Os piolhos são uma das infestações mais comuns em humanos.

Os piolhos que afetam o couro cabeludo são os mais comuns, sobretudos na idade pediátrica, e a estirpe responsável por esta situação é o Pediculus humanus capitis – couro cabeludo. Contudo, há mais duas outras estirpes de piolhos que afetam outras áreas do corpo: o Pediculus humanus corporis que invade o corpo e o Phthirus púbis que se aloja na região púbica, também conhecido como “chatos”.

O piolho da cabeça é um pequeno inseto cinzento-branco de corpo achatado e com garras que lhe permite a fixação ao hospedeiro. A fêmea vive cerca de um mês e coloca 7 a 10 ovos por dia. Estes ovos são as lêndeas – de cor branca e muito pequenas, como caspa, colam-se à base dos cabelos, principalmente na nuca, atrás das orelhas e debaixo da franja.

A infestação é mais comum em crianças que frequentam escolas e há uma menor prevalência de piolhos em indivíduos com cabelo mais espesso, sendo os meninos menos afetados que as meninas.

Este problema de saúde NÃO está relacionado com falta de higiene. No entanto, apenas UMA criança infetada pode contagiar todas as outras.

Os piolhos NÃO saltam, NÃO voam e alimentam-se exclusivamente do nosso sangue.

O período de incubação do ovo do piolho pode variar de 8 a 10 dias e os piolhos não sobrevivem mais de 36 horas longe do couro cabeludo.

Como prevenir??

• Evitando o contacto direto com cabelo ou com objetos ou materiais possivelmente infestados (escovas, elásticos, chapéus, “selfies”) uma vez que o contágio se faz por esta via.
• Tratar as pessoas infestadas com quem se mantem contacto próximo.
• Limpar e desinfetar objetos ou materiais possivelmente infestados.
• Em crianças que aparecem frequentemente com piolhos, pode ser útil manter os cabelos curtos.

O que fazer??

 VIGIAR cuidadosamente a cabeça, se a criança se coça ou se a escola informa que existem crianças infestadas, para tratar o mais rápido possível.

Examinar preferencialmente à luz do dia e com pente de dentes finos.

Sabemos que desde o início da parasitose até ao apresentar dos sintomas, habitualmente decorrem 2 semanas, por isso é importante vigiar mesmo antes de surgir a comichão, para que ao mais pequeno sinal se possa agir de forma rápida e eficaz.

O sintoma mais frequente é a comichão e com esta surgem também as lesões de coceira. Pode surgir, ainda, perturbação do sono devido ao desconforto que, por vezes, é mais acentuado à noite e pode haver, consequentemente, diminuição do rendimento escolar.

Se detetar INFESTAÇÃO:

• Comprar na farmácia produto próprio aplicável em crianças (champô ou outro);
• Ler cuidadosamente as instruções e iniciar o tratamento (a maioria dos produtos recomenda nova aplicação após 7 e/ou 14 dias);
• Após aplicação do produto, pentear o cabelo com pente próprio para eliminar o maior número de parasitas mortos. Deve colocar o pente no topo da cabeça, tocando o couro cabeludo e puxá-lo das raízes até às pontas; após cada passagem examinar cuidadosamente o pente procurando piolhos ou ovos.

TODOS OS FAMILIARES QUE HABITEM NA MESMA CASA DEVEM REALIZAR O TRATAMENTO AO MESMO TEMPO.

O AMBIENTE DOMÉSTICO deve ser DESINFETADO:

• Lavar a 60º TODO o vestuário do próprio dia e da véspera;
• Lavar a 60º todos os objetos que estiveram em contacto com as pessoas infestadas: pijama, lençóis, fronhas, toalhas, etc.;
• Colocar em água a ferver durante 3 minutos ou fechados num saco plástico durante 2 dias, os objetos que não possam ser lavados à máquina (pentes, escovas). 

Elaborado por: Dra. Cátia Barão  (Interna de MGF)

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