Esqueleto de mulher com artrite reumatoide é descoberto no Egito Restos mortais de uma jovem que viveu entre 1800 e 1500 a.C. e sofria de artrite reumatoide foram descobertos em Assuã (Egito). Essa doença inflamatória crônica é caracterizada por dores, rigidez e inchaço das articulações e foi identificada pelas lesões erosivas com bordas lisas encontradas fora da superfície das articulações da mulher. Abdel-Monem Said, Diretor Geral da Aswan Antiquities, disse que as articulações de ambos os lados do corpo da mulher foram afetadas, incluindo mãos, pés, ombros, cotovelos, pulsos e tornozelos, o que teria dificultado a locomoção e outras atividades diárias. Já Mustafa Waziri, Secretário-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades, sublinhou a importância da descoberta, único caso registado de artrite reumatoide no Egito Antigo e um dos casos mais antigos a nível mundial. A missão arqueológica que resultou nessa descoberta faz parte do Aswan-Kom Ombo Archaeological Project (AKAP), que tem como objetivo estudar as condições de saúde dos antigos egípcios, especialmente daqueles pertencentes às camadas mais baixas da sociedade e residentes na periferia do antigo estado egípcio, como no extremo sul. Novos estudos científicos serão realizados sobre o esqueleto descoberto, o que poderá fornecer mais detalhes sobre a vida da mulher em questão. Para saber mais sobre o assunto, leia a matéria Ancient Egyptian woman’s skeleton reveals one of earliest cases of Rheumatoid Arthritis, de Nevine El-Aref. |
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Museu Britânico exibirá restos de crucificação em Cambridgeshire Em 2017, arqueólogos encontraram restos mortais ao lado de uma variedade de artefatos romanos, incluindo broches, cerâmica, moedas e ossos de animais, na vila de Fenstanton, em Cambridgeshire (Inglaterra). Após análise dos restos humanos, estudiosos notaram que um dos indivíduos possuía um prego atravessado no calcanhar. Desde então, a descoberta tem sido interpretada como uma evidência da prática de crucificação entre os antigos romanos. Trata-se do segundo exemplo confirmado de crucificação romana, o primeiro encontrado na Europa. O corpo foi escavado em um pequeno cemitério romano e se encontrava ao lado dos restos mortais de outras 47 pessoas, adultos e crianças. Estima-se que a pessoa crucificada tenha sido um homem pertencente às camadas mais baixas da antiga sociedade romana, que viveu toda a sua vida em Cambridgeshire. A escavação em questão foi tema de um documentário da BBC 4 chamado The Cambridge Crucifixion, o qual discute quem era essa pessoa, como viveu e por que foi condenada à morte desta forma. Os restos mortais também estarão em exibição na exposição do Museu Britânico, Legion: life in the Roman army, divulgada na 33ª edição do Boletim Subalterno. Para saber mais sobre o assunto, leia a matéria British Museum to display Cambridgeshire crucifixion remains. |
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Revista Alétheia abre chamada de artigos A Revista Alétheia - Estudos sobre Antiguidade e Medievo (Qualis B1), abre chamada de artigos para o Dossiê Temático Marginalidade e Subalternidade nos Mundos Antigo e Medieval. A presente proposta busca reunir trabalhos sobre os processos de marginalização e subalternização na Antiguidade e no Medievo, ponderando, também, as formas pelas quais a sociedade contemporânea se tornou herdeira desses processos de produção de alienação e exclusão de indivíduos e minorias. Objetiva-se abordar o marginal e o subalterno enquanto agentes históricos e enquanto temáticas historiográficas em construção, que esperam por problematizações em diversos recortes temporais e espaciais. Os interessados devem realizar o envio de seus textos, impreterivelmente, até o dia 29 de Fevereiro de 2024, em extensão .doc (Word), conforme determinações do template do periódico. A titulação mínima para submeter artigos na Revista Alétheia é Mestre. Submissões devem ser enviadas para o e-mail: aletheiarevistaacademica@gmail.com. Para mais informações, clique aqui. |
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Representações pictóricas dos kômoi Amanhã, 23 de fevereiro, às 11h (horário de Lisboa), ocorrerá o seminário Representações pictóricas dos kômoi criadas pelos pintores coríntios, atenienses e etruscos, com Alexandre Carneiro Cerqueira Lima (UFF). Nesse evento, Cerqueira Lima discutirá os espaços, as divindades e entidades cultuadas, os grupos sociais envolvidos, entre outros aspectos do festejo em questão. O Seminário Aberto será realizado no âmbito da Unidade Curricular "Tradição Clássica", do Mestrado em Estudos Clássicos, e é promovido pelo Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra. Os inscritos receberão no dia de hoje, 22 de fevereiro, as credenciais para acesso na plataforma de realização do Seminário, que será presencial e remoto (online, via Zoom). |
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Roma vista de baixo Na segunda-feira, 11 de março, às 14h, na Université Paris Cité, acontecerá a defesa da Habilitation à Diriger des Recherches (HDR), de Cyril Courrier. O dossiê apresentado para a defesa é intitulado Rome 'from below'. Épigraphie, topographie, philologie e é composto por um memorial de síntese, uma coletânea de artigos e uma tese inédita intitulada Le Régionnaire de Rome. Introduction et nouvelle édition critique. |
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Carving a Professional Identity. The occupational epigraphy of the Latin West (Oxford, Archaeopress, 2021), de Rada Varga. Nesse livro, Varga estuda as relações sociais nas províncias ocidentais do Império Romano por meio das representações dos trabalhadores em registros epigráficos feitas por eles mesmos, entre os séculos I-III d.C. A partir da análise qualitativa e quantitativa, com enfoque nas ocupações, distribuição espacial e nas formas dos monumentos, a autora investiga as especificidades identitárias de cada categoria profissional. |
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The Roman Peasant Project 2009-2015: Excavating the Roman Rural Poor (University of Pennsylvania Press, 2021), editado por Kim Bowes. Essa obra, dividida em dois volumes, apresenta os resultados de um projeto arqueológico voltado especificamente a compreender a vida dos camponeses pobres na Itália antiga. Conduzido por uma equipe ítalo-estadunidense em Cinigiano, região da Toscana, entre 2009 e 2015, o projeto abordou aspectos diversos da vida do campesinato entre os séculos II a.C. e VI d.C.: seus usos da terra, alimentação, mercados e mobilidade. |
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Boletim Subalterno; quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024; ano 2; nº 39; escrito por Marcio Monteneri. |
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