Ser ou não ser TD, eis a questão!!! The Academy of Transdisciplinary Learning and Advanced Studies – ATLAS dos Estados Unidos organizou e promoveu a ATLAS T3: Transdisciplinarity, Transnational, Transcultural International Conference na cidade de Cluj-Napoca, România, em junho de 2018, juntamente com várias entidades, dentre elas: o Centre International de Recherches et Études Transdisciplinaires – CIRET, da França, a UNESCO, a Universidade de Estudos Europeus de Babes-Bobyai, localizada na cidade sede do evento. O tema norteador desta conferência foi Being Transdisciplinary. Contudo, a afirmação acima foi o ponto sobre o qual as palestras oficiais, apresentações de projetos, performances, conversas espontâneas entre os participantes, reflexões compartilhadas, visitas a localidades da Transilvânia versaram explícita ou silenciosamente. Neste cadinho efervescente de inovação e troca, questões de natureza epistemológica foram abordadas pelo pilar da metodologia TD <<Complexidade>>, questões metodológicas pelo da <<Lógica do Terceiro Incluído>> e questões ontológicas por aquele nomeado <<Níveis de Realidade>>. Ser TD nos evoca, invoca, provoca e convoca ao refinamento de nossa percepção, à realização de nossas potencialidades pessoais, a estabelecer conexões com sentido, a pensar o mundo a partir de uma teoria da ciência não reducionista, que inclua a fenomenologia, a hermenêutica e a espiritualidade. Convida-nos, também, a abrirmo-nos para a era da Neurociência, à experiência social da luz e da iluminação na Imaginação Coletiva. Ser TD não é algo que encontra sua expressão apenas no nível espiritual, do inefável, do indizível, da contemplação e do silêncio. De um certo modo, ele existe em cada Nível de Realidade: no sensível; no emocional – psicológico – mental; no anímico – mítico – simbólico. Defrontamo-nos, assim, com o desafio de desvendarmos este Ser TD, par e passo, na nossa existência, no nosso dia a dia, na dança triste e alegre, dishumanizada (distante do que é originário, primordial) e de-humanizada (na nossa unidade e liberdade), percurso este por vezes solidário, por vezes solitário. Ser TD é criar pontes visíveis e invisíveis, ter abertura e experienciar a disposição de transatravessar diferentes Níveis de Realidade; é tomar consciência das representações e metáforas que nos constituem, pois somos nossas representações e nossas metáforas; é conhecer e entender como afeto e sou afetado por elas. Ser ou não ser TD é um movimento que já teve início, mas do qual desconhecemos o fim. No ano de 2019, os Encontros TD do CETRANS versarão sobre Ser TD. Desde outubro de 2017, uma equipe de nove pessoas se debruça sobre este tema e, assim, ele vai deixando de ser apenas níveis de percepção potenciais de nossos seres. E como isso é bom!. |
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Javier Collado Ruano, membro CETRANS, publicou o capítulo "A Carta da Terra na Prática: uma experiência eco-pedagógica de Educação Ambiental no Equador", no livro Diálogos e Interlocuções: experiências e práticas pedagógicas na América Latina [volume II], organização de Tania Maria Hetkowski e outros. Este livro é resultado do intercâmbio de experiências e diálogos entre professores e pesquisadores do Brasil, Colômbia, Chile, Argentina e Paraguai, o qual aborda estratégias e práticas pedagógicas para a educação do futuro, explora as potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação, entrelaça conceitos e reflexões epistêmicas sobre processos formativos contemporâneos, socializa metodologias vivenciadas nos espaços escolares e amplia a internacionalização entre os países da América Latina. |
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O objetivo desta coletânea é contribuir com os profissionais da Educação, carentes de upgrades e de intervenções na realidade da Educação Latino-Americana, marcada pela desigualdade social, pelos baixos índices de desenvolvimento humano e escolar e pelas demandas e necessidades de melhoria da educação básica e de outros níveis de ensino. Download do livro em: https://goo.gl/LUUYUd |
