Hora Crítica                       Edição: Grupo Nacional de Bombeiros-Enfermeiros                                    - Revista Online Mensal © 2017 por Bombeiros-Enfermeiros -                                 ·                          ISSN:    2184-0911             
                                       
Direção: Nelson Nascimento     ·    Coordenação: Departamentos Externos do GNBE (Departamento de Informação Comunicação & Imagem - DICI e Departamento de Relações Internacionais & Humanitárias - DRIH)    

Reflexo do empenho para o cuidado de saúde, organizado e estruturado, durante as ações de Proteção Civil & Bombeiros

GNBE

 

Incidentes Críticos

 

No decorrer deste verão o GNBE iniciou 6 contactos, com os respetivos Corpos de Bombeiros, no contexto da ocorrência de 5 incidentes críticos que envolveram ao todo 17 operacionais. Para o GNBE um ‘Incidente Crítico’ é o acontecimento de uma ocorrência súbita, como resultado do risco, no contexto da resposta a uma ação de socorro ou emergência, onde resultem vítimas ou lesados adicionais, independentemente do seu tipo e/ou contexto e posição (no local, na deslocação para…, a caminho de…, na volta de…).

O objetivo é dar lugar à introdução de Cuidados de Saúde Extra-Hospitalares em Contexto de Proteção Civil e Bombeiros; neste sentido, a principal prioridade do GNBE é o estabelecimento de uma relação simbiótica com os Organismos Governamentais de Proteção Civil e Bombeiros  e os serviços de saúde, permitindo-se aí integrar uma equipa especializada própria. Como passo inicial, esta ideia urge da criação de uma base de dados, que permita melhor entender a casuística própria que envolve os Agentes de Proteção Civil (APC) de Portugal, relacionando o seu perfil geral de saúde e os riscos a que mais frequentemente são submetidos.

 

A sua razão de ser prende-se com a imperiosa necessidade de dar azo a um acompanhamento da situação de saúde durante o trabalho dos operacionais, instituindo ações paralelas e complementares com os convencionais meios de resposta, num espaço ainda vazio (local da ocorrência). Está comprovado e verificado, que tal permite colmatar dificuldades emergentes, que urgem de controlo, mesmo bastante tempo após a afetação.

 

Como focos principais, tomam ênfase por esta ordem: os incidentes de trânsito, as intoxicações e as queimaduras.

Monóxido de Carbono (CO) e Cianeto (CN)

 

Estes dois compostos (em estado gasoso) são fonte de preocupação de forma isolada – CO ou CN – e conjunta – CO e CN – para a saúde de todos aqueles que se veem envolvidos por um incêndio. Ambos são asfixiantes!

Na sua forma isolada o primeiro substitui, enganosamente, no nosso corpo as moléculas de oxigénio e o segundo impede a respiração celular, mais concretamente a respiração mitocondrial e a fosforilação oxidativa. Na sua forma conjunta (vulgar em incêndios de alta carga de combustível e combustão incompleta), atuam de forma sinérgica, ou seja, ambos contribuem para uma ação coordenada e crescente que tem o fim de intoxicar.

“Intoxicação de Monóxido de Carbono” – GoFundMetm

O CO, comummente conhecido como o “assassino silencioso”, é insípido, incolor e inodoro. Por ser impercetível, altamente letal e impossível de evitar, mesmo com proteções respiratórias, como uma das primeiras intervenções o GNBE, em harmonia com a NFPA 1584[1], está empenhado na introdução da monitorização da concentração deste gás no sangue, detetando-o ainda no local do incêndio/incidente, em antecipação aos sintomas, os quais só se revelam numa fase grave da intoxicação aguda. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_8abde7f0c2a3452e9dffd800f3b0f0c3.png_256" width="22" height="22">

A solução reside na introdução estratégica e operacional de Pulsi-CO-Oxímetros/CO-Oxímetros de Pulso. Diferentemente dos saturímetros de oxigénio, estes utilizam sensores infravermelhos muito específicos, com mais 7 comprimentos de onda, para detetar a intoxicação desapercebida ao distinguir o CO do oxigénio, sem necessidade da picada por agulha nem laboratório.

