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O Grupo Ecológico da Associação Académica de Coimbra, fundado em 1974, é um espaço de debate, divulgação e intervenção atuando em áreas como a qualidade de vida, a agricultura biológica, os direitos dos animais, o antinuclear, o tratamento de resíduos e as causas e consequências sociais dos problemas ecológicos.

Um dos nossos principais objetivos é acordar a comunidade estudantil para a preservação do ambiente. Ambiente no futuro? É preciso agir.

Teremos sempre gente na nossa sala para te receber, às 4ª feiras das 21h30 às 23h. Aparece!

Baleias assassinas são as principais vítimas de toxinas

 

         Apesar do processo para banir os PCB (Bifenilos Policlorados) se ter iniciado há cerca de 40 anos, ainda hoje eles ameaçam populações inteiras de mamíferos aquáticos. Na década de 1930 foram produzidos mais de 1 milhão de toneladas deste poluente, que foi oficialmente dado como banido em 2004.

        No entanto, o desaparecimento dos PCB não é um processo assim tão linear. Considerados como poluentes orgânicos persistentes (POP), podem demorar décadas a desaparecer do ambiente e são ainda encontrados em aterros sanitários, sedimentos do fundo de rios e outros locais onde foram despejados por longos períodos de tempo. Os PCB`s são consumidos por micróbios, entrando assim para a cadeia alimentar e acabam por se acumular na gordura e tecidos de muitos animais, especialmente predadores de topo, como orcas, focas e tubarões.

          As orcas, também conhecidas como baleias assassinas, são o mamífero marinho mais contaminado por toxinas. Nessas populações, os PCB`s prejudicam a reprodução, sistema imunitário e podem ser responsáveis pelo aparecimento de cancro. Segundo um estudo publicado na revista Science na passada semana alguns organismos chegam a possuir 1300 miligramas do poluente por quilograma no seu tecido adiposo e os indivíduos estudados com menores concentrações apresentam cerca de 50 miligramas por quilograma, concentração esta que já afeta a fertilidade e sistema imunológico o suficiente para que esses grupos possam vir a diminuir e desaparecer nos próximos 50 anos.

           Em locais que no passado estiveram mais expostos à poluição por este agente como o Brasil, estreito de Gibraltar e Reino Unido o declínio está previsto para os próximos 30 a 40 anos. O metabolismo destes animais dificulta a decomposição dos PCBs, no entanto, não são estes os únicos a ser afetados por esta substância, populações de tubarões, focas e golfinhos apresentam também concentrações preocupantes. Segundo o investigador responsável pelo artigo, Jean-Pierre Desforges, “A história do PCB ainda não acabou”.

          Além dos PCB`s, outras substâncias químicas de vida longa, começam a aparecer nos ecossistemas, e tal como eles, compostos antes considerados benignos como os retardadores de chama, podem vir a ser prejudiciais a diversas populações se não forem controlados pelas autoridades responsáveis.

 

Carolina dos Santos Ruivinho

Permacultura: moda ou futuro?

          Certamente com a problemática das alterações climáticas e preocupação com a saúde e com o planeta Terra, o leitor já se deparou quase de certeza com o termo “Permacultura”. Afinal, o que é esta palavra que cada vez mais se está a revolucionar e destacar entre termos como “biológico” e “orgânico”?                                                                                    O termo Permacultura ou Cultura Permanente, foi criado na década de 70 por dois ecologistas australianos. Carateriza-se como um método que se baseia na sustentabilidade ambiental de locais como jardins, vilas, aldeias e comunidades, de um modo socialmente justo e financeiramente viável. Neste método, a natureza é o elemento fulcral, estando interligada com as plantas, animais, construções e pessoas num ambiente harmonioso e produtivo, ou seja, a Mãe Natureza é utilizada para projetar, criar, gerir, e melhorar todas as ações feitas pelo Homem na procura de um futuro sustentável. Estabelecer na nossa rotina hábitos e costumes simples e ecológicos a nível habitacional, alimentar, transporte, educação e bem estar, são práticas a adotar para o melhor desenvolvimento do nosso planeta.

             Nos dias de hoje, com todos os desastres ambientais que têm vindo a ocorrer nos últimos tempos, termos como “fast fashion”, “GMO”, “óleo de palma”, “zero waste”, têm vindo a aparecer cada vez mais ao público, através dos media, de modo a alertar para um consumo mais consciente em prol do nosso planeta.
           A Permacultura, divide-se então em três pilares: cuidar da Terra, cuidar das pessoas e repartir os excedentes. Cuidar da Terra, porque temos que parar de maltratar o nosso planeta e assumir uma existência mais positiva; cuidar das pessoas, pois indivíduos felizes e realizados cuidam melhor do planeta e dos seus semelhantes, e por último, partilhar os excedentes e limitar o consumo, porque simplesmente não precisamos da maior parte do que temos ou adquirimos. À primeira vista pode parecer algo básico e simples, mas sendo nós humanos os principais responsáveis pelo nosso planeta, temos que assim procurar cuidar não só de nós, como de todo o meio envolvente para um futuro próspero para as gerações vindouras

          Em Portugal, esta é já praticada em diversos locais, existindo diversas comunidades pelo país, que se baseiam em tal princípio, como o aumento da existência de cursos e workshops relativos à prática de tal. O WWOOF (World Wide Opportunities on Organic Farms), é um programa comunitário existente em vários países como Portugal, que em troca de ajuda voluntária, oferecem comida, alojamento e oportunidade de estar em contato não só com a permacultura, como a agricultura biológica, construções ecológicas entre outras técnicas ambientalmente saudáveis.

 

Mariana Farias

WWOOF Portugal

Bem-vindo à WWOOF Portugal. A WWOOF é um programa de intercâmbio. Em troca de ajuda voluntária, as quintas WWOOF oferecem comida, alojamento e oportunidade para conhecer estilos de vida naturais.

Rua Padre António Vieira n.º 1 2.º piso 3000-315 Coimbra - Portugal

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