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Rodrigo Mindlin Loeb, membro CETRANS, apresentou o projeto do Museu Brasil.org, uma iniciativa do Instituto Brasiliana em parceria com o Núcleo de Cultura Digital do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento ‒ CEBRAP, durante um seminário realizado em julho de 2018, com o objetivo de mostrar e discutir algumas de suas propostas e conceitos. Além disso, foram convidados para o evento outros especialistas para apresentar experiências conexas, que têm procurado ativar os objetivos das instituições dos museus no contexto da cultura digital, seja utilizando da tecnologia e dos seus potenciais de difusão e de construção de redes de significados sociais, ou ainda atuando de forma construtiva neste novo campo da cultura. Visite o site: http://museubrasil.org/pt |
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Margaréte May Berkenbrock-Rosito, membro CETRANS, participou em agosto de 2018 da XIV Conferência Internacional sobre Representações Sociais ‒ CIRS,com a temática: Identidades e Conflitos Sociais, que aconteceu na Universidade de Belgrano, Buenos Aires, Argentina. Diversas universidades argentinas e seus respectivos departamentos de Psicologia e Ciências Sociais organizaram este encontro com o objetivo de reunir a comunidade de especialistas para dialogar sobre a teoria e a epistemologia das Representações Sociais, bem como sobre a investigação empírica das tensões que gravitam nos mundos da vida cotidiana, como nos apresenta Denise Jodelet, grande incentivadora e pesquisadora do assunto. https://cirs2018.com/presentacion-14a-cirs/ |
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A Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (BIOgraph) e a Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) promoveram, em parceria, o VIII Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica, com temática central Pesquisa (Auto)biográfica, mobilidades e incertezas: novos arranjos sociais e refigurações identitárias, de 17 a 20 de setembro de 2018, em São Paulo. |
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Em agosto de 2018, Mirian Menezes de Oliveira, membro CETRANS, lançou a obra O silêncio das palavras [Scortecci Editora] na 25ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. Esta antologia de poesias, contos e crônicas é uma obra de vários autores, incluindo a própria Mirian, que se descobriu poeta depois de longo caminho percorrido, no qual encontrou muitas pedras, muitas delas preciosas, que a ajudaram a descobrir sua verdadeira vocação: escrever, escrever, escrever poesia e prosa. É autora de várias obras, incluindo O cientista e a poeta, publicada pela Editora TRIOM e que tem a TD como tema. https://www.divulgaescritor.com/products/mirian-menezes-colunista/ |
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Edgar Indalécio Smaniotto, membro CETRANS, foi eleito em agosto de 2018 pelos professores das Escolas Municipais de Ensino Infantil e Fundamental, membro titular do Conselho Municipal de Educação do Município de Marília. Edgar é muito ativo dentro e fora da universidade. Ministrou, em maio de 2018, o Minicurso de Filosofia para Crianças na IX Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista – FAIP. |
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Em julho, ministrou a palestra A Pluralidade dos Mundos Habitados na Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, de Marília ‒ UNESP. Como astrobiólogo, foi convidado para falar sobre A Procura por Vida dentro e fora do Sistema Solar na Associação Brasil Soka Gakkai Internacional ‒ BSGI, o que foi um enorme sucesso. Mais detalhes no site: http://www.edgarsmaniotto.com.br/ |
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Cléo Busatto, profissional muito atuante em seu trabalho com as oficinas de leitura e contação de histórias, durante os meses de maio/ junho de 2018, viajou para algumas cidades da Europa como Verona, Rovigo, Viena, Salzburg, Innsbruck, Munique, Praga e Erlangen, e encantou o público infantil e adulto com seu repertório de histórias e contos cheios de graça e muita emoção. |
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Cléo realizou também, durante o mês de julho de 2018, a Oficina Leitura Literária: promoção e formação do mediador, que tinha por objetivo gerar projetos e criar estratégias para formar mediadores qualificados e agentes do reencantamento por meio da arte. Aconteceram: em Franca, na Biblioteca Pública Dr. Américo Maciel de Castro Jr., no dia 4; em Rio Claro, na Biblioteca Pública Maria Victória Alem Jorge, no dia 5; em Itapetininga, Biblioteca Pública Dr. Júlio Prestes de Albuquerque, no dia 6. http://www.cleobusatto.com.br |