 

São aparelhos práticos, muito rigorosos e de enorme fiabilidade, de tal forma que, em situações rotineiras podem ser utilizados pelos próprios bombeiros, como já acontece em algumas partes do mundo. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_2fdefdb0908942f0824121611fdeab91.png_256" width="22" height="22">Não só oferecem conforto ao utilizador e ao beneficiário, ao evitar situações de emergência grave, como também, quando utilizados por profissionais de saúde, para instituir descansos obrigatórios, com períodos de reabilitação onde se administra oxigénio terapêutico o que melhora o rendimento dos operacionais, evitam que estes cheguem ao limite da fadiga, logicamente influenciada pela toxicidade. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_6dacfc85007e458c8ae20bc859ca4add.png_256" width="22" height="22">Por serem tão específicos cada um chega a custar 3000€!<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_93fc19dd319f400397db40bc6b7bfe94.png_256" width="22" height="22">

No intuito da introdução dos cuidados de saúde em contexto de proteção civil e bombeiros, pela utilização do saber da Enfermagem, esta intervenção primária crucial ao ser concretizada, passa também a dar espaço e oportunidade à melhoria na atenção de necessidades básicas como a hidratação, a alimentação, cuidado a lesões eventuais e zelo ao bem-estar geral.

 

Através da plataforma GoFundMeTM o GNBE lançou uma campanha de angariação de fundos, cuja intenção consiste em dotar cada distrito/região territorial de Portugal com pelo menos um Pulsi-CO-Oxímetro/CO-Oxímetros de Pulso.

[1]Norma sobre o Processo de Reabilitação para Membros durante Operações de Emergência e Exercícios de Treino

Descarregue aqui o nosso cartaz de campanha para imprimir e colocar no seu local de trabalho ou locais de influência que costuma frequentar

Hidroxocobalamina: os achados e a posição INFARMED

 

Excetuando-se as <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_7fe0c22151324d13926ffbc0214544c8.png_256" width="22" height="22">‘Jornadas Técnicas de Assistência a Vítimas de Incêndio’ <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_7fe0c22151324d13926ffbc0214544c8.png_256" width="22" height="22">(aquela que presumivelmente foi a primeira vez em que se apresentaram publicamente em Portugal, sob forma de marketing, elementos referentes ao fármaco e aplicações clínicas), apesar de algumas referenciações ao mesmo, enquanto antídoto do cianeto na intoxicação por fumos de incêndio, no “Manual de Suporte Avançado de Vida em Queimados (SAVQ®)”, na tradução adaptada ao Português da Obra “Les brûlures” de Christian Echinard e Jacques Latarjet e vários artigos científicos pela mão do Prof. Dr. Romero Bandeira, segundo as nossas consultas, realizadas com colegas enfermeiros de vários centros hospitalares do país, desconhece-se haver constância da sua utilização e/ou contemplação nos protocolos internos das instituições de saúde do nosso país.

 

Pela dificuldade de diagnóstico imediato, muitas vezes é usado de forma quase empírica, e os resultados são bastante favoráveis especialmente em casos de coma e paragem cardiorrespiratória.

O antídoto tem um preço elevado, mas contrapesa quando comparado com o preço médio diário da estancia hospitalar em unidades especiais como queimados/UCI<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_bbb9a23c29c9407f8a31e2fc45adead6.png_256" width="22" height="22">. Em detrimento disso é sabido, por exemplo, que no Brasil “os hospitais não conseguem, frequentemente, manter estoques, ou negam-se a estocar mais de um kit".

 

Deparados com uma forte contradição entre a possível não utilização e as boas referências sobre o nosso Sistema Nacional de Saúde, considaremos pertinente abordar a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (INFARMED) a fim de encontrar os porquês da situação.

Assim, foi-nos informado que este fármaco, conhecido pela marca “Cyanokit®, pó para solução para perfusão, pode ser adquirido, mediante pedido de autorização de utilização especial (AUE)”, algo que segundo referem, sem identificar o centro, já ocorreu. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_12108ff02701476dbe135ec1cc67bbe6.png_256" width="22" height="22">

 

