gestão - ESEG. Nesse evento especialistas de diversas áreas discutiram as perspectivas e os desafios de suas profissões. Vinicius fez orientação para jovens que devem ingressar nas universidades nos próximos anos ou fazer vestibular, e falou sobre a vida do administrador, suas funções, desafios, responsabilidade social, escolha e resiliência. |
|
|
O Centre International de Recherches et Études Transdisciplinaires - CIRET criou um canal no YouTube onde se pode assistir a diversos vídeos sobre Transdisciplinaridade e também às palestras do recente Congresso "Being Transdisciplinary". O link do canal do CIRET é https://goo.gl/2X355J |
|
|
Aconteceu em Lisboa, em 16 e 17 de novembro, a 1stª International Conference of Transdisciplinary Studies in Arts, Technology and Society, sediada pela Universidade Aberta: ArteFacto2018 O objetivo da conferência foi promover o interesse na atual cultura digital / midiática e sua intersecção com arte e tecnologia como um importante campo de pesquisa, focando no estudo dos artefatos de mídia digital / computador, discutindo aspectos que abrangem sua conceituação, design, criatividade / prática de arte / processos de pesquisa, implementação computacional, exibição e fruição, bem como seu papel na sociedade atual de informação e conhecimento. Também foram bem-vindos os artigos que abordam o estabelecimento dos fundamentos conceituais de uma teoria de artefatos no mundo da mídia digital. Foram convidados diversos acadêmicos, professores, pesquisadores, artistas, profissionais da computação e outros que trabalham nas áreas de artes, cultura e educação digitais, com foco específico em artefatos e instalações. Mais detalhes em https://goo.gl/jCCxJr |
|
|
1º Encontro de Agroecologia do Litoral Norte de São Paulo |
|
|
Educação, sustentabilidade, ecoempreendedorismo, arranjos produtivos... Muita coisa boa já aconteceu nessa segunda fase do Projeto Tecendo as Águas, realizado pelo Instituto Supereco, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Segundo Monica Simons, diretora do Centro de Educação Ambiental de Guarulhos - CEAG, é reconfortante ver tanta gente comprometida com a vida e apostando nas pessoas, praticando uma Educação Ambiental realmente empoderadora, transformando práticas com visão de sustentabilidade e fortalecimento do território |
|
|
O CEAG é um dos parceiros do Instituto Supereco no Projeto Tecendo as Águas, em todas as suas etapas, compartilhando os mesmos ideais e se regozijando com cada um dos objetivos alcançados, O lema de trabalho do CEAG , nos seus 23 anos de existência, é "Educação para a Vida", e o Projeto Tecendo as Águas vem trazendo vida não somente para as bacias hidrográficas dos rios Juqueriquere e São Francisco, situados no litoral Norte de São Paulo, mas também para os moradores da região. |
|
|
Em 1º de dezembro, o Prof. Edgar Smaniotto, membro CETRANS, juntamente com Alexey Dodsworth e Antonio Stanziani, participou de palestra sobre o tema Transumanismo | Desafios Éticos, em um evento organizado pelo Clube de Leitores de Ficção Científica e a Mensa Brasil (associação que congrega pessoas com QI acima de 100). No evento, que aconteceu na Palas Athena - São Paulo, fez-se a entrega do Prêmio Argos para os melhores escritores brasileiros de literatura fantástica e do Prêmio Pierluigi Piazzi para um brasileiro que se destacou no campo científico. |
|
|
O VI Festival Games for Change teve início no dia 30/11 com uma programação recheada de atividades presenciais e on-line. Esse festival reúne um conjunto de atividades, seminários e oficinas para a criação e o desenvolvimento de games capazes de causar impactos social e pessoal transformadores. Pá Falcão, membro CETRANS, participou de uma mesa de debates no dia 30 e ministrou um curso no dia 7. Mais detalhes em https://goo.gl/wYTX39 |
|
|