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Assertividade Assertividade é um substantivo feminino que expressa a qualidade do que é assertivo, afirmativo ou positivo. A assertividade deriva de “asserto”, que significa uma proposição decisiva, o que a difere da palavra “acerto”. Uma pessoa que demonstra assertividade é autoconfiante e não tem dificuldades em expressar a sua opinião. Assertividade é uma competência emocional que determina que um indivíduo consegue tomar uma posição clara, ou seja, não fica “em cima do muro”. Uma pessoa assertiva afirma o seu eu e a sua autoestima, demonstra segurança e sabe o que quer e qual alvo pretende alcançar. Normalmente, a assertividade está relacionada com o pensamento positivo e com proatividade, alguém que assume as rédeas da sua vida. Assertividade não significa que uma pessoa está certa ou errada, mas indica que a pessoa anuncia e clarifica suas ideias com vigor e respeito pelo ouvinte. Assertividade na comunicação No âmbito da comunicação, assertividade consiste em uma estratégia que revela maturidade e elevada autoestima. Nesse âmbito, assertividade implica que uma pessoa compartilha as suas convicções sem ofender nem se submeter a outras pessoas. Quem comunica com assertividade comunica de forma clara, objetiva, transparente e honesta. Nem todas as pessoas conseguem comunicar com assertividade, porque ela é um direito e não uma obrigação. Essa forma de comunicar tem várias vantagens, entre elas: - melhora a capacidade de expressão e a imagem social
- fomenta o respeito pelas outras pessoas
- ajuda a resolver confrontos
- melhora a capacidade de negociação
- aumenta a autoconfiança
- confere mais credibilidade
- diminui o estresse
- promove a fluidez da dinâmina comunicativa em equipe
- explicita registros de representação
- possibilita a criação de registros de representação compartilhada
Assertividade na psicologia e na TD Na psicologia, os comportamentos podem ser divididos em 4 categorias: o passivo, o agressivo, o passivo/agressivo e o assertivo. Relativamente à interação social, o tipo assertivo de comportamento é aquele que é mais saudável, pois é benéfico para todas as pessoas que interagem, uma vez que se trata de um comportamento seguro, respeitoso e que demonstra capacidade de ouvir críticas e não usá-las para atacar o outro de forma pessoal. É importante referir que nem sempre uma pessoa demonstra apenas um tipo de comportamento, podendo expressá-lo de maneira variada em situações e contextos diversos. Na Transdisciplinaridade, a assertividade e o autoposicionamento de cada pessoa possibilitam a emergência de um terceiro incluído, seja no mesmo Nível de Realidade ou no Nível de Realidade superior. |
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Marcos Vieira/ membro CETRANS: Conheci a transdisciplinaridade no fim da década de 1990 e se, por um lado, me impressionava a lucidez das propostas, por outro eu sempre me questionava sobre sua viabilidade prática. O tempo passou e conheci o CETRANS através de suas publicações, principalmente os livros da coleção Educação e Transdisciplinaridade, e pensava (humildemente comigo): “puxa, é possível... como queria fazer parte disso!!!”. Então, acho que posso dizer que, hoje, fazer parte do CETRANS é um sonho realizado. E é realmente um bonito sonho, pois o CETRANS não é apenas artigos e livros, ou uma das principais referências sobre o assunto... O CETRANS são as pessoas que fazem parte e o alimentam com seu trabalho constante e sua procura incessante por conhecimento genuíno. E, quando digo pessoas sérias que amam o que fazem, falo através de minha integridade... mente e coração, como são especiais essas pessoas. Obrigado! http://educadortransdisciplinar.com.br/o-ponto-da-equanimidade/ |
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Silvana Cappanari: Saber em Ação – Espaço de Desenvolvimento Pessoal e Mediação de Conflitos é um projeto pioneiro que surgiu em 2004, da parceria com Lúcia Fialho Cronemberger desde 1997. A Mediação é um processo conversacional e, nesse sentido, uma transdisciplina, que vai além das disciplinas e as permeia. Cada participante, com suas diferentes perspectivas sobre o conflito, ao ser afetado pelo processo de Mediação Transformativa, transforma suas relações competitivas em relações colaborativas. |