Dada a importância da sua utilização ao longo da cadeia de sobrevivência, consideramos importante uma melhor difusão do mesmo, desde os centros mais generalistas aos centros mais diferenciados dedicados ao cuidado à pessoa em situação crítica. Esta consideração vai em função da efetiva funcionalidade, cujo ponto de partida deve ser o pré-hospitalar e garantia da continuidade dos cuidados, que envolve uma recuperação para além dos tratamentos hospitalares. Na possibilidade da constituição da Equipa Nacional de Bombeiros-Enfermeiros, tal como preconiza o nosso projeto e estabelecida na nossa proposta, de pouco nos valerá a aquisição da Hidroxocobalamina e protocolização da sua administração, se a nível intra-hospitalar se estabelecem reservas ao fármaco. Da mesma forma, o mesmo não fará sentido se for implementado pelos serviços de emergência médica pré-hospitalar se o fármaco é apenas provido em jeito de exclusividade apenas para alguns centros, ficando outros aquém da continuidade ao tratamento, que TEM DE SER IMEDIATA. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_afb2dbc907e24fc2b83bae327fe75ee6.png_256" width="22" height="22">

Em resumo, faz falta maior empenho na difusão e alargamento da utilização da hidroxocobalamina, fármaco aprovado por procedimento centralizado, ou seja, autorizado pela Comissão Europeia em simultâneo em todos os países da União.

 
Características e folheto informativo – EMA

Incêndios Florestais: Contaminação e implicações/repercussões

 

Os incêndios florestais constituem parte da natureza como forma de limpeza e fertilização. Antes da intervenção humana estes eram originados pelos relâmpagos e secas cíclicas. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_6047ac2b0fe24f88bcf6fa54fdde792e.png_256" width="22" height="22">

Nos últimos anos os incêndios florestais são mais devastadores, consumindo mais área, batendo records e preenchendo o meio ambiente com fumos nocivos, fenómeno esse atribuído às mudanças climatéricas. Estes fumos desencadeiam uma reação cíclica de agravamento da alteração climática, que por sua vez provoca mais incêndios.

 

A afetação da população pelo fumo está em crescendo pelo desenvolvimento do interface Urbano-Florestal.

 

Os incêndios não libertam apenas partículas carbónicas para a atmosfera, exacerbando as mudanças climáticas. Segundo o relatório de 2016 do Programa de Pesquisa de Mudanças Globais dos EUA, os produtos do fumo são mortais: “os incêndios florestais emitem partículas finas e percussores do ozono, que por sua vez aumentam o risco de morte prematura e consequências respiratórias e cardiovasculares crónicas e agudas”.

 

Recentemente o GNBE alertou para este facto num artigo de opinião crítica, baseado em vários achados que não se restringem ao momento do incêndio, nem muito menos só ao efeito imediato do fumo. As cinzas impregnadas e outros produtos invisíveis a olho nu impregnam-se de tal forma que acabamos por inerentemente os assimilar pelo ar, na água e nos bens de consumo ao longo de anos, como se de uma praga imbatível se tratasse.

 

O já referido cianeto, entendido agora desde o incêndio na Torre Grenfell como produto da combustão dos materiais de construção, é também facilmente encontrado na natureza em produtos de consumo habitual, que quando submetidos a combustão desencadeiam reações químicas que culminam na sua permanência e prevalência.

 

Além disso ao encontrar-se uma relação direta entre o arsénio e o cancro, por sobreposição dos mapeamentos deste composto e a ocorrência de incêndios florestais, nos Estados Unidos e Península Ibérica (excetuando Portugal), equaciona-se poder estar aqui a origem de muitos cancros.

 

WEB

 

Aproveitamos para lançar o desafio em visitar todas as componentes do sítio na web, incluindo-se o vasto número de apresentações, documentos, artigos etc. no apartado “Recursos”. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_86da919dbf854f70bc6ec340e9bdd06b.png_256" width="22" height="22">

São variadíssimas as temáticas bem como a origem dos autores (nacionais e estrangeiros); <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_9f790ee2616e4dc0b4a94a66d6b7a604.png_256" width="22" height="22"> uma ótima biblioteca para qualquer estudante das áreas de saúde, emergência, proteção civil, etc. ou simplesmente para enriquecer a cultura de qualquer curioso. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_d0afae780ee343318e18349a44fa128e.png_256" width="22" height="22"> Boa Consulta!