No dia 29 de novembro, em Brasília, aconteceu o lançamento do livro - Motricidade humana: novos olhares e outras práticas – à luz da transdisciplinaridade e das Ciências Emergentes, cujo organizador é o Prof. Alfredo Feres, da UnB e membro CETRANS. O livro parte do pressuposto de que a Educação Física não educa "corpos", mas sim seres humanos, que ali estão diante do professor, do treinador esportivo, do técnico, entre outros profissionais da área. Com base nesse pensamento original do filósofo português Manuel Sérgio, criador da Ciência da Motricidade Humana e um dos coautores da obra, os autores buscam lançar novos olhares sobre o tema, desta vez abrindo o diálogo com áreas que vêm sendo denominadas "Ciências Emergentes", como a Física Quântica, a Teoria dos Campos Morfogenéticos, de Rupert Sheldrake, a Teoria Integral, de Ken Wilber, e a Epigenética, entre outras. |
|
|
Desse modo, o livro caracteriza-se pela abordagem transdisciplinar, uma vez que se abre para outras esferas do real, para além do plano material, que ainda são vistas pela ciência "normal" como fora de seu alcance e, portanto, marginalizadas. Ou então, como argumenta Amit Goswami, proteladas, com base em um pensamento que pode ser denominado de "ciência promissória". Mais detalhes em https://goo.gl/iu7W6Q |
|
|
Aconteceu no período de 21 a 23 de novembro, no Campus 2 da Universidade Católica de Brasilia – UCB, em parceria com a Universidade de Brasília – UNB, o Congresso Educação do Futuro, sob a temática "Transdisciplinaridade para a educação do futuro" |
|
|
Grandes figuras participaram de palestras e debates, entre eles, o neurologista e psiquiatra Boris Cyrulnik, o pesquisador em Educação Florent Pasquier (Sorbonne/ FR), Ceiça Almeida (UFRN), Régis de Morais e Gilson Schwartz (USP), Custódio Almeida, vice-reitor da UFC, além de Alex Galeno (UFRN), e também a pesquisadora da complexidade e da transdisciplinaridade na educação, Maria Cândida Moraes. |
|
|
Educação Cosmoderna: uma visão transdisciplinar e biomimética Javier Collado-Ruano Refletir filosoficamente sobre a Educação Cosmoderna significa desenvolver um pensamento abrangente que estude a complexidade das inter-retro-ações da vida com o seu meio ambiente. A vida é um continuum que apareceu na Terra há 3,8 bilhões de anos, depois de uma larga evolução do universo que está em permanente reestruturação energética. Alcançar uma sustentabilidade planetária implica uma ruptura paradigmática radical nos nossos hábitos, costumes e rotinas, o que supõe uma revisão conjunta do imaginário coletivo, onde residem todas as nossas crenças e construções epistêmicas. A filosofia da educação cosmoderna tem o papel de transformar a nossa realidade mediante processos de “desaprendizagem” dos modelos epistêmicos paradigmáticos impostos culturalmente pelas instituições de ensino e de aprendizagem. Temos que aprender a desaprender e reaprender novamente para construir outros mundos possíveis. É urgente que a Educação Cosmoderna promova uma concepção epistêmica radicalmente diferente do papel da natureza na modernidade e na pós-modernidade, onde é tratada como um simples objeto que tem que ser explorado para criar matéria-prima industrial. Nesse sentido, o “Paradigma da Cosmodernidade” pode ser definido como uma metamorfose civilizatória, na qual os humanos reinventam a sua relação com a natureza, tal como na dimensão sagrada nas cosmovisões indígenas dos povos originários. Nessa visão cosmoderna, o conhecimento científico de um universo físico exterior converge com o conhecimento espiritual e com o universo emocional interior. Então, a filosofia da educação cosmoderna emerge como um principio epistêmico articulador da formação humana para aprender a sentir-pensar-atuar de forma sustentável e resiliente com a Pachamama, a nossa Mãe Terra. A Cosmodernidade representa um paradigma biomimético que tem a natureza como modelo, medida e mentora para solucionar os problemas sócioecológicos contemporâneos, como são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável assinados pelas Nações Unidas. Mas quais são as perspectivas e enfoques epistemológicos que questionam as problemáticas da filosofia da educação cosmoderna? Como poderia a filosofia da educação cosmoderna criar na Terra uma modelagem da formação humana mais sustentável e regenerativa? Com essas questões, fica claro que é muito importante identificar os princípios operacionais que a natureza vem desenvolvendo durante bilhões de anos, com o objetivo de copiá-los e aplicá-los biomimeticamente nos sistemas