A constipação na criança é uma infeção viral aguda e autolimitada das vias respiratórias superiores que se caracteriza por espirros, corrimento e congestão nasal, dor de garganta, tosse, febre baixa, dor de cabeça e mal-estar geral.
É esperado um pico dos sintomas durando cerca de 2 a 3 dias, devendo a criança apresentar uma melhoria clínica gradual dentro dos 10 a 14 dias seguintes. Contudo, a tosse poderá ser o último sintoma a desaparecer, podendo perdurar até 4 semanas.
Em caso de persistência dos sintomas, a criança deverá sempre ser reavaliada, pois isto poderá significar uma complicação da doença ou outro diagnóstico (p.e. pneumonia).
Na abordagem inicial existem simples medidas que ajudam a encurtar o curso da doença, nomeadamente:
1. Hidratação adequada
2. Ingestão de líquidos quentes
3. Lavagem nasal com spray de água do mar ou soro fisiológico.
4. Mel (1/2 a 1 colher de chá principalmente à noite em crianças a partir dos 2 anos de idade).
5. Vitamina C profilática.
Apesar de simples, estes gestos ajudam a fluidificar as secreções, promovendo a sua eliminação, tendo adicionalmente um efeito calmante na mucosa respiratória.
No que diz respeito ao tratamento medicamentoso, as recomendações são restritas e variam de acordo com a idade da criança, devendo sempre privilegiar-se uma abordagem inicial sem recurso a medicamentos.
Apesar do que se pensa, existe um sem número de terapêuticas cuja eficácia no tratamento não se encontra comprovada, podendo até ser responsáveis por alguns efeitos adversos. A lista é longa e, entre os principais, podemos encontrar: antibióticos, antihistamínicos, glucocorticoides nasais, antitússicos, expectorantes e mucolíticos, broncodilatadores, vapores, suplementos com minerais (Zinco) e produtos naturais (Echinacea purpurea).