Moeda rara lança luz sobre a primeira revolta dos judeus Na semana passada, a Israel Antiquities Authority (IAA) anunciou a descoberta de uma moeda rara de meio siclo de prata, com data da época da primeira revolta judaica contra os romanos, que aconteceu há mais de 2.000 anos, no deserto da Judeia. A moeda, datada de 66/67 d.C, carrega a inscrição "Santa Jerusalém" gravada em hebraico antigo, de acordo com a IAA. “Uma explicação possível para essa descoberta é que a moeda cunhada em Jerusalém caiu do bolso de um rebelde que escapou para o deserto durante a revolta – talvez a caminho da vizinha En Gedi", disse Yaniv David Levy, estudioso da IAA. De acordo com Levy, no decorrer da revolta os rebeldes cunharam moedas alternativas e aparentemente os rituais no Templo continuaram durante esse período turbulento. “Os líderes da Revolta Judaica escolheram desafiar os governantes e cunhar moedas de prata de forma autônoma, usando a escrita hebraica e sem a imagem do imperador governante. Parece que as moedas foram cunhadas em Jerusalém, possivelmente no recinto do Templo", declarou Yaniv David Levy. Para saber mais sobre o assunto, leia a matéria Rare half-shekel silver coin from first jewish revolt found in the judean desert, de Markus Milligan. |
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Possível fábrica de vidro de 2,3 mil anos encontrada na Europa Central De acordo com um comunicado divulgado pelo jornal Antiquity, evidências da presença de uma oficina de vidro foram descobertas em Němčice (República Tcheca), antigo assentamento celta datado dos séculos II e III a.C. Embora as ferramentas empregadas na confecção do vidro não tenham sido identificadas, diversos indícios do processo produtivo foram descobertos durante as escavações, como a presença de produtos de vidro tanto em estágios plenamente confeccionados quanto parcialmente elaborados. Ivan Čižmář, do Instituto de Patrimônio Arqueológico de Brno, sugere que Němčice pode ter sido um centro de produção regional em uma rota comercial que ligava o norte e o sul da Europa. As descobertas também contaram com a identificação de uma área mais elevada no sítio, semelhante a áreas de rituais em antigos assentamentos na Áustria, o que implicaria crenças compartilhadas na Europa Central. Para saber mais sobre o assunto, basta clicar neste link. |
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Projeto Vozes Subalternas é renovado por mais 12 meses O projeto PUB Vozes Subalternas: mapeamento e catalogação de escritos de mulheres e homens subalternizados na Antiguidade greco-romana, idealizado pelo grupo de pesquisa Subalternos e Populares na Antiguidade (GSPPA), acaba de ser renovado por mais 12 meses. O projeto tem como objetivo sistematizar e reunir em um catálogo para pesquisas futuras documentos textuais produzidos pelos grupos subalternos da Antiguidade greco-romana. Até o momento, cerca de 100 inscrições foram catalogadas, incluindo uma série de grafites deixados por trabalhadores, mulheres e escravos nas cidades de Óstia e Pompeia. Além disso, uma base de dados digitais, de acesso livre e consultável, está sendo elaborada e futuramente será disponibilizada ao público. Mais informações: subalternos@usp.br |
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A dedicação de um altar por um escravo Na quinta-feira, 24 de agosto, às 17h30, o Auditório Fernand Braudel (DH-FFLCH-USP) será sede da palestra A dedicação de um altar a Hércules por um escravo nas pedreiras de Trogir, Croácia, de Lilian de Angelo Laky. O evento (presencial) é parte do ciclo de palestras presenciais, organizado pelo grupo de pesquisa Subalternos e Populares na Antiguidade (GSPPA). Mais informações: subalternos@usp.br |
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Ciclo de minicursos online da UFPR De 23/08 a 02/10 acontece o III Diálogos sobre História: Ciclo de minicursos online da UFPR. O evento reúne diversos minicursos sobre diferentes períodos históricos, inclusive sobre a Antiguidade. Veja a seguir a seleção que o GSPPA preparou. Os Eunucos da Antiguidade Tardia e a Teoria Queer: metodologias e reflexões, de Silvio Romero Tavares Neiva Coelho; O Feminino Grego no Ensino de História: explorando propostas didáticas, de Ana Maria Lucia do Nascimento; e Mulheres na Tragédia Grega: a alteridade em Alceste e em Medeia de Eurípides, de Maria Ester Cacchi. Para mais informações, clique aqui. |
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Slavery and Sexuality in Classical Antiquity (University of Wisconsin Press, 2021), editado por Deborah Kamen e C.W. Marshall. Os colaboradores dessa coletânea discutem como as práticas sexuais dos escravizados se inseriam em contextos relacionais de poder, domínio e violência. A partir da análise de fontes epigráficas, literárias, jurídicas, entre outras, os autores enfatizam a agência e as formas de resistência de pessoas escravizadas, além de abordar as lutas, os traumas e os desejos sexuais dos próprios escravos. |
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L’esclave dans l´Égypte romaine : choix de documents traduits et commentés (Presses Universitaires de Liège, 2020), de Jean Straus. Nessa obra, Jean Straus apresenta uma seleção de fontes sobre a escravidão no Egito Romano, traduzidas para o francês por ele e outros estudiosos. Os documentos são organizados por temas, tratando desde a escravidão como instituição até as ações, sentimentos, conflitos e interações entre escravizados e entre escravos e livres. |
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Boletim Subalterno; terça-feira, 8 de agosto de 2023; ano 2; nº 28; escrito por Isabella Pondian Casteleti e Marcio Monteneri. |
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