socioeconômicos humanos. O milagre cósmico da vida é um desafio transdisciplinar que devemos integrar na filosofia da educação cosmoderna para salvaguardar a grande biodiversidade que coevolui na Terra. De acordo com a obra Os sete saberes necessários para a educação do futuro, escrita pelo sociólogo Edgar Morin em 1999, marco do projeto transdisciplinar Educação para um futuro sustentável da UNESCO, ensinar a condição humana significa ensinar a condição cósmica, física e terrestre do indivíduo-sociedade-espécie. Desde esses horizontes intelectuais visionários, a formação humana cosmoderna tem em conta os diferentes níveis de realidade que constituem a identidade multidimensional do ser humano. Então, podemos resumir que a filosofia da educação cosmoderna se caracteriza pela criação de uma ecologia de saberes que está entre – através – além – das disciplinas acadêmicas, o que implica uma abertura ao autoconhecimento espiritual interior, às cosmovisões de saberes tradicionais e outras dimensões sensíveis, afetivas, emocionais, filosóficas, epistêmicas, retóricas, criativas, artísticas e poéticas do ser humano. Nessa visão cosmoderna, proponho criar um debate filosófico sobre a formação humana e o nosso futuro na Terra. Mas não se trata de debater entre comunismo, anarquismo, socialismo, capitalismo ou qualquer teoria política de organização social derivada de estruturas mentais mecanicistas e redutoras dos fenômenos, senão de imitar a própria natureza. Então, por que a espécie humana continua hipotecando o futuro de milhões de espécies pela sua absurda lógica de consumo irracional que implica a exploração dos recursos naturais? Por que cremos na ilusão de um crescimento econômico ilimitado quando jamais existiu na natureza espécie viva que tenha crescido nessa direção? Seria possível criar novos horizontes civilizatórios mais sustentáveis e regenerativos, inspirados biomimeticamente pela criatividade intrínseca dos processos coevolutivos da natureza? Convido a todos vocês a continuar o debate... Saiba mais: www.javiercolladoruano.com |
|
|
Maria Christina Goes. Entrando no Jardim Botânico do Brooklyn, NY, me deparei com esses dizeres que falam dos ciclos da vida do homem e da natureza. Eles muito me tocaram: De momento a momento, estação a estação, de ano a ano, o Jardim muda. Nesta paisagem dinâmica, cada planta tem seu tempo para brotar, crescer, florescer, frutificar e fenecer - às vezes de forma sutil, outras vezes de maneira dramática. Assim como o Jardim Botânico do Brooklyn amadureceu através do último século, seus jardins e coleções também se desenvolveram em resposta aos ritmos da natureza. |
|
|
Gilda Giovanoni. Neste ano, foi gratificante ter participado dos Encontros da Rede Transdisciplinar Intergeracional – RTIG, em que vivemos a Transdisciplinaridade. Apesar de não conhecer ninguém do grupo, pude me sentir acolhida e ter excelentes condições de troca de saberes e de sabedoria. Conceitos-chave foram elucidados e as experiências aproximaram as pessoas, permitindo que não se ficasse apenas no campo teórico. Em clima de respeito foi possível "sentir, pensar e agir", portanto, o saber compreender, entender e comunicar para a inovação com qualidade. O CETRANS está de parabéns e espero poder usufruir da futura programação. |
|
|
Leandro H. Thesin − Durante o Encontro TD sobre Relação Intergeracional – RTIG, me marcou bastante uma das nossas atividades. Depois de breve depoimento individual, nos dividimos em dois grupos, e um participante de um grupo fazia uma pergunta ao participante de outro. Apesar da situação pedir uma escuta atenta e cuidado no diálogo, eu me vi em uma comunicação semelhante à que ocorre no cotidiano. Conforme acontecia a facilitação, pude perceber a distância entre um questionamento comum e um efetivamente aberto e empático. É mais fácil interagir com o outro apenas questionando-o do que permitir transparecer o seu ponto de partida para então iniciar a construção de um diálogo. Foi um momento de reflexão sobre a necessidade de rever a forma pela qual uma conversa é realizada e o quanto isso pode limitar a interação tanto entre diferentes gerações como dentro de uma mesma geração. |
|
|