Associação Campo Aberto

 

 

Como reação ao artigo de opinião crítica «Incêndios Florestais 2017: Um Problema ainda só a começar», esta associação sem fins lucrativos, que tem por fim a promoção do exercício da cidadania ativa, no domínio do ambiente nas dimensões natural, rural e urbana, decidiu assumir-se como partícipe no conhecimento sobre se as preocupações ai frisadas têm sido comunicadas às autoridades de saúde e que tipo de atenção tem prestado ao problema.

<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_35f55a9287264fd597cc760132cefbd6.png_256" width="22" height="22"> Este é mais um reflexo das nossas intenções e da nossa filosofia horizontal e abrangência integral, como enfermeiros comprometidos com o cuidado da pessoa ao longo do ciclo de vida, explorando a vertente das áreas de Proteção Civil e Bombeiros. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_c812a646f00a4a9eb04d1d8f44771c57.png_256" width="22" height="22">

PROTEÇÃO CIVIL, SOCORRO E EMERGÊNCIA

 

Alimentação dos Bombeiros

 

A controvérsia foi levantada<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_8648a9528ac3477180811ff3a3af759d.png_256" width="22" height="22">, mas a responsabilidade de leitura e instrução antecipada dispensada!<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_21135c3fd8a74930a55bbde71e4893c9.png_256" width="22" height="22">

Foram muitos os portugueses que este verão, para além do flagelo dos incêndios, se sentiram doridos por não poder convidar a sentar-se à sua mesa os Bombeiros que incansável e desinteressadamente davam o melhor de si para concretizar o domínio e combate às chamas.

 

 

 
video que chocou a opinião social

As «Recomendações gerais para a alimentação de bombeiros», documento do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção Geral da Saúde, datam de julho de 2017. Pedro Graça, Nutricionista e Diretor Geral do PNPAS, explicou à comunicação social no dia 21 desse mês que se tratava da introdução de “kits (...) compostos por quatro menus e produzidos para as necessidades específicas dos bombeiros e ao esforço que fazem no combate aos fogos”, funcionando como “uma espécie de «ração de combate» moderna adaptada ao esforço (…) com características específicas do ponto de vista energético e nutricional, para por exemplo compensar a desidratação”.

 

Avaliando o documento (conteúdos e a bibliografia em que se baseia), este revela-se muito completo, rigoroso e de acordo com os standards internacionais, de tal forma que coincidem com as informações e dicas copiladas pelo GNBE e difundidas pelas comunidades virtuais de bombeiros, cuja elaboração foi realizada antes desta publicação.

 

É interessante ver, numa publicação de nutrição de Portugal, considerações que se relacionam com coisas muito próprias da saúde de bombeiros como é o caso do CO e a desmistificação de mitos.

 

Mas então o que é que falhou?<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_f25423271ca54aa7b56ea48d92e3e477.png_256" width="22" height="22">

 

Na nossa opinião, as controvérsias estabelecidas e dispersas, a grosso modo, apenas frisam detalhes que devem ser melhor tratados; falando de falha, apenas admitimos que não foi colocado em prática o estabelecimento de uma entidade, dentro da estrutura de Proteção Civil e Bombeiros, que tenha a responsabilidade interna de provedor: aquele que fornece o alimento e ao mesmo tempo cuida, servindo-se desse tempo para tratar.

 

Desde o pleno executor ao mais alto nível das cadeias de comando, são inúmeras as responsabilidades de todo e qualquer operacional no terreno e isso nem sempre é fácil transparecer à opinião pública. Para que se entenda, de uma forma geral sabemos cuidar de nós quando estamos doentes, no entanto recorremos sistematicamente aos serviços de saúde quando necessitamos de algum cuidado especial, podendo esse estar relacionado com a nossa respiração, circulação e autocuidado, estando neste último inseridos parâmetros como o beber e comer, a eliminação, a atividade física, o comportamento do sono  –  repouso, o vestuário, a higiene e proteção dos tegumentos, a consciência, emoção e precaução, a comunicação, sensação e interação social, a crença, a interação de papéis/bem-estar e a atividade recreativa e aprendizagem.

 

O GNBE, constituído por Bombeiros-Enfermeiros, por não dispor ainda de qualquer enquadramento legal/reconhecimento que o permita atuar no terreno à consideração das tutelas, limitou-se informar, aconselhar e a difundir pautas de atuação, cujo resultado ficou à mercê do acaso e da sorte de cada um. No entanto vemos a solução para este e outros problemas numa Equipa Nacional de Bombeiros-Enfermeiros (ENBE).