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Com paciência ardente, ao tentarmos resgatar o diálogo ou facilitá-lo, entre as pessoas que precisam conversar mas se encontram num impasse – como pais separados, sócios de uma empresa, membros de uma equipe de trabalho, etc. –, nós, mediadores, metacomunicamos formas não litigiosas de relacionamento. Além disso, cuidamos do processo dando voz e vez a todos os participantes, incentivando a autoria dos eventuais acordos e a responsabilidade pela continuidade das relações. Observamos que as questões em conflito, entre as pessoas que participam da Mediação, têm múltiplos significados para cada uma delas. Com a participação nesse processo conversacional, cada um – inclusive o mediador – pode chegar a um terceiro ponto, que inicialmente não era significativo para nenhum deles. É muito gratificante para nós, que trabalhamos no processo de Mediação, ver que resultados positivos são alcançados e muito sofrimento pode ser evitado. www.saberemacao.com.br |
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Geometria Sagrada e Simbolismo na Brincadeira Infantil Ciranda, Cirandinha Edson Tani “Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar...” Você se lembra? É uma brincadeira infantil tradicional que, de alguma forma, esteve presente na vida de cada um de nós. Até mesmo na atual geração de crianças da era digital, dificilmente vamos encontrar alguma delas que não conheça essa brincadeira, mesmo que não brinque tanto quanto antigamente. Mas o que essa brincadeira infantil tradicional tem a ver com Geometria Sagrada e Simbolismo? Geometria Sagrada não tem que estar vinculada a alguma atividade religiosa? Bem, antes que alguém fique preocupado achando que aqui vai se querer converter ou doutrinar as pessoas para alguma religião, devo dizer que Geometria Sagrada refere-se ao estudo da geometria para o qual convergem todas as tradições religiosas, de forma Universal. Neste estudo busco mostrar que Geometria Sagrada e Simbolismo lidam com algo que é Universal, que está na essência do ser humano e, muitas vezes, permanece esquecido pelas pessoas. As brincadeiras infantis tradicionais trazem essa essência e nós temos como missão relembrar, ou mesmo des-cobrir, tirar a cobertura de algo que sempre esteve lá: o papel do ser no mundo. Tenho pesquisado muito sobre Geometria Sagrada e Simbolismo nas brincadeiras infantis tradicionais. Geometria Sagrada e Simbolismo são instrumentos que iremos utilizar para fazermos a conexão entre o Céu e a Terra. O Céu, neste estudo, é o mesmo lugar do Belo na Arte (ECO, 2004); do Ser na filosofia, ou ainda do Não Manifesto ou do Inominável. Nas tradições religiosas, Céu é o lugar de Deus – ocidente, ou ainda do Tao – oriente, Samsara ou Nirvana – iluminação. Representa o Plano Superior (em cima – a abóbada celeste), que pode ser apontado por um eixo vertical. Esse eixo pressupõe sempre um Centro, que faz com que haja uma conexão entre o em cima e o dentro de nós: o verdadeiro buscador sempre está querendo atingir o Céu, que só será alcançado quando mergulhar profundamente dentro de si mesmo, como na Jornada do Herói mítico (CAMPBELL, 2003). A Terra, por sua vez, é o Cosmos, nosso mundo da manifestação, do ente, da materialidade, portanto da finitude – da prisão (do “bicho-papão” no universo infantil), da vida ordinária (roda-viva), mas também da Comunidade. Se o Céu é lá em cima, a Terra é aqui embaixo. Se o Céu é o Centro, a Terra é a Periferia; se o Céu representa a verticalidade, a Terra é a horizontalidade: plano, planeta. |
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Aqui já podemos vislumbrar a primeira representação geométrica que traduz os conceitos apresentados: a Roda. Seu Centro é um ponto fixo, imutável, de onde se vê o todo (GUÉNON, 2002). Representa o Céu; a Periferia é uma circunferência que representa a Terra e que está em movimento, girando (condicionado pelo tempo e espaço), o que difere roda (que gira) do disco (parado). A ideia de Céu e Terra faz parte das brincadeiras infantis tradicionais. Veja, por exemplo, a amarelinha. Da pipa à brincadeira do pião, todas elas fazem referência a esses princípios fundamentais. |