Silvia Fichmann − VIII Encontro de Membros 2018. Neste Encontro, novamente tive a oportunidade de vivenciar momentos especiais com os membros do CETRANS. Em um local extremamente agradável e acolhedor, nos reunimos para passar um dia de reflexão e interação. Inicialmente, no Movimento 1, durante a apresentação da trajetória do CETRANS, pudemos retroceder no tempo e relembrar o que vivenciamos desde o início do CETRANS, no ano de 1998. Fiquei muito emocionada ao rever a linha do tempo cuidadosamente elaborada, com os eventos e ações dos últimos vinte anos. Uma sensação de orgulho e alegria pela oportunidade que tive de participar dos passos que o CETRANS dava, ano a ano. As atividades do Movimento 2, Memória / Recordação / Intenção, contribuíram para a sensibilização das pessoas e a integração do grupo. A oportunidade que as duplas tiveram de conversar e apresentar suas ideias e sentimentos foi muito proveitosa e favoreceu o conhecimento mais aprofundado de todos ali presentes. |
|
|
Pensar como é “o dar e o receber”, na vida de cada um, foi também um momento importante para a auto, hetero e ecoformação. A prática da dança circular propiciou também a interação entre as pessoas e a relação com o conceito de Comunidade. Durante o Momento 3, Inspiração e Expiração, durante a apresentação dos projetos dos membros, percebeu-se a riqueza da aplicação prática da Transdisciplinaridade (TD) e a seriedade com que cada pessoa faz e sente o seu trabalho. |
|
|
Foram discutidos os mais variados temas: jogos de tabuleiro, tecnologias para desenvolvimento cognitivo, espiritual e emocional, saúde no contexto TD, Autoconhecimento e TD, O Sagrado. A ideia de “afetar” (Lupasco) foi citada e a troca de ideias de como cada membro pensa e percebe esse “afetar” em suas ações e percepções foram importante para a minha reflexão. No Movimento 4, A criança em nós através do Sagrado, pudemos refletir sobre as brincadeiras infantis clássicas e a relação com a Geometria, das danças circulares sagradas e a comunidade e o Céu e a Terra presentes nos jogos. Nunca imaginei essa relação e fiquei positivamente surpresa com o que foi apresentado. Nossa celebração aconteceu também com muita luz e alegria e ao final do dia saí com uma sensação de paz, harmonia e a certeza de que a TD faz diferença nas pessoas, nas ações e principalmente na vida de cada um dos membros presentes no Encontro. Agradeço aos membros que organizaram e propiciaram este momento único que espero que se repita sempre. |
|
|
Mônica Osório Simons - Encontro Catalisador do CETRANS É necessário um tempo posterior a estes encontros para digerir tudo que foi constelado, aprimorado, contestado, revelado, ou seja, catalisado, rumo a uma potência maior no nosso jeito de ser e de estar no mundo. |
|
|
Ao término deles, sempre me sinto um cadinho alquímico vivo, em que a catalisação acontece e continua depois por muito tempo. Nesse intenso processo, ecoam com perfeição afirmações como: serem inauguradas novas formas de pensar, serem abertas gaiolas epistemológicas, propiciando um pensamento meditativo de ordem estética, facilitando a emergência do sujeito rumo à abrangência universal e integrada! Depois, no passeio por Heidegger, a consternação frente a um existir que é fundado, embora não fundamentado. Que dirá então da delicia de habitar o libertador lembrete de que tanto nós, quanto nossos oponentes, temos razão e assim, novamente, saí de mais este encontro descriminalizando a polimatía que normalmente habito, renovada na minha humanidade dignificada, de Homo suis transcendentalis! |
|
|
O Jogo Cósmico ou Reflexões sobre o meu trabalho Pá Falcão O Ser joga. A criança busca aprender as regras do jogo. O Planeta é o tabuleiro. As energias criam os caminhos. As conexões desdobram estratégias. O jogo acontece no agora, no círculo mágico de Johan Huizinga. O jogo é um simulacro. Mas o JOGO é tudo. O JOGO acontece no ontem, no agora e no amanhã. O círculo mágico vira o multiverso. O planeta, as energias e os seres em conexão acontecem em todos os níveis de realidade. Os jogadores, juntos, viram um novo Ser. O Ser que SABE. Que a tudo saboreia. E se alimenta do JOGO. E alimenta os jogadores, se eles perceberem o JOGO. O JOGO, como os jogadores, se desdobra em mil personalidades. O jogo físico faz parte do JOGO. O jogo de sentimentos faz parte do JOGO. O jogo de pensar faz parte do JOGO. O jogo de ampliar consciência faz parte do JOGO. Diferentes jogos fazem parte do JOGO. O jogador sempre está no lugar certo, na hora certa. O jogador nem sempre percebe isto. O JOGO sabe. O JOGO saboreia a hora, o local e a jogada que estão sempre certos. |