Em conclusão: só teremos frutos da ferramenta quando houver alguém plenamente dedicado e apto para a operar, aplicável à contemplação de enfermeiros e a qualquer outro tipo de profissional cuja intenção seja especializar-se no contexto das componentes de Proteção Civil e Bombeiros.

Desporto em Bombeiros

 

<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_7cc7ce17ab574c7d80c16300d319759d.png_256" width="22" height="22">Proximamente terão lugar em Portugal duas provas desportivas de âmbito nacional, próprias para Bombeiros.<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_19da577ba0424632a53b6af3d5e36333.png_256" width="22" height="22">

Apesar das tristes conclusões do “Programa de Vigilância em Saúde dos Bombeiros”, que colhe para amostra do seu estudo na subpopulação Bombeiros, mas ignora que esta é maioritariamente constituída por voluntários, jogando com o papel de ‘variável parasita’ a tendência geral da maioria da população Portuguesa, o desporto tem sido um foco de interesse crescente no seio dos nossos Bombeiros.

 

Os bombeiros são frequentemente considerados pela sociedade como heróis. Muitas vezes, as atitudes destes resultam ser iguais aos dos atletas de alta competição, tal torna difícil para ambos vocalizar observações pessoais, sintomas e sobretudo pedir ajuda. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_415a582924c149deb4aa09f50d40e861.png_256" width="22" height="22">

Tal como nos fogos florestais, os incidentes com golpes de calor, destacam a necessidade de estratégias de educação e mitigação sobre este tema, o desporto e exercício físico deve ser considerado na mesma medida. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_460af95cc2094bc6879c520de6b7f8a4.png_256" width="22" height="22">

 

A prática de desporto e exercício físico, em harmonia com a atividade de Bombeiro, é uma atividade extremamente saudável, no entanto não nos podemos esquecer da necessidade da monitorização da carga de esforço - controlável numa sessão de ginásio, mas inesperada no contexto de uma ocorrência emergente.

Dessa forma em ambos podem surgir doenças induzidas provocadas pelo excesso de calor (que vão desde a simples cãibra, rabdomiólise, à exaustão por calor), desidratação e riscos adicionais pela toma de suplementos como os batidos, a cafeína e bebidas energéticas. <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_a99ac5beed3d414199c2f7e3dde91c4d.png_256" width="22" height="22">

 

Salientando esta importância, daqui, cabe-nos relembrar as estatísticas de óbito dos bombeiros franceses, as quais aferiram numa franja de 9 anos, entre outras circunstâncias, a prevalência permanente e mantida de “uma morte por ano devida a acidentes de desporto” (pág. 82 do documento).

INTERNACIONAL

 

17-A: partilha do testemunho real dos Bombers & SEM

Era um simples serviço rotineiro, talvez com um pouco de «pinta americana», de exaustão de fumos de um parque de estacionamento automóvel. A Unidade de Vigilância Intensiva e Suporte Operacional dos Bombers de Barcelona, tripulada por 2 Bombeiros/Técnicos e 1 Enfermeiro, acompanhada da Guardia Urbana no serviço, recebe destes um aviso que consistia num pedido de ajuda para as Ramblas geral a toda a Barcelona, onde se solicitavam todas as ambulâncias disponíveis.

Chegados ao “topo” das Ramblas, na Plaça Catalunya, esta foi uma das primeiras ambulâncias a chegar ao local e uma vez aí, já com alguns elementos do Sistema d'Emergències Mèdiques - SEM, procedendo à triagem, dá-se início a intervenção com uma abordagem a um multivítimas.Longe da consciência do verdadeiramente ocorrido, de joelhos no chão apoiados por 2 técnicos do SEM e um elemento da Guardia Urbana, simultaneamente enfermeiro, logram proceder a uma abordagem avançada e diferenciada de uma das vítimas, para garantir a sua estabilidade, quando de súbito nesses mesmos instantes se apercebem em segundo plano do verdadeiramente sucedido e da barbárie semeada ao longo de toda a Rambla… Coube-lhes a estes única e simplesmente o refúgio dentro da estrutura metálica da ambulância e aos demais a mobilização do Posto Médico Avançado – PMA com todas as forças que tinham e a «ajuda do vento».

