Perguntas frequentes
Quais são os benefícios para as dadoras?
Poder contribuir para a concretização de um projeto de vida de casais heterossexuais, mulheres ou casais de mulheres.
Pelo tempo despendido neste processo e pelas despesas efetuadas ou prejuízos direta e imediatamente resultantes das suas dádivas as dadoras serão ressarcidas.
Para além disso, ficarão isentas do pagamento de taxas moderadoras no âmbito do SNS.
A doação de óvulos tem efeitos secundários?
Geralmente, o processo de doação de óvulos é tolerado pelas mulheres de forma satisfatória, sendo o efeito secundário mais referido as dores semelhantes às do período menstrual.
A mulher que toma anticoncetivos pode ser dadora?
Sim, não existe contraindicação em fazer anticoncetivos, mas não poderá tomá-los durante o ciclo de tratamento. O tratamento de estimulação ovárica consiste em conseguir que, com recurso à medicação, o ovário produza mais óvulos, portanto durante os dias que dura o tratamento, não se podem tomar anticoncetivos.
A mulher pode manter relações sexuais durante o tratamento de doação de óvulos?
Não é recomendável manter relações sexuais desde que começa a estimulação ovárica até à nova menstruação depois da punção folicular, tanto pelo risco de gestação múltipla como pelo risco de torsão ovárica.
A mulher pode ter filhos no futuro se doar óvulos?
Sim, doar ovócitos não significa que se esgotem ou que se acelere a perda dos seus ovócitos. Uma mulher nasce com uma quantidade entre 500 000 e 1 000 000 de ovócitos. Em cada ciclo normal começam a crescer vários ovócitos, mas no final só um alcançará o crescimento suficiente para chegar a ovular. Durante o processo de doação de ovócitos consegue-se que vários ovócitos alcancem o tamanho adequado para poderem amadurecer sem que isso afete o total de ovócitos que a mulher possui.
Quantas vezes cada dadora pode doar óvulos?
O número de colheitas que podem ser feitas depende de diversos fatores. No entanto, a Lei da Procriação Medicamente Assistida estabelece que o número máximo de filhos nascidos em Portugal a partir de ovócitos de uma mesma dadora não deverá ser superior a 8.
A legislação portuguesa limita a quatro o número de doações de óvulos que uma mulher pode realizar, com um intervalo mínimo de 3 meses.
A mulher com excesso de peso pode doar óvulos?
Não é recomendado.
Quando o IMC de uma mulher é mais alto que o normal, aumenta a probabilidade de aparecerem complicações no processo de recuperação dos ovócitos, assim como é maior o risco na sedação.
Nos casos de excesso de peso e obesidade, a dose de fármacos necessários para estimular os ovários é superior à usada nos casos em que o peso é normal, sem esquecer que o efeito esperado dos fármacos sobre os ovários nem sempre se observa, o que implica um maior risco de cancelamento do tratamento sem chegar à punção.
Como vão ser usados os óvulos doados?
Os óvulos doados e extraídos durante a punção, serão fecundados in vitro com os espermatozoides do companheiro da recetora ou com espermatozoides de dador. Após a fecundação e desenvolvimento em laboratório, os embriões são transferidos para o útero da recetora para que se consiga uma gravidez.
Poderá uma dadora ser responsabilizada como progenitora de alguma criança?
De acordo com a legislação em vigor, a dadora de ovócitos não pode ser dada como progenitora da criança que vier a nascer, não lhe cabendo quaisquer poderes ou deveres em relação a ela.
De acordo com o Acórdão nº 225/2018, do Tribunal Constitucional, deixou de estar garantido a confidencialidade dos dadores de gâmetas.