|
|
O JOGO alimenta quem estiver aberto a se deixar alimentar. Cada energia tem seu tempo e seu caminho. Esses tempos e caminhos mudam com o nível de realidade. O nível de realidade afeta a consciência. Eu espreito. Eu sei que posso sonhar o JOGO. Mas ainda estou aprendendo. Eu crio os jogos que o JOGO quer. Mas eu sonhei o JOGO. Um JOGO de alegria, inteligência, amor e vontade para o bem. E sonho os jogos. Pontos de aglutinação de consciência. Minha, antes de tudo. Mas ajudam no foco dos jogadores. E são sempre um presente para o JOGO. E um insight para mim. Conte a sua história. Use texto, marcadores, links e mais para trazer vida às suas palavras. |
|
|
Memorial TD | CETRANS 20 anos Neste último período sazonal, além dos trabalhos de comunicação entre membros e interessados em nossos eventos e na TD, esta Unidade de Ação esteve particularmente envolvida na organização do VIII Encontro de Membros, comemorativo dos 20 anos CETRANS. |
|
|
Para tanto, demos a ideia e assumimos a responsabilidade de montar um documento que mostrasse a trajetória do CETRANS, de 1998, ano em que foi criado, até nossos dias, em 2018. Como já tínhamos uma Linha do Tempo TD/ CETRANS em uma plataforma da Internet denominada PREZI, que reunia acontecimentos desde o ano de 1970, quando o termo Transdisciplinaridade foi cunhado por Piaget, até o III Encontro de Membros, realizado em 2011, pareceu-nos que essa Timeline poderia ser completada. Entretanto, em um mês de trabalho de pesquisa minuciosa e incansável em todos os arquivos do CETRANS, a cada dia encontrava-se um, e mais um, e mais outro evento ou trabalho realizado em e por nossa instituição. Nesse ínterim, tanto a surpresa quanto a emoção tomaram conta de nós, pois foram tantas as lembranças e “descobertas” entre eventos, publicações, Encontros, participações e organização de Congressos e Seminários, Formação de Educadores, Cursos, Projeto em Escolas, que resolvemos realizar um vídeo denominado “Memorial TD | CETRANS – 20 anos”, dividido em décadas, com duração de 5 minutos e apresentando 36 quadros. Esse trabalho foi exposto no VIII Encontro de Membros, primeiro em vídeo e depois numa longa versão impressa, e os membros presentes colocaram selos coloridos nos quadros dos quais haviam participado ao longo de todos esses anos. |
|
|
Memorial TD | CETRANS - 1970 a 2018 Esta publicação mostra a trajetória da Transdisciplinaridade e do Centro de Educação Transdisciplinar - CETRANS, realizada para ser apresentada no VIII Encontro de Membros comemorativo dos 20 anos dessa Instituição, que aconteceu no dia 10/11/2018, no Embu das Artes/ SP Veja o Memorial no YouTube e também no ISSUU |
|
|
VIII Encontro de Membros CETRANS Em 10 de novembro último realizou-se no Embu das Artes o VIII Encontro de Membros em comemoração aos 20 anos do CETRANS, projetado para se desenvolver em cinco movimentos, a saber:
|
|
|
1 – Prática meditativa breve, com apresentação do Memorial TD CETRANS; 2 – Memória / Recordação / Intenção; 3 –Inspiração e Expiração, com apresentação de projetos dos membros; 4 – A criança em nós através do Sagrado; 5–Dança Circular Sagrada. Ao final, houve celebração do aniversário, que encerrou a programação. O Memorial Transdisciplinar − TD CETRANS contemplou o nascimento da TD no cenário internacional e nacional até a constituição do CETRANS, com destaque para pontos-chave de sua trajetória. Foi um momento de muita emoção para alguns membros, que só então puderam dar-se conta do seu próprio percurso na Comunidade TD. |
|
|
