Segurança Infantil

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um acidente é “um acontecimento independente da vontade humana”. Na Europa, os traumatismos são a primeira causa de morte em crianças e adolescentes, sendo responsáveis por mais mortes do que todas as outras causas combinadas, e Portugal não é exceção.

Em 2012, segundo o relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, as crianças e jovens até aos 14 anos foram as principais vítimas de acidentes domésticos e de lazer, representando 41,5%-50,8% do total de acidentados.

 

Os profissionais de saúde têm uma responsabilidade acrescida nesta matéria. Podem aconselhar e orientar os pais e futuros pais tanto na escolha de equipamentos para os filhos como nos comportamentos a adotar na vida quotidiana e doméstica a fim de preservarem a segurança das crianças.

 

Os principais acidentes são:

Rodoviários

Quedas

Queimaduras

Afogamento

Asfixia/ Estrangulamento

Intoxicações

Choques elétricos

Ao longo do crescimento e desenvolvimento da criança devemos adaptar a nossa atenção para determinados acidentes que poderão ser mais comuns em determinadas fases:

- Quando a criança começa a gatinhar e a andar

- A entrada na escola

- Quando se inicia como condutor de bicicleta, skate ou veículos motorizados

- Quando inicia deslocações sozinho na rua

- Na adolescência

 

Desde o nascimento é importante garantir que:

 

  1. A cadeirinha para o automóvel cumpre os requisitos adequados para a idade da criança;
  2. No carro: nunca deixar as crianças sozinhas dentro do carro; trancar sempre portas e janelas; nunca transportar crianças à solta ou ao colo;
  3. Os bebés NUNCA devem ser deixados SOZINHOS em superfícies altas ou no banho! Basta um palmo de água para um bebé se poder afogar;
  4. As mesas de mudar fraldas/roupa, a banheira e o berço devem ser estáveis;
  5. Apertar SEMPRE o arnês do ovinho, carrinho de passeio, cadeira de refeição, pelo risco de QUEDA;
  6. Andarilhos são DESACONSELHADOS;
  7. Verificar SEMPRE a temperatura do banho, líquidos ou alimentos (quando aquecidos no micro-ondas uniformizar primeiro), pelo risco de QUEIMADURA;
  8. Deitar o bebé com os pés encostados ao fundo da cama com a roupa à altura dos ombros, cama livre de adereços (laços, fraldas, brinquedos) e o colchão deve ser firme e ajustado ao tamanho do berço, ou seja, sem folgas;
  9. Não colocar fios ou cordões ao pescoço;
  10. Engasgamento com pequenos objetos com tamanho inferior a 32 mm (moeda de 2€) ou esféricos com tamanho inferior a 45mm. São exemplos: pilhas de equipamentos eletrónicos, brinquedos com peças pequenas ou partidas, balões vazios, sacos plásticos, botões, moedas, …;
  11. Nas escadas colocar cancelas no primeiro e último degrau. A do topo deve ser aparafusada à parede; não devem ser escaláveis; o intervalo entre as barras não pode ser superior a 6 cm;
  12. Nas varandas: guardas com um mínimo de 1.10 m de altura, sem elementos onde a criança possa apoiar os pés ou mãos para subir;
  13. Nas janelas colocar limitadores de abertura: abertura máxima de 9 cm;
  14. Proteger tomadas e fichas elétricas, enrolar fios de candeeiros, verificar que os fios elétricos estão em boas condições, pelo risco de CHOQUES ELÉTRICOS;
  15. Medicamentos e detergentes devem ser guardados em locais INACESSIVEIS e nas embalagens originais, pelo risco de INTOXICAÇÃO - Gravar o número do Centro de informação antivenenos (CIAV) – 800250250;
  16. Não preparar refeições com a criança na cozinha;
  17. Guardar facas, tesouras e outros objetos cortantes em gavetas ou armários fechados com sistemas de bloqueio de abertura, pelo risco de CORTE;
  18. Proteger lareiras e recuperadores de calor; não deixe velas acesas;
  19. Engomar num local reservado e nunca deixar o ferro quente ou ligado ao alcance das crianças, pelo risco de QUEIMADURA;
  20. Para evitar o ESMAGAMENTO por móveis, estes devem estar fixos às paredes;
  21. Ter em atenção as zonas onde nadam - RISCO DE AFOGAMENTO- ensinar noções básicas de primeiros-socorros e como chamar o 112;
  22. Esvazie piscinas insufláveis, tanques e alguidares logo após a utilização – o AFOGAMENTO é rápido e acontece em menos de um palmo de água!
  23. Piscinas e tanques exteriores devem estar protegidos/vedados;
  24. Ensinar a criança as regras como peão: andar de frente para os carros, treinar os percursos que vai realizar, atravessar na passadeira;
  25. Usar SEMPRE capacete quando pratica desportos como skate, bicicleta, patins;
  26. Até aos 10 anos as crianças podem circular de bicicleta no passeio, depois devem aprender as regras básicas de trânsito;
  27. Risco de ATROPELAMENTO durante manobras de veículos ou na rua;
  28. Os adolescentes devem ser sensibilizados relativamente a não aceitarem boleias de estranhos ou de condutores que tenham ingerido bebidas alcoólicas;
  29. O abuso de álcool e drogas aumentam a probabilidade de acidentes;
  30. Na adolescência, risco acrescido de acidentes como condutor ou passageiro -principal causa de morte nesta faixa etária - por não utilização do cinto de segurança, consumo de álcool ou velocidade excessiva.

Os acidentes com crianças podem ser evitados e quem os pode evitar são os adultos!

Faça regularmente uma inspeção ao chão de sua casa. Verifique se não existem objetos perigosos esquecidos.

Os pais não podem alterar o ambiente rodoviário, mas podem proteger a criança!

Com as medidas apresentadas, vai oferecer à sua criança ambientes mais seguros para que ela possa explorar o mundo, crescer e desenvolver-se sem sofrer um acidente grave.

 

Mais informações em: Associação para a Promoção da Segurança Infantil – APSI https://www.apsi.org.pt/index.php/pt/

Elaborado por: Dra. Teresa Raposo 💙

Design: Rute Santos 💙

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