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Arqueólogos israelenses descobrem anzol de pesca da Idade do Cobre em Ascalão

Na quarta-feira, 29 de março, a Israel Antiquity Authority (IAA) anunciou a descoberta de um anzol de cobre no antigo porto marítimo de Ascalão (Distrito Sul de Israel). Estima-se que o anzol tenha sido usado há 6.000 anos para pegar peixes grandes, como tubarões ou atum. De acordo com Yael Abadi-Reiss e Daniel Varga, membros da IAA, anzóis mais antigos encontrados anteriormente eram feitos de ossos e eram muito menores do que o recém descoberto. Segundo eles, o uso do cobre começou no período calcolítico e a descoberta comprova que essa inovação tecnológica também era aplicada na produção de anzóis para pescadores da costa mediterrânea. “O raro anzol conta a história dos pescadores da vila que navegaram para o mar em seus barcos e lançaram o recém-inventado anzol de cobre na água, na esperança de adicionar tubarões costeiros ao cardápio”, disse Abadi-Reiss. Para saber mais sobre o assunto, leia a matéria Israeli archeologists discover 6,000-year-old fishing hook in Ashkelon.

Resgatando a vida de antigos artesãos

Sanchita Balachandran, diretora e conservadora do Johns Hopkins Archaeological Museum e professora associada do Departamento de Estudos do Oriente Próximo na Johns Hopkins University, escreveu uma matéria para Pasts Imperfect (4.6.23) sobre oleiros da Grécia Antiga. Desde 2015, época em que Sanchita Balachandran co-ministrava o curso de graduação, Recreating Ancient Greek Ceramics, a estudiosa tem se dedicado a entender quem eram esses oleiros, como eram suas vidas profissionais e como poderíamos reconstruir as relações que eles tinham entre si e com os objetos que fabricavam. Estudar a vida desses antigos artesãos, nas palavras de Balachandran, “parece especialmente importante já que uma porcentagem significativa desses trabalhadores – cidadãos atenienses pobres, migrantes e imigrantes, libertos e escravizados, mulheres e crianças – estão sub-representados em nossas formas tradicionais de evidência arqueológica, epigráfica ou literária”. Para saber mais sobre o assunto, leia na íntegra a matéria Recovering the Lives of Ancient Artisans.

GSPPA retoma reuniões de estudos neste mês

O grupo de pesquisa Subalternos e Populares na Antiguidade (GSPPA) retoma suas reuniões de estudos na sexta-feira, 28 de abril. Ao longo de 2023 acontecerão sete encontros. Confira a seguir os textos que serão discutidos pelo grupo de estudos neste ano.  No dia 28/4, Subaltern Debris: Archaeology and Marginalized Communities, de Beatriz Marín-Aguilera. No dia 26/5, Definitions and Reception of the Marginalized in Art and Literature, de Carrie L. S. Weaver. No dia 23/6, Écrire l’histoire du travail aujourd’hui: le cas de l’Empire romain, de Christel Freu. No dia 22/9, Epistemicide: The Roman Case, de Dan-el Padilla Peralta. No dia 20/10, Searching for Professional Women in the Mid to Late Roman Textile Industry, de Anna C. Kelley. No dia 24/11, Late Antiquity: The Age of Crowds?, de Julio Cesar Magalhães de Oliveira. As reuniões (mensais) ocorrem pela plataforma Google Meet e são abertas a todas as pessoas interessadas (graduandos/as, pós-graduandos/as, professores/as, pesquisadores/as independentes), mas as vagas são limitadas. Inscrições e informações pelo e-mail subalternos@usp.br

Eventos

Comitê Feminino de Estudos Clássicos

Na sexta-feira, 5 de maio, acontece a Assembleia Geral Anual de 2023 do Women’s Classical Committee (WCC) cujo tema será “resistência”. O evento (presencial e via Zoom) é destinado a pessoas de qualquer expressão ou identidade de gênero que apoiam os objetivos do WCC. Para se inscrever, basta clicar neste link. Outras informações podem ser acessadas neste link.

 

Dicas de leitura

Religion and the everyday life of Manichaeans in Kellis: beyond light and darkness (Brill, 2022), de Mattias Brand, é uma investigação sobre a construção da identidade coletiva da comunidade maniqueísta de Kellis (Ismant el-Kharab, Egito). O autor analisa principalmente cartas, mas também outros documentos, para demonstrar como o pertencimento religioso naquela comunidade servia tanto como meio de mediar tensões sociais quanto de assegurar pertencimento comunitário.

La influencia de Marx y el marxismo en los estudios sobre la Antigüedad (Miño y Dávila Editores, 2021), editado por Christian Núñez López e César Sierra Martín, realiza um balanço das contribuições do marxismo nos estudos sobre a Antiguidade. Os autores retomam conceitos importantes do marxismo, como “dominação” e “luta de classes”, para analisar temas como escravidão, conflitos políticos e sociais na pólis ateniense, a recepção da Antiguidade, e a construção e a apropriação do passado romano por grupos de extrema-direita.

Para mais dicas de leitura, acesse nosso blog neste link.

O Boletim Subalterno é uma newsletter criada e editada pelo grupo de pesquisa Subalternos e Populares na Antiguidade. Conheça nosso blog em www.subalternosblog.com e acompanhe nossas redes sociais:

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Boletim Subalterno; terça-feira, 18 de abril de 2023; ano 2; nº 20; escrito por Giovan do Nascimento e Marcio Monteneri.

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