Outro momento de impacto foi a apresentação dos projetos dos membros, situados nas áreas de educação e saúde para públicos de diferentes faixas etárias, meditação, psicologia, meio ambiente, jogos, comunicação virtual, entre outras, porque permitiu observar que não se trata de divisar um ponto de chegada à frente a ser atingido. Trata-se, antes, de atentar para o fato de que existe um ponto de partida a partir do qual o fazer / ser TD vai tomando rumos próprios, pautados pela expressão de cada um na vida e pela plasticidade de que se reveste essa expressão, que é sempre in vivo. A apresentação de trabalhos que se desenvolvem no aqui-agora das diferentes experiências profissionais, tendo como pano de fundo a celebração de uma rica trajetória de 20 anos, permitiu identificar quantas importantes conquistas foram acontecendo, abrindo um caminho alargado para o fazer / ser TD, uma matriz de potencialidades que se bifurcam, jamais uma linha reta. |
|
|
A configuração das UAs No VIII Encontro de Membros 2018 realizado em novembro, esta unidade apresentou aos participantes o esquema a partir do qual as cinco Unidades de Ação ‒ UAs do CETRANS se pensam. |
|
|
As UAs se configuram e estabelecem sua dinâmica a partir da figura dos cinco elementos da tradição chinesa taoista e de seus ciclos, a saber: i. Ciclo Criador | Gerador | Alimentador | de Mudança | de Interação, indicado pelas setas externas; ii. Ciclo Controlador | Inibidor | Dominação | Fomentador de Interação, indicado pelas linhas pontilhadas que desenham uma estrela de cinco pontas e evocam a imagem do homem vitruviano, de Leonardo da Vinci. Transportando as Cinco UAs do CETRANS para este esquema, vejam onde elas se encontram: |
|
|
Metal = UA Gestão 1a. e 2a. Ordem | Inspiração, Respeito, Sentido, Persistência, Autoestima, Organização. Água = UA Formação | Vontade, Realização, Fé, Capacidade, Conhecimento, Sabedoria. Madeira = UA Publicação | Transformação, Mudança, Visão, Visibilidade, Coordenação, Planejamento. Fogo = UA Comunicação | Autoexpressão, Entusiasmo, Paixão, Alegria, Relação. Terra = UA Comunidade | Satisfação, Nutrição, Empatia, Estabilidade. Isso posto, podemos perceber o que uma UA pode gerar, alimentar, mudar na interação com a outra e também o que uma UA precisa, deve ou não deve, inibir, dominar, fomentar na interação com a outra. Este esquema é robusto para se estabelecerem dinâmicas vivas e saudáveis em qualquer Equipe ou para a implementação de projeto de natureza TD. |
|
|
O fluir e a gestão Muito se fala, hoje, em respeitar o fluxo... mas como é difícil segui-lo quando se trata da relação com pessoas e, mais propriamente, da gestão de pessoas. Reconhecê-lo é uma habilidade necessária a todos nós e ao gestor em particular. |
|
|
A imagem de um rio pode ser a mais apropriada para representar o fluxo. Ele segue adiante e incorpora o que nele está, como folhas, peixes, pedras, detritos... nada o detém! Ainda que pareça estático, há um contínuo movimento em sua interioridade. Como transportar isso para as relações humanas, quando muitas vezes há entraves e dificuldades? Quando tudo parece cessar e estancar? Anton de Kron – consultor sistêmico – observa, muito sabiamente, que os problemas são soluções. Como, então, perceber problemas como soluções? Parece uma atitude insana, à primeira vista. Mas, considerando-se a coexistência dos diferentes níveis de realidade, talvez possamos fazer questões outras em torno da situação-problema, visto que já possuímos uma maneira de concebê-la. Uma delas pode ser “Como isso me afeta? Como meu corpo reage a isso? O que ganho e perco com essa situação?” Esses já são alguns elementos a mais para se incluir nesse mosaico. Abrir a situação-problema para olhá-la de um ponto outro, mesmo que pequeno, pode alargar o caminho e permitir a fluidez... Afinal, como diz Guimarães Rosa no conto “O espelho”: "Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo". |
|
|
Publicação Transdisciplinar Nos dois últimos anos – 2017 e 2018 – a UA Publicação, com base na interação transdisciplinar entre os educadores e os educandos, considera as perguntas a seguir para refletir e oferecer contribuições para projetos de publicações: |
|
|
- O que a publicação é e como ela se manifesta no fazer público?
- Que forças contrárias e antagônicas empobrecem nossa visão de mundo? Como ir além delas, considerando-se a multidimensionalidade da realidade?