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A Ciranda é uma dança de roda infantil ou adulta, oriunda de Portugal. A brincadeira tradicional infantil “Ciranda, cirandinha” é feita numa roda de crianças de mãos dadas, rodando e cantando a cantiga com o mesmo nome. A letra da cantiga merece uma análise simbólica mais cuidadosa. |
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Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar: todos de mãos dadas em círculo, representando o Cosmos, nosso mundo, girando; seguindo o ritmo da roda-viva. Vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar: a música nos propõe a mudança de rumo – ir contra a corrente vigente. Não permanecer de forma passiva, sem vontade própria. Uma possível leitura para “meia-volta com uma volta e meia” é que resultará em duas voltas (1/2 + 1 ½ = 2), ou seja, dois ciclos. Simbolicamente, dois ciclos podem referir-se a dois mundos – Céu e Terra – e também o ir e vir (subir e descer). O anel que tu me deste, era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas, era pouco e se acabou: anel (circunferência), fala do mundo ilusório e da finitude deste plano periférico. Por isso (nome) entre dentro dessa roda: o chamamento pelo seu nome é para deixar totalmente claro que é você mesmo que está sendo chamado. Entrar dentro da roda é sair da periferia e ir em direção ao centro (simbolicamente, o Céu), ao seu interior. Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora: você tem um papel muito definido depois de ir ao centro – deixar seu testemunho (em forma de arte/verso) para todos da comunidade, para depois ir embora – uma vez que cumpriu o seu papel neste plano. Esta brincadeira esteve e está o tempo todo lembrando a todos sobre o nosso papel no mundo, tenha ou não você captado a mensagem. Depende de cada um de nós des-cobrir algo que estava lá todo o tempo. E é missão de cada um relembrar isso: o papel do Ser no mundo. https://www.facebook.com/edson.tani |
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Esta Unidade de Ação, no último período sazonal, manteve ativa a comunicação entre o CETRANS, seus membros e pessoas interessadas pelos estudos transdisciplinares, sempre tendo em vista a qualidade, a clareza e a estética, de modo a harmonizar seu trabalho com o espírito transdisciplinar e com os objetivos deste centro de educação transdisciplinar, buscando com isso tornar possível ampliar a visibilidade das ações do CETRANS. |
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Aqui, então, está a relação do que foi realizado neste inverno: divulgação dos Encontros TD RTIG e também dos projetos de membros, utilizando e-mails e as redes sociais; continuação do trabalho de resgate, edição e publicação, em nosso canal no YouTube, dos vídeos dos Encontros Catalisadores, bem como publicação dos MP3 das referidas palestras no canal de podcast; organização de álbuns de fotos dos Encontros TD, de 2011 até a presente data – álbuns estes vinculados ao e-mail desta UA no Google; atualização frequente do Facebook CETRANS – hoje com 628 participantes, entre membros efetivos e pessoas interessadas em nosso trabalho; convite a novos membros; cooperação com as demais UAS em trabalhos pontuais; escolha de temas, convite a escritores, relato de eventos e trabalhos na edição e publicação no Shoutout Wix do atual CI@; atualização dos cadastros de membros e de nossa mailing list; participação na equipe de organização do VIII Encontro de Membros – CETRANS 20 anos. Contando com a cooperação de Adriana Caccuri e de Heloisa Helena Steffen, membro ativo, com expertise no assunto, estamos estudando como melhor apresentar o CETRANS na rede profissional do Linkedin. |
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Á medida que o CETRANS se dedica à construção do seu Perfil 2019 e 2020, a UA Comunidade busca refletir sobre o que é SER TD e se questiona se esse SER TD é o sujeito do Perfil CETRANS para os próximos anos. Da mesma forma se questiona como se define uma Comunidade TD e como alimentá-la para que constitua vigorosamente uma COMUNIDADE TD in vivo, em permanente interlocução com o SER TD que se busca alcançar, em um ou vários movimentos que ensejem igualmente joy [alegria] e togetherness [estar junto]. |
