Soul Baker

Introvertida funcional: um breve desabafo pós-pandêmico.

 

Eu sinceramente nem lembro a primeira vez que ouvi falar da Camila Fremder. Provavelmente pela amizade com a Jana Rosa, que nos tempos áureos da internet de 2010 era a blogueira que eu gostava de acompanhar (por sinal, por onde anda Jana Rosa? Um beijo, Jana Rosa!)

 

A questão é que a Camila mudou a minha vida. E o porquê disso, você me questiona cara leitora?

 

Camila me ensinou o conceito real de introversão.

 

Introvertidos são aqueles que perdem energia ao socializar, que precisam de tempo sozinhos para recuperar as energias, que precisam de momentos só.

 

Já extrovertidos precisam estar com pessoas, eles recarregam suas energias quando conversam, trocam, dialogam, enfim, exercem todas as habilidades sociais que nos são inerentes (alguns mais, outros menos) com outros Homo sapiens. 

 

Veja bem que esse rolê todo não tem NADA A VER com timidez. Ou insegurança. Ou incapacidade de socializar. É apenas uma questão de ˜DOPAMINA˜. Não é feitiçaria, é química cerebral.  

 

Tem quem se sinta recompensado com dopamina socializando, tem quem se sinta EXAUSTA, e só queira deitar em um cantinho depois de 1 hora de conversa com estranhos. O barato da dopamina num bate tão forte, fazer o que. 

 

E como eu já meio que adiantei, sou introvertida, cara leitora. Mas bota introvertida nisso. 

 

Eu nunca tive muita dúvida disso, mas a Camila fez nós, introvertidos, perdermos a vergonha de nos assumirmos. De tirarmos as máscaras e escancaramos que:

 

Sim, nós somos os amigos do fim! 

Sim, nosso carisma acaba rápido!

Sim, amamos a nossa própria companhia! 

Sim, a gente consegue socializar, só tem preguiça!

 

Talvez o tempo sozinho acabe nos trazendo mais nóias (não é a toa que a Camila tem até um podcast sobre isso), mas trazem muitas reflexões também. O mundo precisa dos introvertidos. 

 

Mas falando em nóia, eu fico pensando pensamentos sobre:

 

1. Como a pandemia me piorou em 300%. Eu tenho que me preparar psicologicamente para eventos sociais agora e a minha bateria de carisma esgota muito mais rápido. 

 

2. Como uma pessoa introvertida, como eu e a Camila, conseguimos lidar com a ideia de trabalhar com redes sociais (SOCIAIS EM MAIÚSCULO)?

 

Algumas respostas podem ser respondidas nesse podcast (que originou esse e-mail, obrigada pelo compartilhamento minha também amiga introvertida funcional, Priscilla).

 

Funcional se deriva exatamente do poder que temos de ser extremamente desenvoltas em eventos, festas, palestras, aulas, inclusive ter cara de pau para apresentar vídeos e falar com a câmera (oie!), mas temos um prazo para conseguir desenvolver isso bem feito. E uma preparação. 

 

Nessa mesma linha, a própria Marcela Ceribelli, aka CEO da Obvious, aka uma agência de COMUNICAÇÃO, que trabalha primordialmente nas mais variadas redes SOCIAIS, também se denomina Introvertida. 

 

Talvez esse espaço que a internet dê, crie uma dinâmica para poder socializar, compartilhar, trocar com mais conforto, porque também te proporciona paradoxalmente momentos sozinhos. Afinal, a dinâmica - quase sempre - não é instantânea. 

 

Sim, você também pensou naquele vácuo no whats. 

 

 

Eu não sei muito bem onde quis chegar com esse texto, só quis desabafar mesmo. 

 

Vai que outras introvertidas se identificam... Vamos criar um grupo de apoio pós pandemia? Juro que as reuniões tem hora para acabar.

 

 

 

>> DIARIN

 

• Frase do mês

"Pura inquietação não gera nada de novo. Reproduz e acelera o já existente". Byung-Chul Han em Sociedade do Cansaço. 

 

 

• Séries/filmes do mês:

Como o BBB anda flopado e eu, como a boa introvertida que sou, me isolei em uma cabana maravilhosa na Serra no Carnaval, - mesmo tendo trabalhado horrores em fevereiro -, consegui assistir algumas coisas que curti:

 

  • Euphoria (HBO)
  • Roda do tempo (Prime)
  • No ritmo do coração (Prime)
  • O golpista do tinder (Netflix)
  • Free Guy (Star+)
  • O último duelo (Star+)

• Leitura do mês:

Terminei Meu ano de descanso em relaxamento (que li para um Clube do livro), mas acabei não gostando muito. Também finalizei Grande Magia para o meu Grupo Criativo e nas últimas páginas de Circe, de Madeline Miller. Com enredo posicionado na mitologia grega, o livro te envolve do começo ao fim nas mais de 400 páginas, recomendo demais.  

 

• Felicidade do mês:

Eu trabalhei muito esse mês, o que foi maravilhoso. Em contraponto, também consegui descansar bastante com a minha viagem de Carnaval, no meio do mato, e num lugar não tão longe de casa. Com certeza ficou o lembrete de repetir isso mais vezes, pois não precisa sair do pais para ser feliz viajando #fikdik. 

 

• Vídeo do mês:

Terminando o livro da Elizabeth Gilbert (e escrevendo e-mails sobre o livro), não tem como não se inspirar com essa distinção dela sobre carreira, hobby, trabalho e vocação (infelizmente sem legenda em português):

• Vídeo do canal do mês:

Terminada a temporada de verão, voltei para os vídeos solo, e o meu preferido - e aparentemente o de vocês também, é o de 3 ideias de café da manhã fáceis. 

E fica ligado e se inscreve lá se quiser saber mais da viagem da Serra, que vai ter vlog contando tudo por lá :)

• Tropeços do mês:

Ter contratado uma estagiária que durou nem duas semanas. kkkkkrying. 

Foi bom enquanto durou. 

 

• Inspiração do mês:

Essa texto da Grande Magia (sim, só da Liz por aqui):

 

"O que me salva é o seguinte: sei que não sou apenas um ego; sou também uma alma.

 

E sei que minha alma não está nem aí para recompensas ou fracassos. Minha alma não é guiada por sonhos de louvor ou medo de críticas. Ela nem sequer possui uma linguagem para esse tipo de conceito.

 

Quando cuido dela, minha alma é uma fonte de orientação muito mais ampla e fascinante do que meu ego jamais será, pois ela só deseja uma coisa: o encantamento.

 

E, como a criatividade é o caminho mais eficiente para o encantamento, é nela que me refugio. A criatividade alimenta minha alma e acalma o fantasma faminto, me salvando assim da parte mais perigosa de mim mesma."

 

Lindo, né?

Que seja um ótimo março para nós!

 

DEUS NO COMANDO E JESUS NO BEBÊ CONFORTO! 

 

Beijos de lu(z) e até a próxima,

 

Luísa Colombi/ Sra. Soul Baker

que jura que gosta de pessoas, mas também precisa ficar sozinha. 

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