👶 O que é a bronquiolite? A bronquiolite é uma infeção respiratória viral aguda que ocorre nos dois primeiros anos de vida. Ela atinge as vias respiratórias mais finas que podem ficar obstruídas e dificultar a respiração do bebé. O vírus sincicial respiratório (VSR) é responsável por mais de 75% dos casos. Verifica-se uma incidência maior nos meses de novembro a abril. |
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👶 Qual é a evolução da doença? Na maioria dos casos a doença é autolimitada, com duração média de 3 a 7 dias. O prognóstico da bronquiolite é geralmente favorável. Na maioria dos doentes não há necessidade de referenciação a serviços hospitalares. Apenas cerca de 3% das crianças com menos de 1 ano de idade desenvolvem doença grave e necessitam internamento. |
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👶 Quais as manifestações? Os sintomas iniciais de bronquiolite são secreções e obstrução nasal, por vezes acompanhadas de tosse e febre; Alguns dias depois, a tosse pode agravar, ficando a respiração mais rápida, ofegante e com esforço evidente. Nesta fase, os pais notam ruídos respiratórios agudos (pieira, "gatinhos"); Em alguns bebés pequenos podem ocorrer pausas respiratórias; É habitual os bebés tolerarem menor quantidade de leite, podendo engasgar-se ou vomitar com facilidade, pois os sintomas tornam a alimentação mais difícil; Diminuição do número de fraldas molhadas; Os bebés ficam frequentemente mais irritados ou, pelo contrário, sonolentos.
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A MEDIDA MAIS EFICAZ NA PREVENÇÃO É A LAVAGEM DAS MÃOS |
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👶 Como se trata? A bronquiolite não tem tratamento específico. Como é uma infeção viral, os antibióticos não estão indicados. O tratamento inclui medidas de suporte: - Deixe o bebé descansar e tente manipulá-lo o menos possível; - Fracione as refeições, faça pausas frequentes, eleve o tronco do bebé após refeições; - Mantenha o nariz limpo (lavagens nasais com soro fisiológico); - Eleve um pouco a cabeceira da cama; |
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- A febre deve ser controlada com paracetamol (se a temperatura for superior a 38ºC); - É inútil administrar xaropes para a tosse ou outros medicamentos, a não ser se aconselhado pelo médico; - É fundamental que o bebé não contacte com fumo de tabaco; - Vigie regularmente a respiração do bebé – se notar sinais de alarme deve dirigir-se ao Serviço de Urgência ou contacto SNS24. NOTA: O recurso a aerossóis já foi norma e ainda hoje é, por vezes, sugerido na prática clínica. No entanto, os aerossóis, mesmo que usados apenas com soro (sem medicação), não estão indicados, podendo mesmo levar a um agravamento clínico da bronquiolite.
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👶 Sinais de alarme para recorrer ao serviço de urgência: - Agravamento da dificuldade respiratória (ficar muito cansado, irritado ou “engasgado” durante a mamada); - Sinais de dificuldade respiratória (balanceio da cabeça, gemido, "covinhas no pescoço", "costelas marcadas"); |
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- Ingerir menos de metade da quantidade habitual em 2 ou mais refeições; - Vomitar frequentemente e em grande quantidade; - Recusar alimentação ou ingestão de líquidos durante mais de 4-6horas; - Urinar pouco (fralda seca por período superior a 12 horas); - Palidez ou cianose (lábios cinzentos/ azulados); - Sonolência excessiva/ prostração (difícil de acordar) |
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👶 Qual é a duração de uma bronquiolite? Geralmente, a criança melhora num período de uma a duas semanas. O regresso à creche é possível assim que a criança se sinta bem, com normalização da alimentação e sem dificuldade respiratória. A criança deve ser reavaliada pelo médico assistente como habitualmente. |
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👶 A bronquiolite é contagiosa? Sim, a bronquiolite é muito contagiosa, é comum a transmissão entre irmãos. Esta ocorre por contacto direto com secreções nasais infetadas, pela tosse ou pelas mãos contaminadas. Surge, habitualmente, em contexto epidemiológico de infeção respiratória (por exemplo creche, família). As crianças mais velhas e adultos podem estar infetados com sintomas ligeiros e transmitir a doença. A reinfeção é possível. Espaços fechados com muitas pessoas facilitam a infeção. |
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👶 Quais as crianças com maior risco de doença grave? Bebés com idade inferior a 12 semanas, ex-prematuros, crianças com outras patologias (doença pulmonar crónica, doença cardíaca, doença neurológica grave ou imunodeficiência) são mais suscetíveis à doença grave e têm, por isso, maior taxa de hospitalização e de necessidade de cuidados intensivos. A exposição ao fumo do tabaco aumenta o risco de infeção e de doença grave. O aleitamento materno reduz o risco de internamento. |
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👶 A bronquiolite pode levar a problemas crónicos? Depois de ter uma bronquiolite, o bebé pode ficar com tosse e alguma pieira arrastada ou recorrente, sobretudo cada vez que tiver outra infeção respiratória; estes sintomas tendem a desaparecer com o tempo. As crianças com bronquiolite não desenvolvem mais asma nem outras patologias respiratórias crónicas. |
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👶 Como prevenir? A prevenção da transmissão de infeções é semelhante a outros vírus: lavagem regular das mãos etiqueta respiratória: cobrir boca/nariz com um lenço ou braço quando se espirra ou tosse não espirrar/tossir para as mãos lavar as mãos após tossir/espirrar
evitar exposição ao tabaco ou outros fumos evitar lugares com grande concentração de pessoas, como transportes públicos, supermercados, centros comerciais, salas de espera amamentar o seu bebé
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Bibliografia: http://criancaefamilia.spp.pt/media/128777/Folheto_bronquiolite-aguda_DGS.pdf Diagnóstico e tratamento da bronquiolite aguda em idade pediátrica. Direção‑Geral da Saúde. Norma nº016/2012 de 19/12/2012 atualizada a 23/02/2015. https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/virus-sincicial-respiratorio/ Swingler GH, Hussey G, Zwarainstein M. Duration of illness in ambulatory chil‑ dren diagnosed with bronchiolitis. Arch Pediatr Adolesc 2000:154: 997‑1000. Peters TR, Crowe JE. Respiratory Syncytial Virus. Long S, Pickering L, Prober, C. Principles and Practice of Pediatric Infectious Diseases. 4th ed. Philadelphia: Elsevier; 2012: 1112‑6. De Carvalho WW, Fonseca MCM, Johnston C, Nichols DG. Pneumonia and bronchiolitis. In: Nichols DG, Shaffner DH. Roger’ Textbook of Pediatric Intensive Care. 5th ed. Philadelphia, Wolters Kluwer 2016:745‑65. |
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🌼 Elaborado por: Dra. Diana Palma 🌼 Design: Rute Santos |
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