 

Com uma tempestade de incertezas e vários agentes de arma em punho, gera-se um impasse na assistência extra e pré-hospitalar, já que a iminência de um disparo era o mais assumível. Com um paciente crítico já dentro da ambulância e a impossibilidade de abranger todo o contexto para proceder à evacuação por prioridades clínicas, segundo as considerações dos dela responsáveis, dos agentes de segurança e do centro coordenador que a tutelava, foi unânime a decisão de proceder à evacuação precoce, ainda que sem harmonia com os “habituais princípios”.

Segundo a nossa reflexão, estes parecem carecer de uma reforma, colocando na balança não só os princípios estratégicos e operacionais, mas também e desde logo, aplicado pelos não-militares, os princípios de teor tático, para primordialmente sua própria salvaguarda.

No contexto da abordagem ao 17-A, um técnico do SEM cujo descanso de férias foi interrompido por este motivo de força maior, descrevia-nos o seu pensamento no seu trajeto desde casa (numa periferia de montanha) até ao centro de Barcelona, à medida que tão rápido quanto pode se adentrava na confusão:

“Há bem pouco tempo realizamos um simulacro de ATENTADO À MÃO ARMADA num shopping em Barcelona; e dele concluímos que, de uma forma geral e sistemática, os que entram em primeiro lugar para assistir às vítimas (sejam eles pessoal de segurança ou de emergências) são SEMPRE abatidos”.

 

Referiu: “ ’Os primeiros’ fazem uma abordagem inicial para o qual estão preparados, mas estão totalmente desprotegidos!”

 

Já dentro dos hospitais, refugiados do caos, a predisposição de estar ao serviço e o garante da efetiva disponibilidade imbuía o espirito do rol das equipas multidisciplinares. Porém e inconscientemente, por nunca ter sido necessário pensar-lho, estas replicaram o exemplo surpreso de resguardo na ambulância entre as suas próprias paredes, onde sem suspeitas, nem meios de defesa suficientes, ao fazer o trabalho para o qual estão preparados, poderiam defrontar-se com situações que derrubariam a sua própria integridade e salvaguarda, como poderia ser a replicação da barbárie dentro de um hospital.

Uma vez mais fica reforçada a ideia de N.L.Caroline (1987): os heróis mortos não salvam vidas!

 

Com isto apelamos à reflexão sobre a necessidade de novas políticas de segurança e prevenção integral, à continuidade do resgate de práticas consideradas obsoletas no nosso meio, como o emprego de GARROTES Táticos, fazendo nascer ideias sobre a tomada de decisão, estratégia e tática, adaptadas ao conceito organizacional da urbe, outrora exclusiva dos campos bélicos.

 

Em resumo: a nossa sociedade carece de uma proteção civil partilhada! <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_f25423271ca54aa7b56ea48d92e3e477.png_256" width="22" height="22"><img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_4e761513980f4ced8ba00612716210b6.png_256" width="22" height="22"><img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_5253abf8b8724ca48472a5b8641e728c.png_256" width="22" height="22"><img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_35f55a9287264fd597cc760132cefbd6.png_256" width="22" height="22"><img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_f08e343127774efe8d9971ba20f4b6e6.png_256" width="22" height="22">

4.0

Windy <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_2bde30493a4e4413b4f8f2e84968a211.png_256" width="22" height="22"><img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_6047ac2b0fe24f88bcf6fa54fdde792e.png_256" width="22" height="22"><img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_fb061817cf22429fbddf4be5dc4975f6.png_256" width="22" height="22"><img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_0769ff30a359428f90b3864c78f4b682.png_256" width="22" height="22">

 

Um radar meteorológico interativo, para desportistas e publico em geral, com previsão online focada em vento e ondas, além de muitas outras curiosidades e opções.

Útil também em qualquer contexto de emergência, sobretudo no apoio à proteção civil, quando incentivada a sua consulta nas alturas de meteorologia adversa.

Inovação <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_4e761513980f4ced8ba00612716210b6.png_256" width="22" height="22">

Quando cada segundo conta

Confie em Allison

 

Allison Transmission é a maior designer, impulsor, fabricante e distribuidor de transmissões totalmente automáticas e sistemas híbridos de propulsão para veículos comerciais do mundo.

 

As transmissões totalmente automáticas Allison são confiáveis mesmo nas condições mais difíceis.