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A Rede Transdisciplinar Intergeracional – RTIG, em 30 de junho, realizou o 4º Encontro TD/ de três horas sobre o tema Saber Escolher, abordado a partir da noção de Prontidão – Afetividade – Decisão – Projeto. A conversa levou os participantes a se aproximarem da inexorabilidade dos fatos e da própria intencionalidade ao voltarem o olhar para suas relações intergeracionais. |
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Através da montagem de um quebra-cabeça, especialmente criado para a ocasião, a partir do referencial cognitivo Árvore do Saber Aprender, de Hélène Trocmé-Fabre, e da aplicação do instrumento heurístico Registro de Representação formulado pela mesma educadora, cada participante pôde iniciar a exploração do tema no contexto intergeracional em que vive e tecer considerações sobre o que escolher para reinventá-lo. Ficou claro que Escolher é um ato que inaugura um projeto novo, é emergir de posições cristalizadas, caricaturais e aqui uma questão se coloca: Quero este projeto? A RTIG também realizou, neste inverno, dois outros encontros, a saber: em 25 de agosto e em 22 de setembro. No primeiro, o tema Saber Inovar foi tratado a partir da noção de Questionar-se – Integrar o Aleatório e o Inesperado – Criar e Saber Trocar a partir dos conceitos Amadurecimento ─ Escuta ─ Compartilhamento. No segundo encontro, os temas Saber Compreender, Saber Entender e Saber Comunicar foram vistos sob a ótica do Reconhecer – Interiorizar – Expressar. Podemos asseverar, com tranquilidade, que este ciclo de seis encontros da RTIG foi extremamente bem recebido pelos participantes, em vista da força e da forma com que comunicou o pretendido e, também, pela interlocução viva com cada um daqueles que o fizeram acontecer com sua presença. Sabemos que muito desse resultado se deve ao fato de que durante a elaboração de cada atividade estiveram latentes na Equipe que o concebeu e mediou as palavras de Heráclito [535 – 477 a. C.]: A alma é tingida pela cor de nossos pensamentos. Pense apenas naquelas coisas que estão alinhadas com seus princípios e que podem suportar a luz do dia. O conteúdo de seu caráter é sua escolha. Dia a dia, o que você faz é o que você se torna. Sua integridade é o seu destino – é a luz que guia seu caminho.. |
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Excelência, Gestão e Escuta Uma Gestão de 2ª Ordem implica em dar o melhor de si mesmo às pessoas. Em primeiro lugar, isso demanda identificar os diferentes níveis de percepção/ níveis de realidade de todos os envolvidos. Não é uma tarefa fácil, é um grande desafio. |
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Lembrando que os diferentes níveis de percepção dizem respeito ao modo pelo qual cada sujeito capta a realidade. Por exemplo, no primeiro nível, o acesso se dá por meio dos cinco sentidos, com instrumentos ou não, e neste nível contatamos nossas disposições físicas, sensações e desejos; no nível 2, o contato acontece através dos pensamentos, emoções, processos mentais, o que nos permite classificar, descrever sistemas, incluir, excluir, gerar memórias existenciais; no nível 3, a aproximação é feita pela intuição, sentimento ou imaginário, e neste nível nos contactamos com a dimensão poética, simbólica, mitíca, que são fragmentos do inefável, compreensão de memórias originárias; no nível 4, acessamos o irrepresentável, o indizível, o inominável, aqui destacamos e valorizamos o princípio, vivenciamos os universais. Uma Gestão de 2ª Ordem também se apoia numa escuta sensível e acontece a partir de um lugar interno em que se estabelece uma relação de abertura, com interesse pelo outro e sem julgamentos, com plena disposição para receber e acolher o que quer que seja que emerja nessa relação eu-outro. Não há um caminho interno já pré-estabelecido. Ele se faz a cada momento a partir de uma descoberta interna, do próprio gestor, que – a partir dessa atitude – cria um espaço externo de convite a uma inauguração de temas que emergem por entre as frestas de uma relação, como diria Buber, entre-vistas. Refinamento de percepção e escuta sensível são exercícios de permanente contato com o momento, de enraizamento e presença, ou seja, de possuir uma liberdade para poder estar livre de condicionamentos viciantes, sem o qual uma Gestão de 2ª Ordem não acontece. Fácil? Não. Isso é fruto de uma decisão interna e treinamentos constantes. |