- Como abrir perspectivas criativas no ambiente virtual, onde diversos temas são tocados e profundas desestruturações de formas "geográficas" são exigidas?
- Como trazer ações concretas para a realidade?
- Como criar possibilidades através de metáforas geradoras e quais seriam elas?
Em nossa imaginação, este homem “que publica” seria como este poema? "Vi um homem isolado num terreno árido Ele não era nem herético, nem ortodoxo, não tinha nem riqueza, nem religião, nem Deus, nem verdade, nem lei, nem Certeza. Quem neste mundo teria tal coragem?” A UA Publicação convida você, leitor, a observar no Nível Experiencial a relação com os saberes de interação, a compilação da experiência observada e vivida, a ação, a observação participante das démarches, a descrição. Convida também a observar a problemática da transferência dos saberes em contextos diferentes ou entre atores e autores. O fenômeno, a percepção, a Abdução, em Charles Peirce. A construção do conhecimento a partir das últimas manifestações da Arte Digital – com seus desafios estéticos e ousadias até adquirir sua forma final – há de inspirar sempre, não apenas ao nosso Centro de Educação Transdisciplinar – CETRANS, mas também aos que encontrem um sentido do que dele fica emanado como um possível legado ao ser humano. |
|
|
FLORENTINO, A. N. e GIACOIA Jr., O. (Orgs.). Heidegger e o pensamento oriental. 2. ed. Campinas: Editora PHI, 2016. Esta coletânea reúne trabalhos apresentados em três eventos distintos, que abordaram Heidegger, a filosofia contemporânea e o pensamento oriental. A proximidade temática e a participação de renomados pesquisadores internacionais da relação entre a filosofia ocidental e a filosofia oriental foram decisivos para o sucesso dos eventos e para o surgimento da obra, que oferece ao leitor brasileiro “um panorama do vasto universo que é a relação entre Heidegger e o pensamento oriental” e “um preâmbulo do diálogo entre pensamento ocidental e pensamento oriental, que ora se inicia no Brasil”. |
|
|
FLORENTINO, A. N. (Org.). Escritos de Leibniz sobre a China. Campinas: Editora PHI, 2016. A correspondência de Leibniz com centenas de interlocutores pelo mundo é decisiva para se avaliar a amplitude de sua produção filosófica. Esta coletânea apresenta a principal produção de Leibniz sobre a China e reúne parte de sua vasta correspondência com missionários jesuítas ali radicados, que vivenciaram um dos mais importantes conflitos internos da Igreja Católica, referente às práticas de propagação do cristianismo na China, nos séculos XVII e XVIII. |
|
|
GOUVEIA, A. P. M. et al. Nagarjuna. Exame do ser e do não ser. Campinas: Editora PHI, 2018. O tema central desta obra refere-se à questão do sofrimento e de como superá-lo. O caminho preconizado por Nagarjuna está na recusa tanto da via do ser quanto da via do não ser, visto que ambas produzem ficções sobre o mundo e o ser humano, e na escolha do caminho do meio, que, para ele, “é o veículo de resgaste habilmente guiado por aqueles que venceram o sofrimento e generosamente enviado àqueles que aspiram por sua superação". |
|
|
NISHIDA, Kitaro. Ensaio sobre o bem. Trad. Joaquim Antonio Bernardes Carneiro Monteiro. Campinas: Editora PHI, 2018. Trata-se do primeiro trabalho do mais importante filósofo japonês do século XX e que inaugura o surgimento da Filosofia da Escola de Kyoto. Nishida constrói um sistema filosófico que atravessa várias fases, sempre em interlocução com o tema central desta primeira obra, que é o conceito de “experiência pura”. Esta obra dialoga com a tradição filosófica ocidental a partir de referências fundamentais do budismo, principalmente do budismo mahayana, que visam superar todas as formas duais de compreensão da realidade, inclusive a tradicional cisão entre sujeito e objeto. Este livro marca uma nova forma de pensar as questões filosóficas da humanidade. |
|
|
O percurso da Rede Transdisciplinar Intergeracional – RTIG, caminho que o CETRANS desenvolveu este ano, está simbolicamente representado pela Árvore do Saber Aprender, de Hélène Trocmé-Fabre, e com base nela emergiram as Cápsulas de Conceito que forneceram o conteúdo de cada encontro. Na etapa Saber-Escolher verificou-se ser necessário olhar para a linha <<aparentemente>> tênue entre os significados das palavras <<vontade>> e <<desejo>>. Após uma rápida pesquisa, constatou-se que a distinção entre esses vocábulos é subjacente a cada decisão que tomamos. A VONTADE pode ser entendida como: - impulso movido pela razão;
- movimento voluntário: usado para definir a escolha daquilo que depende de nós;
- apetição racional;
- desejo compatível com a razão.