 

 Chege ao seu destino mais rápido com uma transmissão Allison 

 

O conversor de torque da Allison multiplica o torque do motor, proporcionando mais energia às velocidades. Ao multiplicar a potência do motor, os condutores obtêm maior desempenho, aceleração mais rápida e maior flexibilidade operacional. Uma transmissão Allison totalmente automática aumenta a potência enquanto que uma transmissão manual ou automática manual (AMT) perde energia com cada mudança. Uma Allison Automática elimina interrupções de energia para poder realizar mais, mesmo com um motor inferior.<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_5e8d4aad3d8d4ee1a84d60c9f939c7c4.png_256" width="22" height="22">

 

As transmissões automáticas de Allison para aplicação a veículos de incêndio e emergência, além de uma força robusta, são inteligentes. Os controles eletrónicos avançados assimilam e vão-se adaptando continuamente às condições e parâmetros da estrada. Os controles inteligentes suportam o motor e o veículo, com a integração necessária para otimizar as características operacionais para fazer um trabalho rápido e seguro.<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_edffb86884d14dc8a2c1a1d8b99f708f.png_256" width="22" height="22">

TRABALHO MAIS INTELIGENTE

As ‘Allison Automatics’ oferecem diversos recursos de controle eletrónico chamados Controles Inteligentes que podem ajudar a aumentar a eficiência, diminuir o consumo de combustível, reduzir os custos de manutenção e melhorar a segurança. Os recursos incluem:

  • Adequação para conservar combustível, reduzindo a carga no motor, quando um veículo estiver parado.
  • Seleção automática do ponto morto, quando o travão de mão é acionado.
  • Seleção dos momentos ideais de troca de velocidade, com base no peso da carga e no terreno.
  • Limitação da taxa de aceleração do veículo, quando desejado pela tripulação, para controlar o percurso num tramo hostil e agressivo.
  • Melhoria na travagem, com o retardador integral Allison, compatível com ABS e EBS.

 

  • RESPOSTA MAIS RÁPIDA

 

  • SEGURANÇA APRIMORADA

 

  • OPERAÇÃO CONFIÁVEL E EFICIENTE

 

Em caso de falha, os controles fail-safe excliusivos  da Allison estão projetados para permanecer em marcha 

 

DESTAQUE

 

Impacto das alterações climáticas nos incêndios florestais na zona mediterrânica (ENG)

 

Analisamos as alterações climáticas observadas nos incêndios florestais de verão e a sua futura evolução num ambiente típico mediterrâneo (NE Espanha). Pela análise do clima e incêndios observados, num período de 1970 a 2007, estimamos a resposta do número de incêndios (NF) e área queimada (BA) com tendência climática, discernindo os vetores responsáveis pelas mudanças a longo prazo e interanuais, por meios como o parcimonioso Modelo de Regressão Multi Linear (MLR). Nos últimos 40 anos observamos que a tendência do NF foi negativa. Aqui mostramos que, se não forem tidas em conta melhorias na gestão dos incêndios, o aquecimento global por si só, levaria a uma tendência positiva no NF. Por outro lado, para a BA, a maior inflamabilidade dos combustíveis é contrabalançada pelos efeitos climáticos indiretos na estrutura dos combustíveis (por exemplo condições menos favoráveis para a disponibilidade de combustíveis finos e conectividade ao combustível), que leva a uma tendência ligeiramente negativa. Conduzir o modelo de incêndio com cenários de alteração climática A1B, baseados num conjunto de Modelos Climáticos Regionais do projeto ENSEMBLES, indica que um aumento das temperaturas promove uma tendência positiva no NF se não se realizarem melhorias na gestão de incêndios.

PERGUNTAS & RESPOSTAS<img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_f25423271ca54aa7b56ea48d92e3e477.png_256" width="22" height="22">

Faça-nos as suas perguntas ou envie-nos uma consulta e veja-as respondidas publicamente na próxima edição <img src="https://static.wixstatic.com/media/5e9922_6dacfc85007e458c8ae20bc859ca4add.png_256" width="22" height="22">

Portugal

Compartilhar

Compartilhar no FacebookCompartilhar no X (Twitter)Compartilhar no Pinterest

Conheça o site do GNBE  
Este email foi criado com Wix.‌ Saiba mais