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Neste momento em que ocorre um entrelaçamento da UA Comunicação com esta UA, no publicare – fazer público –, vemos a necessidade de cuidar da expressão do CETRANS nas mídias sociais Linkedin e Twitter. Na via Linkedin, o CETRANS tem potencialidade para atender demandas e estar presente em diversos setores da sociedade, ajudando seu público a conhecer a diversidade profissional de seus membros. |
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Essa diversidade também inclui aspectos culturais que, segundo Agusti Coll, podem ser entendidos como “expressão da vontade de ser, a configuração da realização de uma vida plena e em comunhão com toda a realidade”. Na via Twitter, o CETRANS divulgará suas atividades em tempo real, segundo o calendário previsto. Estas duas vias estarão em conexão instantânea. Um outro desafio que se apresenta a esta UA é a concepção e produção do webdesign para o Perfil CETRANS 2019-2020. |
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A Polar Editorial acaba de lançar três pequenas joias de tradição alquímica, três livros do grande alquimista inglês do século XVII, Irineu Filaleto: 1) Uma entrada aberta ao Palácio Fechado do Rei; 2) Um breve guia ao Rubi Celestial, e 3) Cinco tratados. Eirenaeus Philalethes é o pseudônimo do médico, escritor e alquimista inglês George Starkey (1628–1665), que estudou em Harvard de 1643 a 1649 e praticou medicina em Boston, de 1646 a 1650. Starkey ou Filaleto escreveu aproximadamente 30 importantes tratados alquímicos, que circularam amplamente pela Europa e influenciaram nomes da envergadura de Isaac Newton e Robert Boyle. Estes três livros contêm sete desses 30 tratados e, para os amantes desta Arte e Ciência Sagrada que é a Alquimia, a leitura é imperdível. |
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A Polar Editorial lançou também outra obra da Cabala clássica, O Bahir: o Livro da Iluminação ou da Claridade, publicado por volta de 1176 pela escola rabínica da Provença, no sul da França, e atribuído ao grande rabino Nehunia ben Hakana, do final do século I d. C. Esta edição brasileira contém o livro completo do Bahir em português e hebraico e é seguida por comentários do rabino Aryeh Kaplan, que o traduziu para o inglês no final do século passado. O livro é uma edição em capa dura e tem 328 páginas. Para os estudiosos de Cabala, bem como para aqueles que apreciam o assunto, o CETRANS recomenda e boa leitura. http://polareditorial.com.br/ |
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A Pinacoteca do Estado, a Pina, como carinhosamente vem sendo chamado o museu da Praça da Luz, está apresentando, até 19 de novembro, a grande exposição coletiva Mulheres Radicais: arte latino-americana, 1960-1985, com a curadoria cuidadosa de Cecilia Fajardo-Hill e Andrea Giunta. É a primeira mostra na história a levar ao público um significativo mapeamento das práticas artísticas experimentais realizadas por artistas latinas e sua influência na produção internacional. Quinze países estarão representados por cerca de 120 artistas, reunindo mais de 280 trabalhos em fotografia, vídeo, pintura e outros suportes. |
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Mulheres radicais aborda uma lacuna na história da arte ao dar visibilidade à surpreendente produção, realizada entre 1960 e 1985, dessas mulheres residentes em países da América Latina, incluindo brasileiras, além de latinas e chicanas nascidas nos Estados Unidos. O recorte cronológico da coletiva é tido como decisivo tanto na história da América Latina, como na construção da arte contemporânea e nas transformações da representação simbólica e figurativa do corpo feminino. Durante esse período, as artistas pioneiras partiram da noção do corpo como um campo político e embarcaram em investigações radicais e poéticas para desafiar as classificações dominantes e os cânones da arte estabelecida. http://pinacoteca.org.br/ |
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O projeto MuseuBrasil.org, uma iniciativa do Instituto Brasiliana, colocou no ar um portal, o museubrasil.org, para a divulgação de informações sobre museus brasileiros. No momento, é possível conhecer um pouco de cerca de 180 museus, em 25 cidades do Brasil. A iniciativa, que conta com o patrocínio da Petrobras e está sendo desenvolvida em parceria com o Núcleo de Cultura Digital do CEBRAP, pretende ainda expandir esse universo, e incluir informações sobre exposições permanentes e temporárias, assim como dicas e outras sugestões. O portal foi pensado como uma ferramenta para o visitante, orientado, portanto, para o usuário e construído ‒ na sua nova versão, que está aberta desde abril de 2018 ‒ em uma plataforma responsiva prioritariamente para dispositivos móveis. Boa dica para conhecermos nossos museus, principalmente aqueles que estão distantes de nós! |
