Citação de Virgílio encontrada em uma ânfora romana na Espanha Na semana passada, os estudiosos Iván González Tobar, Antònia Soler i Nicolau e Piero Berni Millet publicaram o artigo Las Geórgicas de Virgilio in figlinis: a propósito de un grafito ante cocturam sobre un ánfora olearia bética, no qual relatam a descoberta de uma passagem das Geórgicas, obra de Virgílio, em um fragmento de uma ânfora romana. O achado se deu no Vale do Guadalquivir (Andaluzia), área rural onde grande parte do azeite enviado a Roma era produzido. É a primeira vez que uma citação literária foi descoberta em uma ânfora romana. Em geral, artefatos como esses eram rotineiramente gravados com informações relacionadas a produtores, quantidades e impostos. Em entrevista concedida ao The Guardian, Iván González Tobar disse que o grafite pode ter sido obra de um trabalhador da oficina de ânforas. A citação de Virgílio, possivelmente escrita de memória, era muito utilizada como exercício escolar, o que sugere não apenas o acesso de artesãos à literatura erudita, mas também a extensão desse aprendizado até mesmo em áreas rurais mais afastadas da cidade. De acordo com os autores do artigo, o pequeno fragmento de quase dois milênios será de excepcional interesse para arqueólogos, epigrafistas e filólogos do latim vulgar. Para saber mais sobre o assunto, leia a matéria Virgil quote found on fragment of Roman jar unearthed in Spain. |
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Base de dados sobre libertos (as) de Óstia antiga O site Corpus libertorum et libertarum Ostiensium disponibiliza uma base de dados em livre acesso de inscrições feitas por pessoas escravizadas ou libertas da cidade de Óstia, antigo porto de Roma, no período compreendido entre a República Romana Tardia até o tempo do Imperador Diocleciano. A página reúne e organiza informações como nome, idade, gênero, filiação e profissão de escravos ou libertos mencionados em fontes epigráficas. Essa base de dados é fruto do projeto Libertos y libertas en Ostia (s.I a. C. III d.C.): Movilidad social e identidad de grupo, cujo objetivo é compreender a questão da mobilidade social entre esses grupos a partir da análise das relações sociais estabelecidas entre eles próprios. Para mais informações, clique aqui. |
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Reunião de estudos GSPPA Na sexta-feira, 23 de junho, aconteceu a reunião de estudos do grupo de pesquisa Subalternos e Populares na Antiguidade (GSPPA). O texto discutido foi Écrire l’histoire du travail aujourd’hui: le cas de l’Empire romain, de Christel Freu. Nesse texto, Freu aborda problemas e possibilidades subjacentes a história do trabalho na Antiguidade romana a partir de uma comparação de três obras: Storia del lavoro in Italia: L’età romana. Liberi, semiliberi e schiavi in una società premoderna, editado por Arnaldo Marcone; Roman Artisans and the Urban Economy, de Cameron Hawkins; e Work, Labour, and Professions in the Roman World, editado por Christian Laes e Koenraad Verboven. O próximo encontro do GSPPA acontece na sexta-feira, 18 de agosto. As inscrições para as reuniões do GSPPA ocorrem sempre no início do ano. Para mais informações, entre em contato conosco: subalternos@usp.br |
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IV Encontro da Rede de Pesquisa Gramsci A quarta edição do encontro da Gramsci Research Network acontece em Londres na quinta-feira, 29 de junho, às 14h (horário local). O evento (híbrido) contará com a palestra Subverting Subalternity: Challenging Gramsci’s Gaze on Women in the Roman Republic, de Coré Ferrer-Alcantud (UNED) e com a mesa redonda Women as Subaltern? Gramsci's Thought, Women's History, and Gender History, composta por Richard Alston, Lilah Grace Canevaro, Kate Cooper, Liz Gloyn, Mauro Puddu, Irene Salvo, Zoe Waters e Efrossini Spentzou. Para mais informações, basta clicar neste link. |
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Cidades e sentidos na Antiguidade Tardia Na quinta feira, 29 de junho, às 10h, Rafael Aparecido Monpean, aluno do Programa de Pós-Graduação em História Social da FFLCH-USP, defende sua tese de doutorado, Cidades e sentidos na Antiguidade Tardia: transformações das topografias urbanas e dos campos sensoriais na África do Norte entre os séculos IV e VII. A defesa é aberta ao público e acontecerá na Sala de Eventos (124), localizada na R. do Lago, 717, Butantã, São Paulo. A banca examinadora será composta por Julio Cesar Magalhães de Oliveira (FFLCH - USP), Carlos Augusto Ribeiro Machado (Univ. of St. Andrews), Renata Senna Garraffoni (UFPR) e Maria Cristina Nicolau Kormikiari Passos (MAE - USP). |
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Poverty in Ancient Greece and Rome: realities and discourses (Routledge, 2022), organizado por Fillipo Carlà-Uhink, Lucia Cecchet e Carlos Machado. Os colaboradores dessa obra examinam como diferentes grupos foram afetados pela falta de acesso ao capital simbólico, cultural, social e econômico na Antiguidade Greco-Romana. Temas como controle social, exclusão, gênero, agência e identidade são explorados a partir da combinação de evidências arqueológicas, epigráficas e literárias. |
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Marginalised populations in the Ancient Greek World: the Bioarchaeology of the Other (Edingurgh University Press, 2022), de Carrie Weaver. Nessa obra, Weaver realiza um estudo sobre as condições de marginalização no mundo grego antigo a partir de uma abordagem extensiva de evidências biológicas humanas provenientes de contextos mortuários. O objetivo é reconstruir experiências de grupos marginalizados que viveram entre os séculos VI-IV a.C., desde a Frígia até a Magna Grécia. |
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Boletim Subalterno; terça-feira, 27 de junho de 2023; ano 2; nº 25; escrito por Isabella Pondian Casteleti e Marcio Monteneri. |
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