Spinosa refere-se à Vontade como faculdade de afirmar ou de negar e não o desejo; faculdade graças à qual a mente afirma ou nega o que é verdadeiro ou o que é falso, e não o desejo com que a mente deseja ou repele as coisas. Fichte refere-se à Vontade como faculdade de efetuar com consciência a passagem da indeterminação para a determinação. Vontade também é definida como a força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo, a atingir seus fins com ânimo, determinação e firmeza. No Direito, a <<autonomia da vontade>> é um dos princípios básicos do Direito Civil, e nele é levada em conta a capacidade legal do ser humano de praticar e abster-se de certos atos, conforme sua decisão. Na perspectiva de uma das muitas tradições religiosas, a Vontade tem origem espiritual e é identificada como a força maior do Universo. Ela remete ao primeiro aspecto da Trindade, o aspecto Pai da Divindade, e somente através dela é que podemos querer, determinarmo-nos e autogovernarmo-nos. Vontade é um querer com apetite. Essa vontade se expressa fora do âmbito do Desejo, que é impulsivo, enquanto Vontade é <<querer querer>>. O DESEJO surge pela falta, carência, ausência. A Vontade é gerada pela potência, autoestímulo, cultivo. Desejo nasce de uma tensão em direção a um fim que é considerado, pela pessoa que deseja, uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida. Quando consciente, o Desejo é uma atitude mental que acompanha a representação do fim esperado. Como elemento apetitivo, o Desejo se distingue da necessidade fisiológica ou psicológica que o acompanha, por ser o elemento afetivo do respectivo estado fisiológico ou psicológico. Tradicionalmente, o Desejo pressupõe carência, indigência. Um ser que não carecesse de nada não desejaria nada, seria um ser perfeito, um deus. Por isso, Platão e os filósofos cristãos tomam o Desejo como uma característica de seres finitos e imperfeitos. O Desejo é uma forma instintiva, que pode te colocar em movimento ou te paralisar. O Desejo é efêmero, se caracteriza pela ausência total de domínio dos corpos e se inscreve no âmbito do sensível. Desejamos através de nossa personalidade e do nosso ego. Em uma perspectiva religiosa, Desejo é a força da vontade que movimenta todo o Universo. Vontade difere do Desejo, que é uma forma primitiva de agir em direção a algo, é um impulso da nossa consciência, dirigido a um fim determinado conscientemente e por meios deliberadamente escolhidos. Assim como a autoconsciência, Desejo é o “eu que se conhece”; Vontade é o “eu que se governa”, é o ATMAN. Portanto, a vontade está diretamente relacionada à nossa capacidade de nos autogovernarmos. A vontade é a característica espiritual humana, muitas vezes oculta, que estimula a atividade. Quando desenvolvemos em nós essa qualidade, e todos podemos desenvolvê-la, pois ela faz parte da nossa interioridade, apropriamo-nos de nós e de nossas vidas, tornamo-nos senhores dela. No entanto, devemos saber que quando a Vontade está presente, devemos renunciar a algo, fazer uma escolha apenas com a finalidade de atingir a meta proposta. Isso é ação pela decisão, a Vontade agindo rumo a uma ação mais originária. Vontade é uma atividade que evoca e parte de uma proatividade. Desejo, muitas vezes, se inscreve em uma passividade pessoal, somos nele sub-jectum, no sentido de estarmos sujeitos, submetidos a ele. Nesse sentido, Vontade se instala no campo da escolha e Desejo no da reatividade. Conforme dito na Cápsula de Conceito Saber-Escolher, <<um ato intergeracional fértil e vivo precisa ser cultivado constantemente>>. E para isso realmente acontecer é necessário ter vontade. |
|
|
UA Comunicação − Vera Lucia Laporta UA Comunidade − Marizilda Lourenço UA Formação − Maria F. de Mello UA Gestão 1 − Vitoria M. de Barros UA Gestão 2 − Ideli Domingues UA Publicação − Adriana Caccuri |
|
|
|
|