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Ensino e Aprendência Existe uma diferença abissal entre o ato de ensinar e o de aprender e o espaço vazio que separa esses dois atos não pode ser preenchido, esse degrau não se consegue galgar, pois estamos falando de dois universos, com níveis de realidade, cada qual com suas leis e lógicas muito diferentes. Assim, o ato de aprender, a aprendência, é uma necessidade natural de sobrevivência que o ser vivente possui, pois a vida em sua pluralidade se constrói instante após instante através dos diferentes ciclos e das diferentes durações que contribuíram para fazer de nós o homo sapiens sapiens, como nos diz Trocmè-Fabre. Além disso, aprender é uma habilidade natural, é um presente que nos foi dado de graça e esse exercício se dá na vida, na existência, não é um ensaio que fazemos, mas é in vivo. Ganhamos a cada dia habilidades antes desconhecidas, adquirimos informações novas e aprendemos valores de convivência focados na compreensão do sentido da vida. É um processo contínuo pessoal que nem um mestre nem um familiar pode fazer em nosso lugar. Nesse processo contínuo, há uma organização da estrutura viva através de uma interação com o meio ambiente, consigo próprio e com os outros, coordenando o acoplamento da percepção e da ação de cada um. Nesse sentido, o ato de aprender se estrutura, ele não é estruturado por um agente de fora, mas interpela o organismo em sua interioridade como um todo e leva em conta sua história. Dessa forma, aprender é uma ato que evoca o interior do aprendente, que convoca a percepção dos sujeitos envolvidos no processo, mobiliza vários tipos de lógicas, considera vários níveis de realidade e por isso sempre tem um caráter plástico e transformador. Por outro lado, o ato de ensinar tem um caráter artificial porque foi criado para manter a integração social e é sempre uma habilidade adquirida, isto é, é necessário criar um ambiente próprio para desenvolvê-lo onde o professor, o tutor, a instituição escolar são encarregados de entregar as informações, ensinar as habilidades e os valores sociais vigentes definidos pela cultura, pelo Estado e pela instituição. O foco do ensino é adquirir resultados compulsórios nem sempre qualitativos, pois existe um programa a ser cumprido que tem uma validação do sistema social. É um ato descontínuo, tem uma estrutura global curricular a ser cumprida e deve servir a uma média de estudantes que exclui as singularidades. É muito difícil, numa estrutura curricular, fazer estudos transversais, fazer equipes trabalharem juntas através de estudos conjuntos de diferentes disciplinas e, ainda mais, tendo que validar um currículo mínimo obrigatório. Nesse programa, o máximo que se consegue atingir como metodologia é o exercício da inter ou da multidisciplinaridade, cuja eficácia vai depender muito do rigor epistemológico e metodológico que os protagonistas tenham delas, isto é, dos profissionais que compreendem a necessidade de trabalhar conteúdos integrados e do talento de cada um de levar essa tarefa à frente. Aqui, a atitude do que ensina, sua alma e espírito fazem toda a diferença. Nesse contexto, o professor não tem alunos, mas companheiros de jornada que andam juntos participando do Caminho com suas singularidades, e a aprendência acontece em dupla via, pois tanto o mestre quanto o aprendente fazem parte desta teia. E onde fica a TD neste cenário? Deixamos aqui algumas questões para reflexão: Poderia o ensino TD ser ensinado? Poderia o sistema público de educação ser TD? Poderíamos praticar a Educação TD em um quadro de currículo disciplinar? |
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UA Comunicação − Vera Lucia Laporta UA Comunidade − Marizilda Lourenço UA Formação − Maria F. de Mello UA Gestão 1 − Vitoria M. de Barros UA Gestão 2 − Ideli Domingues UA Publicação − Adriana Caccuri |
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